quinta-feira, 31 de março de 2011

A ANGÚSTIA DO CURADOR - A ANGÚSTIA DE QUEM ESTIMULA A CURA







O estudo do processo do adoecer conduz à constatação de que o adoecimento se manifesta sob múltiplas formas e que, ainda que os sinais e sintomas expressos e percebidos revelem significância similar, a infinitude das variáveis evidencia a singularidade dos processos. Para quem haja compreensão destas manifestações, o indivíduo e aquele que se propõe a ajudá-lo necessitam estabelecer contato com a experiência que está sendo vivida e com os universos individuais.

É necessário entender que o homem tem se voltado para o reconhecimento e valorização do sentir, das sensações e do sequenciamento dos sinais que, até então, lhe pareciam insignificantes ou desprovidos de sentido. É necessário respeitar o processo de evolução da humanidade, entender que o homem evolui através de uma trajetória pessoal e coletiva e aceitar que, para que se mantenham válidas, as diversas propostas terapêuticas devem acompanhar as etapas de maturação do humano.

Para que uma ação seja verdadeiramente terapêutica é necessário que o indivíduo, progressivamente, desenvolva o entendimento, a compreensão e a aceitação dos próprios processos e que o terapeuta ative sua capacidade de contactar e desenvolver o seu interno e o processo pessoal de evolução, condição essencial para a percepção e entendimento da dor do outro. Estas capacidades permitem a conquista do sentir partilhado e integrado e proporcionam fluidez à ação terapêutica.

Não adianta, ao curador, abordar e explicar a origem do adoecimento com uma linguagem ou técnica que vá além do alcance do olhar do indivíduo. Para quem busca ajuda, a origem da dor está sempre naquele momento, na doença que o levou à busca. Para muitos, existe além daquilo que se pôde ver e perceber.

Para que o indivíduo possa validar e aceitar a transformação ou cura, a terapêutica deve ser orientada pela dor que foi vista, que se vê ou se projeta e tratar, principalmente, o que foi materializado naquele momento.
Não há como esperar que o momento de expansão da consciência aconteça de forma imediata. Cada indivíduo tem o seu tempo essencial de evolução e necessita deste tempo para a elaboração, assimilação e aceitação sensorial e mental, para o reconhecimento dos padrões de comportamento e reformulação comportamental, para a identificação e correção das causas prováveis daquela manifestação doentia.
O tempo é individual e a percepção do tempo é pessoal!!

Para aproveitar o adoecimento, o indivíduo precisa sentir e ver, no concreto, a evolução e as transformações de cada um dos sintomas e dos passos que, até ali, distorcem sua individualidade. É necessário entender que as escolhas espelham o que se percebe e pretende para si, reconhecer o curso do adoecimento, chegar ao porquê da instalação dos sintomas e se redefinir por escolhas e posturas que resgatem a saúde. Para que se instale a  saúde, é fundamental que se viva o desejo de cura.... desejo que irá nascer do reconhecimento das escolhas inadequadas.

Todo o processo de evolução e cura pertence ao indivíduo.
O que se pretende é que o indivíduo reconheça, através de sua evolução, da ampliação de consciência proporcionada por suas dificuldades que torna o adoecimento desnecessário. No processo da cura, a energia doente é transmutada e evoluída. Mas o desejo, o anseio, é de que a evolução seja ainda maior e que haja expansão da energia de vida. Quando a cura se instala em todos os níveis é, em totalidade, aproveitada pelo Universo.

Pode-se, então, ter a certeza de que o indivíduo reencontrou sua trajetória evolutiva, que assumiu a sua história, sua estrada e que segue por ela, com passos próprios, ainda que lentos ou eventualmente desviados.
Pode-se ter a certeza de que, no ritmo e na velocidade do seu passo, ele irá adentrar, apropriar-se e evoluir seu processo de vida, relacionando cada momento à existência presente e ao momento imediatamente anterior, que depois será relacionado ao momento ainda anterior e, gradativamente, irá atingir o cerne, a compreensão global da sua história.
A ação que intenciona a ajuda deve estimular o indivíduo à conquista e posse da chave que o integra à sua trajetória, ao entendimento pleno e à incorporação do poder de cura e harmonização que lhe é próprio, único, como é única a essencialidade de cada Um.

O PAPEL DO VERDADEIRO CURADOR é ajudar o indivíduo na reconstrução de sua história para que, ao entender cada etapa, possa ele mesmo reencontrar sua trajetória. É papel do curador agira a partir do olhar do paciente, ter a honradez de atuar a partir daquilo que o outro vê, ouve, percebe, sente e reconhece como verdadeiro, aceitando a ampliação do conhecimento que o conhecer mútuo oferece.
É preciso que o curador experiencie, estimule e compartilhe com quem o busca, a alegria da responsabilidade pela vida, pelo processo de cura, pelo contato com a luz interna e com a razão de ser.

Angustia-me muito o Curador que se faz como único responsável pela cura do outro, pela vida, evolução e saúde de quem o procura. A angústia pode resultar da obrigatoriedade de se caracterizar como competente e disponível, de medicar, orientar e reconduzir ao equilíbrio as pessoas que se desviaram, limitaram ou se impediram pela própria angústia.
Quanta angústia daquele que assume o compromisso de curar quando deveria estimular autocura!
Quanta dor !
Como cuidar da dor sem assumir a própria dor? Que pretensão é essa de negligenciar o próprio sofrimento e vestir a máscara de ser capaz de sanar o sofrimento do outro? Quantos terapeutas trazem dores e males semelhantes à dor de quem busca sua ajuda e negligenciam a oportunidade de se conhecer enquanto ajudam o outro?

