A história das plantas
Considerada a forma de medicina mais antiga da civilização humana, existem registos do ano 2500 a.C. sobre a utilização de plantas medicinais na China e, em 2800 a.C., foi escrito o primeiro livro com referências a fórmulas de fitoterapia, o célebre “Nei Jing”. Está documentado que todos os povos da Antiguidade – gregos, romanos, persas, egípcios, etc. – utilizaram as plantas, os produtos de origem mineral e animal, como base da sua medicina. A partir do século XX, deu-se o boom da indústria farmacêutica e o desenvolvimento dos medicamentos químicos, mas, e ao contrário do que se possa pensar, as plantas não foram postas de parte.Até essa altura, os herbalistas, os médicos e os farmacêuticos trabalhavam em conjunto no estudo das plantas e das suas capacidades curativas. Esse trabalho de pesquisa continuou em duas frentes: a medicina tradicional, agora apoiada pelo sector farmacêutico não descurou o poder das plantas, até porque aproximadamente 85% dos medicamentos utilizados nos dias que correm, são derivados dos princípios activos das plantas. Por outro lado, os herbalistas prosseguiram com a análise química das plantas, o que lhes conferiu um forte argumento que não detinham até então: a base científica.
Seguiram-se anos de investigação não só sobre as plantas, mas também sobre as vitaminas, os minerais e os alimentos, mas mais importante do que isso, foi o estudo sobre a forma como estas riquezas naturais influenciavam ou não o corpo humano. Deve-se o termo “fitoterapia” ao médico francês, Henri Leclerc, que depois de inúmeras experiências com plantas durante a década de 50, reuniu os resultados na obra “Sumário de Fitoterapia”.
Hoje, a fitoterapia é a aplicação da ciência moderna (estando sujeita a testes e controles científicos) à medicina herbal, ou seja, para além de identificar os componentes activos de cada planta, explica a maneira como as plantas medicinais actuam no corpo humano.
A fitoterapia hoje
A fitoterapia recorre aos princípios activos das plantas para prevenir e tratar doenças, reforçando assim, as defesas naturais do organismo. Popularmente conhecidos como “medicamentos de saúde”, são apresentados de diversas maneiras: chá, ampolas, comprimidos, cápsulas, drageias, óleos essenciais, tinturas, bem como cremes e pomadas para uso externo. O sucesso dos medicamentos confeccionados exclusivamente com plantas reside, obviamente, na sua composição o que implica, por sua vez, uma extracção cuidadosa a partir das próprias plantas.A extração e composição
A extracção e composição dos medicamentos de fitoterapia é sujeita a um processo de controlo de qualidade rigoroso que começa na cultura da planta, que acontece numa região sem poluição, com clima e solo adequado. A parte activa da planta – que pode ser nas raízes, partes aéreas, folhas ou flores – reúne, em quantidades bastante reduzidas, as substâncias curativas, ou seja, onde se encontram concentradas as propriedades terapêuticas. A extracção destas substâncias segue cinco etapas específicas para se conseguir o efeito terapêutico desejado: criotrituração, extracção por solvente específico, concentração, secagem por vácuo e encapsulação. A fitoterapia trabalha com milhares de plantas e centenas de fórmulas rigorosamente elaboradas – algumas seculares, outras produto da ciência moderna.O fitoterapeuta diz-lhe…
Regra geral, não existem efeitos secundários na utilização de medicamentos de fitoterapia, no entanto, aconselha-se sempre uma consulta com um fitoterapeuta credenciado, principalmente no caso de mulheres grávidas e a amamentar. Uma opção saudável e natural que, administrada nas doses correctas, actua profundamente e estimula as defesas naturais do organismo, sem o prejudicar, revelando resultados eficazes e duradouros. Recomenda-se ainda a sua utilização em conjunto com medicamentos tradicionais, depois de conversado com o seu médico de família.Plantas populares
Com diversas indicações terapêuticas, descubra os segredos das plantas mais utilizadas em fitoterapia:- Alcachofra – problemas de vesícula
- Alfazema – asma, facilita a digestão, problemas de pele (alergias, queimaduras, eczemas)
- Alho – colesterol elevado
- Argila branca – azia
- Baga de mirtilo – diarreia
- Bardana – acne
- Calêndula – eczemas, cicatrização de feridas, prevenção de varizes
- Camomila – age sobre o sistema imunológico, ajudando a combater gripes, alivia espasmos musculares, é um relaxante natural
- Cardo mariano – doenças do fígado
- Carvão vegetal – flatulência
- Castanheiro-da-índia – hemorróidas, varizes e outros distúrbios do sistema circulatório
- Centáurea – dores reumáticas e de estômago
- Espinheiro-alvar – fortalece o batimento cardíaco, reduzindo os batimentos irregulares, aumenta o fluxo sanguíneo nas artérias
- Equinácea – gripe
- Eucalipto – tosse
- Ginseng – cansaço geral
- Groselha negra – dores reumáticas
- Hipericão – depressão
- Levedura de cerveja – pele seca e baça
- Luzerna – unhas e cabelos fracos
- Malva – anti-inflamatório natural, especialmente eficaz nas afecções da garganta
- Óleo de borragem – rugas
- Óleo de gérmen de trigo – doenças cardiovasculares
- Óleo de onagra – tensão pré-menstrual
- Óleo de salmão – triglicerídeos elevados
- Oliveira – tensão arterial elevada
- Passiflora – stress, ansiedade e insónias
- Própolis – gripe
- Rosa da Provença – problemas de garganta
- Sabugueiro – gripes e constipações, alivia as vias respiratórias
- Salgueiro – dor e estados febris
- Salva – digestão difícil
- Sene – obstipação
- Tília – dores de cabeça, enxaquecas, problemas digestivos, perturbações nervosas, cólicas abdominais, calmante natural
- Uva-ursina – infecções urinárias
- Valeriana – insónia
Fonte : http://www.bemtratar.com/
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