sábado, 26 de março de 2011

FÉ NAS ERVAS MEDICINAIS




" OS ALQUIMISTAS COSTUMAVAM CULTIVAR ESSAS PLANTAS PARA QUE PUDESSEM TER CONTATO COM SUA ENERGIA E, ASSIM, SE SENTIREM FORTALECIDOS",  Sérgio Franceschini, Fitoterapeuta.


Elas são usadas a milênios para ressaltar o sabor dos alimentos em diferentes cozinhas do mundo. Por isso, é seguro dizer que, sem as ervas, muitos pratos não teriam a mesma graça. Nas últimas décadas, os estudos científicos também começaram a validar que os povos árabes, egípcios e romanos intuíam na Antiguidade : essas folhinhas são capazes de aliviar a dor, facilitar a digestão e fortalecer o sistema imunológico. Mas ainda é mistério para a ciência entender porque muita gente acredita no poder que elas têm de atrair amor, proteção e prosperidade.
Talvez possamos encontrar uma pista sobre a origem dessa crença se voltarmos um pouco no tempo. Os egípcios achavam que só os deuses egípcios poderiam ter criado plantas tão aromáticas como as ervas, por isso, mantinham-as por perto para que pudessem se aproximar do sagrado. Até hoje eles queimam o alecrim nos templos e igrejas. Já os romanos faziam coroas de louro aos atletas para que, além de um físico são, tivessem uma mente sã. Daí o ditado mente sã e corpore sano. Sem falar nas nossas benzedeiras que usam galhos de arruda para espantar a energia ruim que emperra o caminho ou prejudica a saúde da pessoa benzida. Segundo Adriano Camargo, autor do Livro O poder das Ervas (ed. Panorama), no Brasil, a relação mística com as ervas foi herdada da religião africana e dos rituais indígenas. Os adeptos da fitoterapia também recorrem a elas para dissolver sentimentos desfavoráveis : "As moléculas aromáticas das ervas são captadas pelo olfato e traduzidas para o sistema límbico como impulsos nervosos que atuam diretamente no humor e estado físico e emocional", escreve Ângela Lima no livro Banhos Terapêuticos e Ritualísticos (ed. Epub).


CULTIVE-AS EM CASA

As ervas geralmente têm formato delicado, exigindo um pedaço pequeno de terra, sol e água para crescer. Por isso, podem ser facilmente cultivadas em casa, no jardim ou num vaso na varanda.  Se for possível plantar, procure manter por perto um vaso de alecrim, manjericão, orégano ou mesmo de hortelã. O aroma e viço dessas plantinhas trazem, no mínimo, bem-estar.

OITO PLANTAS PURIFICADORAS 


ORÉGANO :  Origem, Mediterrâneo. O aroma marcante desta erva promove vigor e ajuda na tomada de decisões. O orégano e a manjerona (as 2 são parecidas) são plantas usadas para fortalecer o amor e proteger a casa. Um vaso com essas ervas é um ótimo presente para quem está triste e deprimido, pois elas atraem alegria e pensamentos felizes, sugere Rosy Bornhausen, autora do livro As Ervas do Sítio (ed. Bei).

SÁLVIA : Origem, Mediterrâneo. Existe um ditado romano que diz : "Como alguém pode ficar doente tendo a sálvia plantada no jardim ?" Essa planta costumava ser colocada ao lado de uma pessoa enferma para que a folha comprida peluda e rugosa pudesse absorver a energia ruim para depois ser queimada. Na mitologia, a sálvia aparece como um escudo contra mau olhado e olho gordo.

MANJERICÃO : Origem, Ásia. Associado à riqueza, abundância e boa sorte. Dizem que, na casa onde são cultivados sete tipos diferentes de manjericão, o dinheiro e a prosperidade estão garantidos. Seu aroma é considerado estimulante e revitalizador. Usado no banho, "lava" toda a energia ruim. Diz a crença popular que pessoas que fazem trabalhos intelectuais rendem mais quando têm um vaso da erva no ambiente.

ALECRIM : Origem, Mediterrâneo. Os gregos faziam coroas com essa erva para usá-las nas festas como símbolo de prosperidade. Se a missão fosse intelectual, entrelaçavam seus ramos no cabelo para estimular a memória. Segundo a cultura popular, suas folhas fazem a energia circular, evitando o acúmulo de vibrações negativas. A infusão usada no banho ou borrifada no ambiente traz equilíbrio e alegria.

LOURO : Origem, Oriente. Desde a antiguidade ele representa a glória, o triunfo e a fama, tendo sido muito usado pelos gregos e romanos como símbolo de status. O imperador romano Júlio César acreditava que a coroa de louro clareava a sua mente, ajudando-o a governar melhor. Segundo a crença popular, manter uma folha seca dentro da carteira atrai dinheiro. E a infusão usada no banho ou no ambiente purifica e relaxa.

BABOSA : Origem, África. Foram os escravos que trouxeram essa planta para o Brasil. Eles acreditavam que ela tivesse o poder de afastar qualquer tipo de doença. O gel encontrado no interior da folha é considerado excelente para fortalecer os fios de cabelo e tratar queimaduras.

HORTELÃ : Origem, Mediterrâneo. Existem várias espécies de hortelã e a mais comum no Brasil é a piperita. Possui efeito calmante e harmonizador. Também ajuda a dissolver as emoções negativas, como a raiva, e é indicada contra as decisões impulsivas. "Por ter raízes compridas e invasoras, era usada intuitivamente pelas populações ribeirinhas na Amazônia para combater verminose", diz Sérgio Fransceschini. Essa propriedade medicinal foi confirmada pela ciência.

BOLDO DO CHILE : Origem, Chile. Nas religiões afro-brasileiras, ele é conhecido como tapete de Oxalá. É usado para acalmar, permitindo que você tenha uma visão melhor para os negócios e, com isso, maior chance de prosperar. Curiosamente, a fitoterapia recomenda o boldo para problemas digestivos e para manter o fígado, órgão da ira, equilibrado.

FONTE : REVISTA BONS FLUÍDOS

Foto : Google imagens

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