terça-feira, 26 de junho de 2012

Os pés - Nossa natureza é realmente vertical.


A Kabalah nos diz que devemos nos espelhar nas árvores no modo de viver e de morrer.
(“Devemos morrer em pé, como as árvores”).
Nossa natureza é realmente vertical.
Andamos com os pés no chão e nossos braços e mãos estão livres para atuarem na vida.
Como pesquisa mais profunda podemos pegar a Árvore da Vida que a Kabalah nos revela e encontrar ali o corpo humano repleto de significados e esplendor.
Este é um estudo para uma vida inteira.
Vamos então para a imagem mais próxima que temos de uma Árvore, com suas raízes, tronco e copa. Estas tantas árvores que nos acompanham pelas ruas, praças, estradas da vida. Pois bem...
Comecemos por baixo: as raízes estão relacionadas com os nossos pés.
Eles dão base e equilíbrio para o nosso corpo. Eles estão em contato direto com o chão, nosso planeta Terra.
Eles podem dialogar com a terra, recebendo sua emanação enquanto energia e força. Eles nos levam para onde queremos ir.
Infelizmente as pessoas esquecem dos pés, lembram apenas quando eles doem. Eles precisam de renovação para estarem sempre prontos para qualquer movimento, para qualquer passo que deva ser dado.
Façam algumas massagens nos pés.
Peguem um creme e passem pelo pé inteiro (planta, dorso, laterais).
Vejam que a parte de baixo dos pés é chamada de “planta”...
Os pés estão ligados ao signo de Peixes e simbolicamente também à infância.
É o gérmen, o princípio da árvore.
A primeira partida de todo o crescimento é realizada na infância. Partindo dos pés, o ser humano deve crescer como uma árvore e atingir a cabeça, em que se multiplicam os frutos.
Foi a ordem que Adão recebeu a partir de sua criação:
“Crescei e multiplicai-vos”.
Em um plano físico os pés potencializam o corpo do Homem inteiro.
Os pontos contidos nos pés vibram sobre os meridianos correspondentes à totalidade do corpo.
Os pés precisam estar bem colocados sobre a terra, para que o empilhamento do restante do corpo esteja de acordo e, assim, o crescimento da árvore possa acontecer.
Existem várias histórias e mitos, nas quais os pés aparecem como parte fundamental para o entendimento de seus simbolismos.
Édipo, cujo nome significa pés inchados, é um rei tebano (grego) que, sem saber, matou o pai e desposou a própria mãe.
Antes de se tornar rei, enfrentou uma esfinge que lhe perguntou: “Qual é o animal que, permanecendo o mesmo, caminha sobre quatro pés pela manhã, sobre dois pés ao meio dia e sobre três ao entardecer?” Édipo logo respondeu que era o homem. Vemos aqui a idéia do crescimento - infância, maturidade e envelhecimento – a partir dos pés.
Outra história grega é a de Aquiles, grande guerreiro, mas que não estava preocupado na conquista de si mesmo.
Ele possuía apenas um lugar no corpo vulnerável: o calcanhar, e é por ali que suas energias vão embora, o sangue escorre ao ser atingido por uma flecha, e ele morre.
Temos ainda Jacó, história que aparece na Bíblia, que segura com sua mão o calcanhar de seu irmão gêmeo Esaú, dentro do ventre da mãe.
E há também um fato bíblico bem conhecido que é quando Cristo lava os pés dos seus Apóstolos, como símbolo de humildade, mas também da necessidade de curar a ferida da humanidade, para que ela possa fazer crescer a árvore a partir de suas raízes. E Maria Madalena chora, molha com suas lágrimas os pés de Cristo quando ele é crucificado, enxuga-os com seus cabelos e unge com perfumes.
Bom, podemos olhar várias histórias, estudá-las e encontrar seus significados profundos.
Aqui elas são utilizadas como ilustração da importância dos pés para os nossos corpos, para as nossas vidas.
Cuidem deles, eles são nossa base, raízes de nossa árvore.
Doenças no pé podem denunciar a somatização de um erro profundo e uma falsa partida no caminho do crescimento.
Além disso, estar pisando errado pode ocasionar problemas não somente para os pés, como também podemos sentir o reflexo no joelho, no quadril, costas e até no pescoço.
Somos um ‘todo’ dos pés à cabeça e tudo está interligado.
Deus quis se ver e nos criou, à sua imagem e semelhança.
Cuidem do corpo de Deus.

Lúcia Serpa

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