Por que tá tão difícil aceitar que acabou?
:: Rosana Braga ::
Claro que quem começa um relacionamento quer que dê certo. Poucas são as pessoas que, de verdade, entram querendo sair. A maioria torce para que os sentimentos bons cresçam e que esse encontro sirva como motivo de grande felicidade. E que bom que seja assim, senão, nem faria sentido.
Mas o fato é que relacionamento dá trabalho. Exige atenção, dedicação, maturidade, disponibilidade, flexibilidade, conciliação, revisão de valores, crenças e escolhas. Enfim, é uma área da vida como qualquer outra. E se você quer que dê certo, tem de investir. Assim é que se faz com áreas como a profissional, familiar, saúde, espiritual, financeira, entre outras.
A única diferença, talvez, é que poucas ou nenhuma outra nos cause tantas dúvidas e medos, assim como desperte intensidades e rompantes das quais nem nós mesmos nos sabíamos capazes. É o amor... e o amor é um convite que a vida nos faz como uma oportunidade para evoluirmos. Só que nem sempre conseguimos aceitar os desafios que chegam com esse convite.
Um desses desafios se trata do fim. Como aceitar que acabou? Como saber se é mesmo a hora de desistir? Como desapegar e compreender, de uma vez por todas, que a evolução também está no ato de deixar o outro ir embora?
De forma alguma, quero deixar parecer que sou a favor da separação sem que absolutamente tudo de saudável e respeitoso tenha sido tentado para salvar a relação. Terminar um casamento ou qualquer relacionamento significativo é mesmo muito doloroso e frustrante. É realmente muito difícil e penoso passar por esse processo. Portanto, que o fim se dê por uma razão que o valha. E que razão é essa?
Bem, cada um terá a sua, sem dúvida. Para o amor, não existem cartilhas ou manual de regras. No entanto, penso que o fim se justifica por aquilo que falta na relação e que é imprescindível para um dos envolvidos ou para os dois. E isso muda de pessoa para pessoa. O que é imprescindível para você pode não ser para mim. E vice-versa.
Isso pode ser diálogo, romantismo, sexo, confiança, fidelidade, vida social, aceitação da família, participação da mesma religião, dinheiro, entre muitos outros motivos. E não tem essa de ser certo ou errado. Certo é o que dá certo. E errado é o que dá errado. Simples assim. Uma questão de valores, preferências e crenças. Apenas precisamos cuidar para não nos sabotarmos e nem nos perdermos do que realmente importa. Mas isso é uma questão de coragem e autoconhecimento.
O problema -o grande problema, por sinal- é quando está dando errado e a pessoa simplesmente insiste, sem mudar de atitude, sem conversar adequadamente, sem "levar a relação para o médico", ou melhor, para a terapia de casal - se é que você me entende! Assim, o casal vai prorrogando o fim e adiando a separação sem que nada de realmente eficiente e inteligente seja feito.
Continuam discutindo, acusando um ao outro, repetindo as mesmas brigas, provocando mais lágrimas, mais dor, mais constrangimento para os filhos e outras pessoas ao redor. Continuam negligenciando detalhes essenciais como respeito, ouvir o outro de verdade, assumir novos comportamentos, abrir mão do que desagrada o outro. Enfim, continuam fazendo tudo o que dá errado esperando que, milagrosamente, dê certo. Pra quê? Até quando? Quanto ainda pretendem se machucar e se destruir até que parem com isso de uma vez por todas?
Se você se vê nessa situação, apegado a um relacionamento falido, doente e triste, pare de espalhar mais o que há de pior em você. Comece a buscar o seu melhor. E isso pode significar ter de admitir que vocês não estão conseguindo sozinhos e procurar ajuda de um especialista para chegar a conclusão mais honesta para todos.
Pare de insistir em mais dor e mais sofrimento. Resgate sua dignidade. Admita que esse relacionamento, do jeito que está, não pode mais continuar. Quem sabe num outro momento, mais maduros e preparados, possam recomeçar? Senão juntos, pelo menos inteiros e melhores...