Quanta insegurança !
Quantos terapeutas conseguem dar ao outro a resposta, indicar a trajetória da vida e não conseguem, na sua vida, trilhar a trajetória que ditam?
Quão difícil é vestir a máscara da segurança e ir à frente de batalha, usando do poder de interferir no processo curativo, assumindo a responsabilidade pela vida do outro, sentindo-se obrigado a dominar um  conhecimento que tem a pretensão de salvar vidas e reduzir a angústia....
Que angústia por errar e não conseguir obter a cura!
Quanto sofrimento contemplam! E quase nunca se lembram de que o insucesso terapêutico pode não ter sido causado pelo erro e que esta pode se a trajetória que o outro escolher viver. Os erros existem. Erra-se, mas não é pelo erro ou pela incapacidade do Curador que uma doença persiste. Existem situações que são do momento e da necessidade do angustiado pela dor, situações em que o processo corporal é necessário, é veículo para que o indivíduo conquista formas de liberação e drenagem de toda energia estagnada.

A maioria dos curadores abdica do direito e da condição de humano. Alguns, porque entram no processo  de total doação; outros, porque transformam o conhecimento em poder e domínio e ainda outros, porque usam do conhecimento para sublimar as próprias dificuldades. Independente de como utilizam os conhecimentos que poderia levar os indivíduos à cura, é muito grande o peso da responsabilidade, o compromisso e a angústia vividos por esses curadores.
É preciso que entendam que são livres !
Os curadores são orientadores de prováveis trajetórias para a vida. É verdade que, quando se dispõem à ajuda, a partilhar aquilo que, para o outro, é a fragilidade maior, precisam ter domínio sobre o conhecimento, precisam estar firmes, confiantes, com capacidade suficiente para definir e agir. É também verdade que a sua atuação pode salvar vidas.... mas que não se esqueçam : são veículos !

As vidas salvas, salvam-se porque é merecimento, porque a experiência é necessária à evolução do outro e à evolução do terapeuta. É pretensão acreditar que um homem salve outro homem; um homem pode ajudar um outro homem a encontrar os camonhos que lhe salvam a vida.
O mérito é da vida!
O mérito é da Alma que, através da ajuda sincera, consegue se manter em movimento, exercendo a expressão da verdade que alimenta, equilibra e cura.
Esse entendimento não reduz o compromisso com a vida, não diminui no curador a sua responsabilidade, não impede que se sofra pela dor do erra. Esta percepção aumenta o comprometimento com a Nova Era, com o novo momento, com uma nova Medicina.. Aumenta a necessidade do estudo, do entendimento, da evolução dos conhecimentos, da busca incessante de espaços internos para que, da consciência adquirida, brotem as capacidades inatas, a sensibilidade e o uso adequado dos próprios potenciais.

É preciso que o Curador abandone a prepotência da ação que se baseia apenas no que é raciocínio, na manutenção de uma postura que tanto o distancia quanto diferencia de quem o procura.

Para que se reduza a angústia deste que se propõe a ajudar, é necessário que ele aceite e respeite o direito do outro de responsabilizar-se pelo próprio crescimento, que aceite que ete caminho favorece a ajuda sem sofrimento, a vivência prazerosa do contato e da troca e o alívio do peso de se considerar o único responsável pelo cuidar da vida. É necessário a compaixão, estendendo ao outro o respeito dedicado aos próprios processos.

Para reduzir a angústia daquele que busca a ajuda, é necessário lembrá-lo de que culpabilizar o externo ou o acaso por sua dor, torna a compreensão mais distante e a angústia mais dolorosa. É necessário pontuar que é ele o  responsável pelo seu processo, por sua dor, por sua história, trajetória e momento de vida e lembrá-lo de que o assumir do compromisso consigo, propicia o encontro com a cura, diminui o sofrimento e permite o aproveitamento da doneça como experiência de crescimento.
Enquanto o indivíduo se mantém na posão de vítima e culpa o medo, o externo ou o acaso pelos sofrimentos que o acometem, mais dolorosa se torna sua angústia, mais penoso se torna o trabalho daquele que, com a pretensão de propiciar a cura, acolhe o angustiado e vive o sofrimento e a obrigação de sanar, de aliviar, de cuidar da vida.

Uma angústia menor no Curador, associada a uma angústia menor naquele que busca a cura, favorece a troca, amplia os níveis de percepção de um e de outro e facilita a descoberta e o entendimento das trajetórias. O conselho a indicação e a aceitação da terapêutica fluirão, então, como flui a vida, como fluem os objetivos de saúde almejado pela Alma. Fluirão como fluem, pelo Universo, o conhecimento e o saber.
Sentir assim a função de ajuda potencializa, em todos, o desenvolvimento de uma responsabilidade ainda maior : a de ativar o nascimento e a fé no Amor, a crença na Verdade do Homem, a compreensão de que o aproveitamento da doença traz a cura. Esta forma de sentir estimula ainda mais o desejo do conhecimento, valoriza o curador e quem busca a cura, ameniza a angústia de quem quer ajudar e de quem necessita ajuda.

A CURA É CONQUISTA PRÓPRIA !!  AOS CURADORES CABE CONFIAR QUE FORAM PREPARADOS PARA ESTIMULAR HARMONIZAÇÃO E AUTOCURA.
O SENTIMENTO DE OBRIGATORIEDADE DE CURAR IMPEDE QUE SE PERCEBA O CAMINHO DA VERDADEIRA CURA.

O CURADOR QUE BUSCA ESTAR DE ACORDO COM SUA ALMA, COM SEU ESPÍRITO, CONTACTA MAIS FACILMENTE A ALMA, O ESPÍRITO, DAQUELE QUE BUSCA A CURA... AMBOS  SE DESENVOLVEM !

Texto elaborado por :
Euder Airon
Márcia A. de Oliveira
Nereida F. Vilela
William D. Reis
REVISTA LEITURA CORPORAL / BH - MG




Postado por Ana Lúcia - integracaoholistica.blogspot.com 
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PROGRAMA DE GRATIDÃO - LOUISE HAY



O " PROGRAMA DE GRATIDÃO", é baseado num trabalho da escritora Louise Hay chamado "Dieta de 7 dias de Gratidão".



COMO FUNCIONA?

Durante 7 dias consecutivos, aconteça o que acontecer ao acordar e antes de dormir encontre motivos para agradecer e o faça de todo o coração.

