Sinais e sincronicidades (Osho)
"Você sabia que o Universo se comunica conosco o tempo todo e nos
envia respostas, mensagens e sinais, de acordo com nossos desejos e
necessidades?
Estes sinais se manifestam através do fenômeno que conhecemos como
sincronicidade, ou seja, no momento em que você necessita de algo, ou de
que alguma situação aconteça, aquilo se manifesta repentinamente em sua
vida.
Mas eles não se apresentam somente com soluções grandiosas ou
espetaculares. Manifestam-se igualmente nos acontecimentos rotineiros.
A prova incontestável de que você está vivendo e atuando numa
parceria harmoniosa com a vida, é a presença destas sincronicidades em
seu dia-a-dia. Para percebê-las, é necessário que você esteja atenta e
consciente de que o Universo sempre responde, de alguma forma, a todos
os seus pedidos.
Se você vinha recebendo estes presentes e, de repente, eles pararam
de acontecer, saiba que algo saiu do eixo em seu plano de vida. É
indício de que você se deixou perturbar por alguma forma de negatividade
que gerou um curto circuito em seu equilíbrio.
Este é um sinal de que é hora de se re-equilibrar, se harmonizar e
re-conectar com seu ser divino, aquele que direciona suas ações sempre
para um caminho positivo para você e para o mundo.
Um dos meios de evitar esta desconexão é parar de julgar, a si
próprio e as outras pessoas. Esta atitude impede que criemos novos laços
cármicos, geradores de sofrimento.
Agradecer é a melhor forma de fortalecer nossa conexão com o Divino,
pois quanto maior for nossa gratidão, mais bênçãos de amor, alegria,
paz, virtudes positivas e prosperidade ele nos enviará.
"Julgar os outros é uma reação."
.... Certa vez, eu perguntei ao meu pai: "Você me dirá uma vez, algum
dia, só uma vez: 'O que você está fazendo está certo?' Será que você
não pode ver que é impossível se fazer tudo errado durante vinte e
quatro horas por dia, trezentos e sessenta e cinco dias por ano... tudo
errado? Se isso é verdade, eu realmente estou realizando algo
miraculoso. Faça uma exceção - só uma vez, diga-me: O que você está
fazendo está certo".
Ele ficou chocado porque compreendeu o significado do que eu estava dizendo, que é impossível que eu pudesse fazer tudo errado.
Mas os pais gostam da idéia porque ela é muito preenchedora: é a sede
de poder. Sempre que você diz "Não" para alguém, sempre que você diz
"Você está errado" para alguém, você se sente poderoso. Alimenta o seu
ego e alimenta o ego de todo mundo - dos professores, dos vizinhos. Onde
quer que a criança vá, todo mundo usufrui da sede de poder, e a criança
é esmagada. E quando tanta gente está dizendo que ela é errada,
naturalmente, ela tem de acreditar.
Mas lembrem-se de que, como uma reação, ela começa a julgar os
outros. Quando todos a estão julgando, não há nenhuma razão para que ela
não julgue os outros. Você a está ensinando a julgar, a julgar a todos -
e, tanto quanto possível, a julgar negativamente. Então, ela começa a
julgar que os outros estão errados.
E este é o nosso mundo... onde todos estão se julgando errados e
julgando aos demais como errados. Como você pode ser amoroso, amigável,
confiante? Como você pode abrir o seu coração? Você ficará isolado,
ficará completamente fechado, viverá em um mundo que você condena e o
mundo o condenará.
.... "Pare de julgar."
Seja o que for que esteja fazendo, se você gosta do que faz, faça-o.
Não existe a questão do julgamento: nenhuma outra pessoa tem o direito
de dizer que o que você está fazendo está errado. Se você gosta de
fazê-lo, não está ferindo ninguém, não está perturbando ninguém...
Desde a minha infância, eu sempre gostei de sentar-me num canto,
silenciosamente. Todo mundo que passasse ali, dizia: "O que você está
fazendo?
Eu dizia: "Nada".
E todo mundo dizia: "Isso não é bom".
Eu dizia: "Isto é estranho: eu não estou fazendo nada, não estou
fazendo mal a ninguém - estou sentado neste canto - e você diz 'Isto não
está certo'. Parece que se tornou um puro hábito seu, condenar,
criticar. Mas eu estou desfrutando sentar aqui sem fazer nada, e vou
continuar, a despeito do seu julgamento. Não lhe pedi conselho, e dar
conselho sem que seja pedido é insensato".
Pouco a pouco a pessoa tem de se afirmar, deixar claro sua posição. A
menos que eu passe por cima do direito de outra pessoa... - se eu estou
fazendo algo de que estou gostando e que não veja ser prejudicial de
modo algum, então, eu não permitirei a ninguém me julgar, porque não se
trata apenas da questão deste ato, trata-se de uma questão de toda a
minha vida. "Você está me ensinando uma muito sutil doença de
julgamento". E, quando eu condeno a mim mesmo, como posso deixar alguém
sem condenação?
Assim, a primeira coisa é esta: pare de se julgar. Ao invés de
julgar, comece a aceitar-se com todas as suas imperfeições, todas as
suas debilidades, todos os seus erros, todos os seus fracassos. Não peça
a si mesmo para ser perfeito - isso é, simplesmente, pedir pelo
impossível e, depois, você se sentirá frustrado. Você é um ser humano,
afinal de contas.
O julgamento é feio - ele fere as pessoas. Por um lado, você vai
machucando, ferindo-as; e por outro lado, você quer o amor delas, seu
respeito. Isso é impossível.
Ame-as, aceite-as e, talvez, seu amor e respeito possa ajudá-las a
mudar muitas de suas fraquezas, muitas de suas falhas - porque o amor
lhes dará uma nova energia, um novo significado, uma nova força. O amor
lhes dará novas raízes para se erguerem contra os ventos fortes, um sol
quente, a chuva forte.
Se apenas uma única pessoa o ama, isso o faz tão forte, que você nem
pode imaginar. Mas, se ninguém o ama neste vasto mundo, você fica
simplesmente isolado; então, você pensa que é livre, mas você está
vivendo numa cela isolada em uma cadeia. É que a cela isolada é
invisível; você a carrega consigo.
O coração abrirá por si mesmo. Não se preocupe com o coração. Faça o trabalho preparatório".
OSHO, The Transmission of the Lamp.