Chega um momento em que a gente se dá conta de que, às
vezes, para sermos verdadeiros com nós mesmos, precisamos ter o
desprendimento para abençoar as tentativas sem êxito, agradecer pelo o
que cada uma nos ensinou, e seguir. De que, às vezes, para se
reconstruir, é preciso demolir construções que, por mais atraentes que
sejam, não são coerentes com a ideia da nossa vida. A gente se dá conta
do quanto somos protegidos quando estamos em harmonia com o nosso
coração. De que o nosso coração é essencialmente puro. Essencialmente,
amoroso, o bordador capaz de tecer as belezas que se manifestam no
território das formas. De que, sabedores ou não, é ele que tem as chaves
para as portas que dão acesso aos jardins de Deus. E, vez ou outra,
quando em plena comunhão criativa, entra lá, pega uma muda de planta e
traz para fazê-la florescer no canteiro do mundo.
Ana Jácomo
integracaoholistica.blogspot.com
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