Respire profundamente por algumas vezes, inspirando pelo nariz e expirando pela boca, aprofundando o máximo que puder a sua respiração.
Preste atenção a todo o seu corpo e relaxe todas as partes doloridas ou tensas e repita a seguinte afirmação:

" Na imensidão de tudo o que SOU, declaro que faço parte de um Universo abundante, amoroso e saudável. Estou disposto (a) a mudar sempre. Aceito tudo o que SOU e desperto a natureza real em mim.
Entrego-me ao fluxo natural da VIDA acreditando que todas as soluções virão à mim ou através de mim.
Aceito um novo olhar e um novo modo de viver feliz e pleno".

Passe então a agradecer, agradeça como se estivesse contanto à alguém sobre o que lhe faz sentir amor e gratidão.Temos sempre muitas razões para agradecer, a vida em si é um milagre!

DURANTE ESSES 7 DIAS procure não pensar em seus problemas, mas em como será bom quando eles estiverem solucionados e enquanto pensa ou imagina, experimente repetir:  "Eu aceito a solução ou "Estou feliz pela solução".

Esse programa pode ser feito também por tempo indeterminado.


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domingo, 27 de março de 2011

LEITURA CORPORAL ...... A PELE, O CONVÍVIO E O PLANETA




O SER se expande em energia do núcleo para a superfície da célula e da célula para a apresentação na pele. Cada etapa se cumpre no desejo de aprimoramento e de satisfação através do que é expresso. É na derme que a vida efervesce em direção à superfície do corpo.


SOMOS ÚNICOS OU PARTE ?

Únicos e parte, somos células de um grande corpo, células que trabalham juntas pelo projeto comum da expansão da consciência !
Cada um de nós cumpre com sua trajetória pessoal na grande evolução do Cosmos. No planeta, cumprimos com a trajetória coletiva que se escolheu desenvolver.

A PELE espelha todo desejo ou conquista de e expressão e, assim como o espelho vivificado das águas, turva-se quando o movimento profundo se desorganiza.
Emanando agora do mais profundo do corpo, onde energia e consciência se contiveram, o fluxo dos impulsos se apresenta através dos ossos, articulações e músculos, alcançando a possibilidade da expressão amorosa nos limites saudáveis que a pele propicia.

É NA CAMADA SUBCUTÂNEA DA PELE que se ancora a construção da expressão afetiva. O tecido gorduroso da hipoderme armazena a energia necessária para a exposição verdadeira e amorosa e filtra, amortecendo ou estimulando, os movimentos de contato do que é mais interno com o que é expresso pelo externo.
Se a expressão não satisfaz ou se o que se recebe não nutre, acumulam-se neste tecido corporal os impulsos insatisfeitos e se registra o sentimento de carência pela troca não exercida ou vazia. O crescimento da célula gordurosa evidencia que o indivíduo não se percebe, valida ou nutre o que busca o reconhecimento e sua satisfação na ação que espera do outro.´

É NA DERME QUE A VIDA EFERVESCE em direção à superfície do corpo! Brotam aqui os anexos da pele que servem à expressão e à percepção do mundo externo. No fluxo do sangue e da linfa, no circuito dos receptores nervosos, na ativação das glândulas sebáceas e sudoríparas, na estruturação e mobilização dos cabelos, pêlos e  unhas, o pulsar da elasticidade desta segunda camada da pele faz a transição entre o que é sólido no interior e o que vai se tornar expressão sutil na superfície.

Cada estrutura em função organiza as etapas e a qualidade da expressão e, no fluxo da percepção, cada uma delas traduz para o interno os estímulos recebidos.

É NA EPIDERME que se reconquista a expansão!
Estruturada para expressão prazerosa daquilo que emanou do profundo e ávida pelo prazeroro encontro na partilha, a camada mais superficial da pele traduz e expôe toda a vitalidade do universo interno.
Ativada pelo impulso profundo da expressão, a epiderme mostra o desejo de experiência e nela se traduz a satisfação ou insatisfação experimentada em suas nuances.
É pela produção de melanina na epiderme, na definição da cor da pele, que se expressa o quanto do universo se permitiu expandir ou, na partilha, o quanto do mundo externo, sutil, amoroso, sensual e sensorial, se permitirá acolher, reconhecer e incorporar.

O PRÓXIMO PASSO É O GESTO !
O aparente limite que a pele propicia ao corpo físico, apesar de toda sua porosidade e plasticidade, permite que o encontro entre os seres possa acontecer afetida e prazerosamente, sem o risco da mistura das identidades.
No exercício da partilha amorosa, na coletividade e na sexualidade, encontra-se a ampliação da percepção de si no encontro com o outro.
A PELE IRÁ ADOECER quando a troca verdadeira já não acontece, quando se falseia o viver da experiência com o outro, quando a identidade é substituída por performances e papéis e, na troca íntima, quando a sensualidade se perde em exercício de sedução, quando a sexualidade se restringe à genitalidade e poder nas relações.
Se permitirmos que a consciência se expanda, se conqusitarmos a reamplitude da energia, o SER reconquista o contato com o Cosmos em sua expressão mais fluída.

A PELE, SUPERFÍCIE DO CORPO, É ENTÃO O ESPELHO DAS ÁGUAS DA ALMA !
Mesmo que este fluxo se atrase ou desvie, o aprendizado se faz pela tradução que se concretiza na pele do corpo ou do planeta. E se a energia do Cosmos transita pela matéria em tamanha fluidez, cumpre-se o objetivo básico da experiência da vida.
É na experiência da partilha, no encontro, que se refaz o caminho da união consigo e a comunhão com a trajetória original no Todo.

Texto : Euder Airon

O SENTIDO OCULTO DA DANÇA





TUDO O QUE É VIVO SE MOVE; MOVIMENTO É VIDA  !!
DANÇAR É MOVER-SE COM CONSCIÊNCIA, É PLASMAR NO CORPO O SENTIMENTO DE SE VIVER. 

