quinta-feira, 26 de julho de 2012

Quando as máscaras caem


máscara2

Vocês se sentem nus? rsrs
Brincadeiras à parte, o assunto de hoje é sério.
Já me referi anteriormente às máscaras que todos nós usamos e vamos agora falar um pouco mais a respeito.
A máscara é “a face que mostramos ao mundo. É o que achamos que deveríamos ser, ou que gostaríamos de ser, com base em imagens mentais idealizadas.” (Susan Thesenga – O Eu Sem Defesas)
A máscara tem sua origem na infância quando nos sentimos feridos (emocionalmente) ou rejeitados ou incompreendidos, etc. Quando crianças somos todos muito vulneráveis e ninguém escapa dessa!
Essa vulnerabilidade faz com que a criança sempre se sinta culpada por ter sido rejeitada, por exemplo, ou carente de atenção e de amor dos pais (seja isso real ou erro de percepção da própria criança). Daí ela sentir-se como sendo “não boa”, “não digna de amor”, “não atendendo expectativas paternas”. Note-se, porém, que cada criança tem uma percepção única do que ocorre à sua volta, portanto o que para uma pode ser demonstração de rejeição, para outra não o será.
Isso acontece, via de regra, na primeira infância, quando, devido à pouca vivência, não temos suficientes capacidades cognitivas para analisar os fatos e chegar a conclusões acertadas. Na cabecinha da criança só o que conta é como se sente e aí está incluído sentir que sua sobrevivência (instinto básico) depende de ser amada e aceita, mas como já chegou “à conclusão” que é “malvada” vai então “decidir” negar tudo aquilo que existe dentro dela que possa causar rejeição e/ou desaprovação. Neste momento se instala a máscara.
Criamos para nós a “persona” (do grego: representar, através de abertura na máscara, pelo som da voz – per+sona), em outras palavras, uma personagem que vamos mostrar ao mundo para sermos aceitos e amados.
Já fiz um post sobre a sombra, nossa parte inteiramente real e que contém os nossos sentimentos ditos negativos, mas também o nosso potencial divino. Durante nossa infância nos fizeram crer que essa parte nossa é vergonhosa, mas como ela existe (e não tem como fugir dela) então tratamos de mantê-la bem escondida e mostramos só a fachada – boazinha e bem comportada.
Vocês devem estar se perguntando se isso se aplica a todo mundo. A resposta é não. Muitos marginais, por exemplo, não usam a máscara de bonzinhos, mas podem usar outras que confirmem seu status de todo poderosos. Como disse antes, a máscara é baseada em autoimagem idealizada. Qual o ideal do marginal? Ser aquele mais temido.
Como começamos a usar a máscara muito cedo, ao chegarmos à idade adulta ela já está “cristalizada”, difícil de retirar. Já deu origem a comportamentos auto e hetero destrutivos.
Uma das maiores conseqüências do uso da máscara é a não responsabilidade por sentimentos, atitudes, escolhas, etc. Muitas vezes é a causa da vitimização (ela está presente em diversos graus e maneiras). É sempre do outro ou da vida a responsabilidade pelas desgraças do indivíduo.
Quando finalmente aceitamos que usamos uma máscara e que, sim, temos uma parte nossa que é sombria damos o primeiro passo para sermos íntegros (=inteiros), contudo essa aceitação deve ser totalmente livre de julgamentos. Sem essa de se botar pra baixo!
E por que nos livrarmos da máscara? Porque ela “se baseia na falsa concepção essencial de que podemos evitar as imperfeições, as decepções e as rejeições características do plano humano” (Susan Thesenga - O Eu Sem Defesas) Ou seja, ela não resolve os nossos problemas de autoestima e não aceitação, só camufla e posterga a eclosão da crise/s que um dia baterá à nossa porta.
Somos o que somos, seres imperfeitos e em construção e/ou evolução. Todos nós possuímos em nosso âmago a faísca divina que só se transformará em brilhante e linda chama se nos aceitarmos integralmente.

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