O QUE NOSSOS SENTIDOS NOS INDICAM?
Nós, seres humanos, sabemos que temos cinco sentidos fundamentais: audição, olfato, paladar, tato e visão. São eles que propiciam o nosso relacionamento com o ambiente. Com esses sentidos o nosso corpo percebe o que está ao nosso redor e isso nos ajuda a sobreviver e integrar com o ambiente em que vivemos. Sendo assim, pelo tato pegamos algo, sentimos os objetos, o calor ou o frio; pela audição captamos e ouvimos sons; pela visão vemos as pessoas, observamos contornos, as formas, cores e muitos outros; pelo olfato identificamos os cheiros ou os odores e pelo paladar sentimos os sabores. Mas como poderíamos transcender seu significado, o que mais eles nos indicam?
Através da voz e sons, a audição é um dos meios pelos quais conseguimos nos comunicar. O som é muito importante em nosso dia-a-dia, pois grande parte do nosso aprendizado envolve escutar o que os outros falam. Sabemos que este é o sentido responsável pela captação e interpretação das ondas sonoras. Fisicamente os nossos ouvidos “ouvem”. Energeticamente o mesmo está ligado a nossa iniciativa ou vontade de realizar as coisas. Da mesma forma é por onde aprendemos a nos calar de forma equilibrada, por isso temos duas orelhas e uma boca. Para ouvir mais e falar menos.
A visão é um dos sentidos mais importantes, pois 80% das informações recebidas pelo nosso cérebro chegam pelos olhos, que é o órgão responsável pela visão. Por isso que no início, precisamos praticar a meditação com os olhos fechados, assim não ocupamos a mente com coisas que nos desviem do foco, que é relaxar. Espiritualmente, podemos associar a visão à distração quando está em desequilíbrio, pois muitas vezes não queremos ver o que está realmente acontecendo em nossas vidas. Embora este sentido nos proporcione muito mais do que ver fisicamente, isto nos apavora, pois não admitimos, não queremos. E não podemos considerar somente ver “espíritos”, por exemplo. Às vezes não queremos enxergar coisas que precisam ser mudadas em nossa vida.
O cheiro das coisas é propagado pelo ar em pequenas partículas. Quando respiramos, essas partículas penetram pelo nariz e chegam até a cavidade nasal – um espaço atrás do nariz, onde pequenos ossos direcionam o ar para a boca e para a garganta. Algumas partículas de cheiro ficam retidas nos pêlos existentes na cavidade nasal. O órgão olfativo envia sinais ao cérebro, que os interpreta e informa se o cheiro é conhecido, ruim, agradável etc. Através do olfato sentimos cheiros e também fizemos a troca de energia vital ou prana (Prana representa a energia psíquica, vital, que mantém o corpo físico funcionando). É o sentido que nos possibilita dar e receber de forma equilibrada. Quando inspiramos recebemos, quando expiramos doamos. Analisando desta maneira, podemos dizer que respirar é o dom de se sentir vital, vivo, pleno, sereno e em paz.
Sentir sabor é função da língua. Quando saboreamos um alimento, sabemos se ele é doce, amargo ou salgado. A língua é a responsável por sentir grande parte dos sabores dos alimentos, porque há nela maior concentração de quimiorreceptores, que são os responsáveis pela "identificação" dos vários gostos. Ao continuarmos em nossa análise mais profunda, a gustação nos ajuda a sentir prazer em viver, saciar nossas vontades e proporcionar bem-estar. Alimentamo-nos de que? Precisamos refletir. De amor, de paz, de energia vital...? Ou de ódio, intrigas, doença, sofrimento...?
A pele é o órgão responsável pelo tato, sentido que nos permite perceber o ambiente ao nosso redor. Ela também serve de proteção à entrada de microorganismos em nosso corpo. É por meio dela que sentimos calor ou frio e percebemos a textura dos objetos. A pele e todo o revestimento interno e externo de nosso corpo estão capacitados a captar sensações. Portanto, podemos considerar que este sentido nos faz perceber e sentir melhor o que nos rodeia. É o maior órgão do corpo e por onde interpenetra os sentimentos, as emoções e tudo que fizemos contato energeticamente. Por isso nos arrepiamos quando algo premeditado acontece, por exemplo.
Os sentidos nos servem não só para perceber o material, a comunicação com este mundo físico, mas também o imaterial. Pois quando mais despertos, mais eles podem nos auxiliar na interpretação do que estamos sentindo. Além de nos deixar mais conectados com nosso interior. Quando perdemos um deles: visão, olfato, gustação, tato, audição, é porque estamos “fugindo” de nossos propósitos e de aceitar nossos desígnios.
Se pudéssemos resumir o significado de cada sentido em uma palavra, classificaríamos em: ouvido – iniciativa; visão – foco; olfato – troca; gustação – prazer e tato – sentir. Quando temos iniciativa e foco, o universo começa a trocar energia. Ao estar alinhado com o desejo, sentiremos prazer no que estamos fazendo, e por fim perceberemos que todos os sentidos indicarão o caminho a ser seguido.
Nossa intuição tem muito a nos “dizer” e ela se manifesta através dos sentidos, por isso, a importância de “ouvi-la” e de estar abertos para refletir.
E você, como anda se comunicando com seus sentidos?
Por Cátia Bazzan
Fale com Cátia: catia@luzdaserra.com.br
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