O verdadeiro centro de um círculo é um ponto. Um ponto no entanto não tem dimensão nem lugar. Assim, ele escapa não apenas à nossa percepção, mas também à nossa imaginação. Não pertence ao nosso mundo - porque nele tudo tem extensão e dimensão, pois o mundo é forma. O ponto contudo, faz parte de uma outra ordem de ser, existe para além do mundo; é metafísico, no sentido do termo. O ponto simboliza a unidade, a totalidade, a perfeição, sendo por isso também, em quase todas as culturas e épocas, um símbolo de Deus. O ponto tudo contém em estado potencial, não em estado manifesto. Dele nascem o círculo e a esfera, que são as suas formas de manifestação. Aquilo que no ponto ainda é potencia metafísica ganha através do círculo e da esfera a sua configuração. O círculo é um ponto mais uma dimensão, assim, ele vive do ponto central, e é definido por ele, mesmo quando esse ponto não é apreensível por nós. O ponto e círculo - Deus e o mundo - o Uno e o múltiplo - o irrevelável e o revelável - o conteúdo e a forma - o metafísico e o físico - são muitos pares de conceitos que se referem à mesma coisa.

A LEI DO MUNDO É O MOVIMENTO, A LEI DO CENTRO É A QUIETUDE. Viver no mundo é movimento, atividade, dança. Nossa vida é um dançar constante ao redor do centro, um incessante circundar o Uno invisível ao redor do qual nós - tal como círculo - devemos nossa existência.
Vivemos do ponto central - ainda que não o possamos perceber e temos saudades dele. O círculo não pode esquecer sua origem, também nós sentimos saudade do paraíso. Fazemos tudo o que fazemos porque estamos à procura de um centro, do nosso centro.

A DANÇA, COMO IMAGEM CORPORAL DA CRIAÇÃO, É A FORMA MAIS ANTIGA DE MAGIA E É MITOLOGICAMENTE A CHEGADA DA LUZ, O PRINCÍPIO DO MUNDO, ASSIM COMO O DESCOBRIMENTO DA REALIDADE SUBJETIVA, A HABILIDADE DO HOMEM PARA REFLETIR., MANTER E PROSSEGUIR A EVOLUÇÃO, A CAPACIDADE DE PERCEBER SUAS AÇÕES EM RELAÇÃO AO SAGRADO, A VISÃO DE SUA PRÓPRIA IMAGEM CIRCUNSCREVENDO O DESCONHECIDO.

A DANÇA como expressão do homem movido por um poder transcendente é também a primeira manifestação artística; antes que o homem expressasse sua vida mediante elementos materiais, fê-lo através de seu próprio corpo. O homem sempre dançou por alegria, tristeza, amor, medo, ao amanhecer, na morte, no nascimento. O movimento da dança proporciona-lhe a possibilidade de aprofundar-se dentro de sua própria existência. Em seu sentido mais puro, é uma síntese das Belas Artes, sendo a mais viva e humana, já que tem por instrumento interpretativo o próprio corpo, e é Música, Escultura, Pintura, Arquitetura......... Converte o corpo no melhor  dos instrumentos musicais. Afinado, educado, polido, através do cultivo rítmico, o corpo, sob um plano inspirador, sob um manto espiritual da harmonia, converte-se em canal, em ponte através da qual se manifesta o invisível, comunicando-se, assim, com o manisfetado, com o homem, e é ali onde reside o alto valor pedagócico de dança, sempre vinculado ao mais nobre e elevado, dos êxtases artísticos.

ATRAVÉS DA DANÇA PODE-SE PENETRAR NO MISTÉRIO INTERIOR. A divindade humana, essa na qual criam os homens das velhas civilizações que nos precederam, revela-se em majestade naquele que se transfigura através da plástica rítmica.

CADA DANÇA É A METAMORFOSE QUE LEVA À TRANSFORMAÇÃO DO DANÇARINO DE DEUS, IMITANDO O TRABALHO DA DIVINDADE, TRANSMUTANDO-SE.

Fala-se muito da SOLIDÃO DO HOMEM no mundo contemporâneo e da divisão profunda de seu ser. Nós dissociamos a educação do corpo da educação do espírito e ambas desse controle que chamamos, segundo nossos costumes : ALMA, CORAÇÃO, INTUIÇÃO, CONHECIMENTO TRANSCENDENTE.
As ciências físicas e naturais fazem abstração desse princípio e de sua difusão no universo.
Nossa religião não satisfaz as necessidades da nossa inteligência. NOSSO INTELECTO NEGA O CORPO AO PASSO QUE A MEDICINA NADA QUER SABER DA ALMA OU DO ESPÍRITO.

Num universo de intensa mecanicidade, as pessoas permanecem como atuantes distanciados de si durante todo o dia no escritório, no automóvel, em casa, diante da televisão, à mesa, usando muito pouco a criatividade possível a cada um, precipitam-se, quando chega o fim da semana ou feriado, numa atividade pseudo-esportiva incoerente sem qualquer relação com a existência profunda de cada um e de todo o mundo : AQUI O ESPÍRITO, LÁ O CORPO, MAIS ADIANTE O SEXO, DO OUTRO LADO O CORAÇÃO - torvelinho incessante cuja alienação gradativa é profundamente sentida por todo ser humano nos dias de hoje.

NA DANÇA O HOMEM SE ENCONTRA EM TOTALIDADE ATRAVÉS DE SEU CORPO, ESPÍRITO E CORAÇÃO.       Ela é também uma meditação, um meio  de  conhecimento, a um só tempo introspectivo e do mundo exterior.
Há alguns anos, o coreógrafo Maurice Bejart encontrou na Índia um mestre yogi autêntico e muito considerado. Revelou-lhe seu desejo de fazer yoga de maneira mais profunda, e ele lhe respondeu : "A palavra yoga significa união. Esta união, você poderá encontrá-la na dança, pois a dança também é únião. Você é dançarino. SHIVA, o Senhor do mundo, o grande yogi, tem igualmente o nome de NATARAJA, o rei da dança........ Você é dançarino, você tem sorte. Que a sua dança seja o seu yoga, não procure outro".
Mais tarde, na hora em que se separou dele, este olhou-o e disse : "Ah!  Se todos os ocidentais pudessem reaprender a dançar".
Mas, todos nós dançamos constantemente; precisamos contudo, viver cada vez mais conscientemente as leis dessa dança, que a partir de um centro, se expande em linhas, planos e volumes, acessando espaços imateriais; aquela na qual o homem expresse pelos seus veículos : físico, vital, emocional e mental o Ser Superior que guarda em si e que justifica a existência.