Claro que quem começa um relacionamento quer que dê certo. Poucas são as pessoas que, de verdade, entram querendo sair. A maioria torce para que os sentimentos bons cresçam e que esse encontro sirva como motivo de grande felicidade. E que bom que seja assim, senão, nem faria sentido.
Mas o fato é que relacionamento dá trabalho. Exige atenção, dedicação, maturidade, disponibilidade, flexibilidade, conciliação, revisão de valores, crenças e escolhas. Enfim, é uma área da vida como qualquer outra. E se você quer que dê certo, tem de investir. Assim é que se faz com áreas como a profissional, familiar, saúde, espiritual, financeira, entre outras.
A única diferença, talvez, é que poucas ou nenhuma outra nos cause tantas dúvidas e medos, assim como desperte intensidades e rompantes das quais nem nós mesmos nos sabíamos capazes. É o amor... e o amor é um convite que a vida nos faz como uma oportunidade para evoluirmos. Só que nem sempre conseguimos aceitar os desafios que chegam com esse convite.
Um desses desafios se trata do fim. Como aceitar que acabou? Como saber se é mesmo a hora de desistir? Como desapegar e compreender, de uma vez por todas, que a evolução também está no ato de deixar o outro ir embora?
De forma alguma, quero deixar parecer que sou a favor da separação sem que absolutamente tudo de saudável e respeitoso tenha sido tentado para salvar a relação. Terminar um casamento ou qualquer relacionamento significativo é mesmo muito doloroso e frustrante. É realmente muito difícil e penoso passar por esse processo. Portanto, que o fim se dê por uma razão que o valha. E que razão é essa?
Bem, cada um terá a sua, sem dúvida. Para o amor, não existem cartilhas ou manual de regras. No entanto, penso que o fim se justifica por aquilo que falta na relação e que é imprescindível para um dos envolvidos ou para os dois. E isso muda de pessoa para pessoa. O que é imprescindível para você pode não ser para mim. E vice-versa.
Isso pode ser diálogo, romantismo, sexo, confiança, fidelidade, vida social, aceitação da família, participação da mesma religião, dinheiro, entre muitos outros motivos. E não tem essa de ser certo ou errado. Certo é o que dá certo. E errado é o que dá errado. Simples assim. Uma questão de valores, preferências e crenças. Apenas precisamos cuidar para não nos sabotarmos e nem nos perdermos do que realmente importa. Mas isso é uma questão de coragem e autoconhecimento.
O problema -o grande problema, por sinal- é quando está dando errado e a pessoa simplesmente insiste, sem mudar de atitude, sem conversar adequadamente, sem "levar a relação para o médico", ou melhor, para a terapia de casal - se é que você me entende! Assim, o casal vai prorrogando o fim e adiando a separação sem que nada de realmente eficiente e inteligente seja feito.
Continuam discutindo, acusando um ao outro, repetindo as mesmas brigas, provocando mais lágrimas, mais dor, mais constrangimento para os filhos e outras pessoas ao redor. Continuam negligenciando detalhes essenciais como respeito, ouvir o outro de verdade, assumir novos comportamentos, abrir mão do que desagrada o outro. Enfim, continuam fazendo tudo o que dá errado esperando que, milagrosamente, dê certo. Pra quê? Até quando? Quanto ainda pretendem se machucar e se destruir até que parem com isso de uma vez por todas?
Se você se vê nessa situação, apegado a um relacionamento falido, doente e triste, pare de espalhar mais o que há de pior em você. Comece a buscar o seu melhor. E isso pode significar ter de admitir que vocês não estão conseguindo sozinhos e procurar ajuda de um especialista para chegar a conclusão mais honesta para todos.
Pare de insistir em mais dor e mais sofrimento. Resgate sua dignidade. Admita que esse relacionamento, do jeito que está, não pode mais continuar. Quem sabe num outro momento, mais maduros e preparados, possam recomeçar? Senão juntos, pelo menos inteiros e melhores...
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