Bibiografia :
GARAUDY, Roger, Dançar a vida. Tradução de Antonio Guimarães e Glória Mariano, Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 1980.
DAHLKE, Rudiger. Mandalas. Tradução de Margit Martincic. São Paulo : Editora Pensamento, 1991.
TEJEDA, Estela. O caráter Oculto da Dança. Revista Nova Acrópole, nº 21.
GELEWSKI, Rolf. Buscando a Dança do Ser. Casa Sri Aurobindo. Salvador, 199




Texto de : Arnaldo Leite de Alvarenga na Revista Seja, Leitura Corporal


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sábado, 26 de março de 2011

FÉ NAS ERVAS MEDICINAIS




" OS ALQUIMISTAS COSTUMAVAM CULTIVAR ESSAS PLANTAS PARA QUE PUDESSEM TER CONTATO COM SUA ENERGIA E, ASSIM, SE SENTIREM FORTALECIDOS",  Sérgio Franceschini, Fitoterapeuta.


Elas são usadas a milênios para ressaltar o sabor dos alimentos em diferentes cozinhas do mundo. Por isso, é seguro dizer que, sem as ervas, muitos pratos não teriam a mesma graça. Nas últimas décadas, os estudos científicos também começaram a validar que os povos árabes, egípcios e romanos intuíam na Antiguidade : essas folhinhas são capazes de aliviar a dor, facilitar a digestão e fortalecer o sistema imunológico. Mas ainda é mistério para a ciência entender porque muita gente acredita no poder que elas têm de atrair amor, proteção e prosperidade.
Talvez possamos encontrar uma pista sobre a origem dessa crença se voltarmos um pouco no tempo. Os egípcios achavam que só os deuses egípcios poderiam ter criado plantas tão aromáticas como as ervas, por isso, mantinham-as por perto para que pudessem se aproximar do sagrado. Até hoje eles queimam o alecrim nos templos e igrejas. Já os romanos faziam coroas de louro aos atletas para que, além de um físico são, tivessem uma mente sã. Daí o ditado mente sã e corpore sano. Sem falar nas nossas benzedeiras que usam galhos de arruda para espantar a energia ruim que emperra o caminho ou prejudica a saúde da pessoa benzida. Segundo Adriano Camargo, autor do Livro O poder das Ervas (ed. Panorama), no Brasil, a relação mística com as ervas foi herdada da religião africana e dos rituais indígenas. Os adeptos da fitoterapia também recorrem a elas para dissolver sentimentos desfavoráveis : "As moléculas aromáticas das ervas são captadas pelo olfato e traduzidas para o sistema límbico como impulsos nervosos que atuam diretamente no humor e estado físico e emocional", escreve Ângela Lima no livro Banhos Terapêuticos e Ritualísticos (ed. Epub).


CULTIVE-AS EM CASA

As ervas geralmente têm formato delicado, exigindo um pedaço pequeno de terra, sol e água para crescer. Por isso, podem ser facilmente cultivadas em casa, no jardim ou num vaso na varanda.  Se for possível plantar, procure manter por perto um vaso de alecrim, manjericão, orégano ou mesmo de hortelã. O aroma e viço dessas plantinhas trazem, no mínimo, bem-estar.

OITO PLANTAS PURIFICADORAS 


ORÉGANO :  Origem, Mediterrâneo. O aroma marcante desta erva promove vigor e ajuda na tomada de decisões. O orégano e a manjerona (as 2 são parecidas) são plantas usadas para fortalecer o amor e proteger a casa. Um vaso com essas ervas é um ótimo presente para quem está triste e deprimido, pois elas atraem alegria e pensamentos felizes, sugere Rosy Bornhausen, autora do livro As Ervas do Sítio (ed. Bei).

SÁLVIA : Origem, Mediterrâneo. Existe um ditado romano que diz : "Como alguém pode ficar doente tendo a sálvia plantada no jardim ?" Essa planta costumava ser colocada ao lado de uma pessoa enferma para que a folha comprida peluda e rugosa pudesse absorver a energia ruim para depois ser queimada. Na mitologia, a sálvia aparece como um escudo contra mau olhado e olho gordo.

MANJERICÃO : Origem, Ásia. Associado à riqueza, abundância e boa sorte. Dizem que, na casa onde são cultivados sete tipos diferentes de manjericão, o dinheiro e a prosperidade estão garantidos. Seu aroma é considerado estimulante e revitalizador. Usado no banho, "lava" toda a energia ruim. Diz a crença popular que pessoas que fazem trabalhos intelectuais rendem mais quando têm um vaso da erva no ambiente.

ALECRIM : Origem, Mediterrâneo. Os gregos faziam coroas com essa erva para usá-las nas festas como símbolo de prosperidade. Se a missão fosse intelectual, entrelaçavam seus ramos no cabelo para estimular a memória. Segundo a cultura popular, suas folhas fazem a energia circular, evitando o acúmulo de vibrações negativas. A infusão usada no banho ou borrifada no ambiente traz equilíbrio e alegria.

LOURO : Origem, Oriente. Desde a antiguidade ele representa a glória, o triunfo e a fama, tendo sido muito usado pelos gregos e romanos como símbolo de status. O imperador romano Júlio César acreditava que a coroa de louro clareava a sua mente, ajudando-o a governar melhor. Segundo a crença popular, manter uma folha seca dentro da carteira atrai dinheiro. E a infusão usada no banho ou no ambiente purifica e relaxa.

BABOSA : Origem, África. Foram os escravos que trouxeram essa planta para o Brasil. Eles acreditavam que ela tivesse o poder de afastar qualquer tipo de doença. O gel encontrado no interior da folha é considerado excelente para fortalecer os fios de cabelo e tratar queimaduras.

HORTELÃ : Origem, Mediterrâneo. Existem várias espécies de hortelã e a mais comum no Brasil é a piperita. Possui efeito calmante e harmonizador. Também ajuda a dissolver as emoções negativas, como a raiva, e é indicada contra as decisões impulsivas. "Por ter raízes compridas e invasoras, era usada intuitivamente pelas populações ribeirinhas na Amazônia para combater verminose", diz Sérgio Fransceschini. Essa propriedade medicinal foi confirmada pela ciência.

BOLDO DO CHILE : Origem, Chile. Nas religiões afro-brasileiras, ele é conhecido como tapete de Oxalá. É usado para acalmar, permitindo que você tenha uma visão melhor para os negócios e, com isso, maior chance de prosperar. Curiosamente, a fitoterapia recomenda o boldo para problemas digestivos e para manter o fígado, órgão da ira, equilibrado.

FONTE : REVISTA BONS FLUÍDOS

Foto : Google imagens

MANDALAS * O MAPA DAS EMOÇÕES





Se alguém a convidasse a exteriorizar idéias, emoções e desejos, certamente você iria se perguntar : para que e por onde começar ?  Essas perguntas já são o primeiro passo para ajudá-la a liberar tudo que está guardado dentro de si, como explicar Daniel Atalla, formado pela Fundação Internacional de Parapsicologia, em Nova York, Estados Unidos. "Quando lidamos com nosso universo interior, conseguimos organizar os pensamentos de forma racional. Já sobre o conteúdo emocional não temos domínio e somente ao exteriorizá-lo no dia a dia é possível compreendê-lo."
Portanto, o tão sonhado equilíbrio depende desse processo de abertura. Há muitos caminhos para chegar lá, como criar uma música, dançar, falar, se movimentar e desenhar.

Outra forma de expressão são as MANDALAS. Muito usadas no Oriente, desde as antigas construções dos templos, esses círculos, quando ligados a princípios religiosos, são chamadas IANTRAS. "Na`Índia, boa parte dos templos e palácios seguem esse desenho porque o círculo faz com que a energia, que é o movimento rítmico do Universo retorne constantemente ao ponto inicial, onde tudo é criado e renovado. Ou seja, a Mandala propõe que o fim represente um novo começo, traduzindo a lei da vida", explica Atalla.
Enquanto isso, aqui no Ocidente, o uso da mandala é diferente. "Na maioria dos casos, são meramente decorativas. Poucas pessoas têm noção de sua importância".

A VERDADEIRA FORÇA

Na realidade, esses círculos podem nos trazer muitos benefícios, seja quando os criamos ou quando usamos essas imagens para conduzir a meditação. "O desenho de uma mandala reflete muito do que se passa dentro de cada um de nós.  Criá-la é uma oportunidade de reconhecer, perceber e compreender a si mesma pelos detalhes que ela mostra". As cores e formas que colocamos no desenho liberam emoções. Descarregar essa energia interna ou conectá-la por meio da meditação ajuda até a relaxar", enfatiza.
Além de exibir um autorretrato do autor, a mandala emite vibrações. Observá-la pode ser um exercício de ativação energética. "Nesse caso, os especialistas recomendam escolher uma imagem que exerça intensa atração em você e, além disso, analisar se os símbolos que ela contém ativam o tipo de energia que quer receber. Tais símbolos estão nas cores e formas do desenho, e seis significados (ver abaixo) resultam de estudos de grandes pensadores, como o alemão Johann Wolfgrang von Goethe e o austríaco Rudolf Steiner, assim como o psiquiatra Carl Jung. "A força da mandala está no encontro que ela promove com o que somos". A mandala nos ensina a usar essa aliada para ,trabalhar a harmonização e o equilíbrio por meio da criação ou da meditação.

COMO FAZER A SUA MANDALA

Fazer o seu próprio desenho é uma forma de expressar suas emoções conscientes, descarregar a tensão desses sentimentos e refletir sobre o seu momento de vida. Assim, você consegue entender e organizar seu lado emocional Leia atentamente os significados das cores e das formas. Identifique quais desses correspondem aos seus pensamentos e desejos - por exemplo, usar o triângulo na sua mandala demonstra que você quer ascender a um plano mais espiritualizado. Se quiser se atualizar, ter idéias novas, o amarelo é a cor ideal.

1ª ETAPA
Inicie o seu desenho traçando, dentro do círculo, as linhas que dará origem às figuras. Um dos objetivos das formas é servir de alicerce para organizar as emoções, que será expressas, posteriormente, nas cores. Ao ler os significados, verá que as figuras geométricas ajudam a pontuar seus desejos materiais e espirituais.

2ª ETAPA
Depois de traçar as formas, você deve colorir sua mandala. use a intensidade das cores para expressar os sentimentos que estão dentro de você. Veja os significados de cada uma delas e pinte a seu gosto.Mas lembre-se : os tons escolhidos deverão estar aliados às formas geométricas, ressaltando que elas organizam as intenções e idéias que queremos expor.
Após  fazer as primeiras mandalas e iniciar seu auto conhecimento, é hora de equilibrar as emoções que existem no seu interior. Para isso, tente harmonizar as cores e observe se as tonalidades usadas combinam entre si.

O SIGNIFICADO DAS FORMAS

CÍRCULO : associado ao número um, o círculo é o elemento que representa o início de tudo. Ele é o ponto central de criação e desenvolvimento das coisas. Além disso, expressa a verdade única de cada um de nós, a nossa integridade. Sua essência é tão limpa, brilhante e perfeita que não possui pontos irregulares, todos são iguais. Ao utilizá-lo, você está exaltando a forma mais completa, única e individual do seu ser.

TRIÂNGULO : um dos elementos mais comuns em mandalas, o triângulo está ligado ao número três e indica uma conexão de do céu com a terra. É ele que estabelece uma conexão de tudo que somos com aquilo que queremos ser no plano espiritual. Essa forma deve ser usada quando desejarmos expressar o nosso eu interior, conectá-lo a algo mais elevado no seu ápice ou ir além do plano material.

QUADRADO: ao contrário do triângulo, o quadrado está associado ao número quatro e representa um desejo de tomar posse do que é físico. Ele expressa o objetivo de realizar projetos e planos materiais de forma intensa. Na mandala, deve ser utilizado quando queremos realizar projetos terrenos.

PENTÁGONO E PENTAGRAMA : diferente de todas as outras formas, representados pelo número cinco, são os símbolos da liberdade. Essas formas expressam o livre arbítrio, e, ao desenhá-las, manifestamos o desejo de liberdade de ações e pensamentos para traçar nosso próprio destino.

HEXÁGONO OU HEXAGRAMA : representados pelo número seis, o hexágono expressa o equilíbrio entre o lado espiritual e físico. Ao utilizá-lo, expressarmos tanto nossa fé material quanto espiritual, bem como o desejo de trabalhar esses extremos para estabilizar ambas as forças.

O QUE DIZEM AS CORES

VERMELHO :  é usado para estimular e ativar energias. Cor forte, sua influência afasta o sentimento de desânimo e baixo-astral. É muito utilizado para aguçar a paixão e a sexualidade. Os tons escuros proporcionam impressão de seriedade, dignidade e benevolência. pela sua intensidade, o tom vivo e intenso do vermelho deve encontrar harmonia com outras cores, já que em excesso ele pode tirar o sono ou gerar irritação ao invés de proporcionar vitalidade.

AMARELO : para ativar e modificar pensamentos, o amarelo é o elemento que nos traz idéias novas e estimula a capacidade de raciocínio. É uma cor calorosa, agradável, animada, e, principalmente, tem o dom de ajudar a conquistar a felicidade. Conhecido como o tom da inteligência, do estudo e da criatividade, exige cautela no uso para evitar instabilidade mental, uma vez que exerce forte estimulação e cria grandes expectativas na pessoa.

AZUL : acalma, traz equilíbrio, paz e conforto, o que o torna o parceiro ideal para unir as cores de forma positiva. Expressa o aspecto intuitivo e harmonioso que existe dentro de nós. Lembre-se  : é importante que se associe às formas geométricas, que potencializam suas qualidades - como a serenidade - e proporcionam a estabilidade emocional.

LARANJA : para corrigir situações, sentimentos e desejos que nos fazem mal, nada melhor do que o laranja. Resulta da mistura de vermelho e amarelo, essa cor emite uma forte vibração de estímulo físico e mental. Também expressa o desejo de reconstruir e corrigir o que queremos de forma ágil e prazerosa, a ponto de trazer alegria e jovialidade. Deve ser utilizado para melhorar situações, pensamentos e ações que já estão desgastadas.

VERDE : se o intuito é se acalmar e reparar situações de forma equilibrada, a cor é o verde - resultado da mistura de azul e amarelo, nuances com vibrações bem diferentes. O estímulo mental provocado pelo amarelo e o equilíbrio do azul se conectam e neutralizam a negatividade, trazendo bem - estar para o corpo e para a alma. Também expressa o desejo de conexão com a natureza.

LILÁS : quando o objetivo é fazer contato com o lado espiritual, a cor é lilás - uma junção do azul com o vermelho, cores energeticamente opostas. Uma exalta a matéria física e a outra, a elevação do sentimento mais puro que há dentro de nós, o amor. Ainda tem o poder de purificar  o lado mental e criar uma atmosfera de isolamento que ajudar a restaurar o equilíbrio espiritual.

FONTE : REVISTA BONS FLUÍDOS
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terça-feira, 22 de março de 2011

LEITURA CORPORAL......... MIOPIA E HIPERMETROPIA








VOCÊ SABIA ???


A MIOPIA

Restrição da visão do longe com boa visão para o perto , pretende estimular o resgate da confiança no amanhã, na continuidade e no fluir da vida.
Resulta do medo do futuro e do medo de viver situações de risco, de deixar de ter ou de não obter, no aqui agora, aquilo que garanta a sobrevivência futura. É alimentada pelo apego ao momento presente, pela resistência em gerar ou assumir mudanças que possam ameaçar a segurança já obtida ou alterar um futuro já assegurado.
A miopia é sustentada pela crença de que o amanhã é ameaçador e incerto. É mantida pelo hábito de fazer-se precavido, munido de respostas e soluções, preparado para qualquer eventualidade, pronto para salva guardar toda e qualquer possibilidade.
A conscientização de que o futuro é reflexo dos acontecimentos do momento presente e a aceitação de que o presente não tem que, necessariamente, suprir o futuro, são movimentos que trazem saúde ao olho míope.

HIPERMETROPIA

restrição da visão do perto com boa visão para longe, estimula o aprimoramento da capacidade de estar, de viver e se deixar envolver por aquilo que constitui o agora. Pretende manter ativo o desejo de experimentação da cumplicidade, da intimidade consigo e com o outro. Objetiva o resgate do direito de estar, de ocupar e de assumir-se ocupando um espaço de posicionar-se como parte integrante, presença necessária ou foco de atenção.
Resulta do medo do momento presente e da incorporação do sentimento de que o imediato ou o que atraí e estimula reatividade ou impulsividade é desestabilizador, de que a realização e a conquista de segurança estão no futuro, no fazer de forma programada.
A hipermetropia é sustentada pela vivência crônica do sentimento de ser ou de estar inadequado, de que é melhor "estar nos bastidores" do que exposto, de que é mais seguro permanecer no entorno do que representar. É alimentada, pela resistência em fazer-se fisicamente presente nos momentos ou situações em que o estar presente, com disposição para participar e usufruir, é um desejo ou uma solicitação.
Deixar de fazer do momento presente um espaço para resolução das experiências do passado ou um trampolim para a conquista de sucesso no futuro e aprender a viver o aqui e agora, a ocupá-lo e fazê-lo importante, significando os momentos vividos com início, meio e fim, reativa e fortalece a capacidade de enxergar o perto.


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FONTE : REVISTA LEITURA CORPORAL , BH / MG
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MANTRAS - QUANDO USAR !




A PALAVRA MANTRA é composta pelas sílabas MAN (MENTE) e TRA (ENTREGA), em sânscrito, antigo idioma da Índia. Tem origem nos Vedas, livros sagrados indianos compilados pela 1ª vez em 3000 a.C.
Essas escrituras compõem-se de 4 mil sutras, das quais foram extraídos milhares de mantras, que atribuíam características relacionadas aos deuses, como amor, compaixão e bondade. Como o som é uma vibração, pronunciar ou ouvir os mantras cotidianamente é, para os hindus, a forma de ativar as qualidades divinas, abrindo nossas mentes, nossos corações para os planos superiores.

"Um mantra é basicamente uma oração", explica o Swami Vagishananda, americano radicado na Índia há mais de 20 anos, mestre dos cânticos relacionados aos Vedas.
Repetí-los muitas vezes é a chave para interromper o processo natural de pensamento intermitente, que nos leva de uma idéias a outra sem controle. Quando paramos esse fluxo mental, o corpo relaxa, e a mente se aquieta e se abre a vibrações sutis, que permitem ampliar a percepção.

ACALMAR AS EMOÇÕES

"Recitar os mantras com esse propósito nos leva a conhecer qual será o próximo pensamento", diz Vagishananda. Segundo ele, esse é o primeiro passo para gerenciar as emoções, expressá-las de maneira saudável e eliminar a resistência mental em reconhecer o que não pode ser mudade, como os fatos do passado.
Algumas linhas hindus consideram os mantras sons primordiais que têm poder em si mesmos. Outras, como o budismo nishiren shoshu - que reverencia o Buda Nishiren, que viveu no Japão do século 7, recomendam que se inicie com seus ensinamentos pela vocalização do mantra Miohô, ou Sutra do Lótus.

FRASES PODEROSAS

"os mantras nasceram na Índia e doram adotados por todas as religiões que de lá se espalharam pelo mundo. Há várias linhagens do budismo chinês, tibetano, japonês e coreano que usam essas frases rítmicas. Porém a palavra entrou na linguagem corrente para designar os sons que levam a  um estado de meditação", explica Edmundo Pellizari, profº de teologia de São Paulo.

REFÚGIO DE PAZ

Os mestres recomendam que se repitam os mantras, às vezes, durante horas a fio, mas no início não precisa ser tanto.
O verdadeiro impacto do mantra pode ser percebido depois de 3 horas de repetição, explica o mestre Vagishananda. Alguns reflexos são bem mais imediatos, porém estudiosos do mantra Miohô - "Nam miohô rengue Kyo", relacionam cada sílava a uma área do corpo, que recebem os benefícios da vibração do som.
Assim, NAM corresponde à devoção, MIO à mente, ou cabeça, HO à boca, REN ao tórax, GUE ao estômago, KYO às pernas.

O taoísmo, linha filosófica chinesa, inclui práticas com gestos, respiração, canções e meditação, mas os mantras são considerados fundamentais por sua praticidade : "Podem ser recitados em quase todas as circunstâncias", explicar o mestre Wu Jyh Chherng, da Sociedade Taoísta do RJ.

FAÇA A EXPERIÊNCIA

Pode-se recitar mantras nos momentos em que sentimos necessidade de nos conectar com as qualidades das quais eles falam : alívio, calma, alegria, amparo, ânimo. Não custa tentar, afinal, o mínimo que a prática poderá fazer é deixá-lo mais tranquilo e concentrado.
A vocalização do mantra OM MANI PADME HUM, um dos mais populares, proporciona ao final uma respiração profunda e relaxante ( o H tem som de R).

UM CÂNTICO PARA CADA MOMENTO

Há mantras específicos para evocar vibrações de cura, alegria e prosperidade, por exemplo, associado aos budas ou às divindades femininas - as taras.  Pronuncie o H com som de R.

** MANTRA DE BUDA SHAKYAMUNI , para promover a autocura e companhia espiritual :
    
     OM MUNI MUNI MAHA
     MUNI SHAKYA MUNIYE SOHA

** MANTRA DE MARITZE, uma tara que protege contra adversidades, além de trazer luz e boa sorte :

     OM MARITZE MAM SOHA

** MANTRA DE TARA SARASVATI, a inspiradora das artes :

     OM AH SARASVATI HRIM HRIM

** MANTRA DO BUDA UNIVERSAL, ele ajuda a trazer o amor que está faltando no coração da sociedade moderna :

     OM MAITREYA
     MAHA MAITREYA
     ARYA MAITREYA

** MANTRA DE ZANBALA, para posperidade e a riqueza espiritual e material :

     OM PEMA KROODA ARYA ZAMABALA
     HRIDAYA HUM PHE SOHA
    OM BENZE DAKINE HUM PHE
    OM RATNA DAKINE HUM PHE
    OM PENA DAKINE HUM PHE OM KARMA HUM PHRE
    OM BISHANI SOHA

** MANTRA DE TARA VERDE, libertadora e heroína veloz, elimina interferências como medo, ressentimentos e insegurança, acelera a realização das causas positivas, traz proteção, fé e coragem.

    OM TARE TUTTARE TURE SO HA


FONTE : REVISTA BONS FLUÍDOS
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segunda-feira, 21 de março de 2011

A LENDA DO SANTO GRAAL - EM BUSCA DO CÁLICE SAGRADO



Ao longo da história, inúmeras lendas descrevem a eterna busca do ser humano por um objeto mágico e misterioso, capaz de curar as ferias do corpo e do coração, prolongar a existência e, ao fim, trazer algum tipo de resposta sobre o sentido e o significado da vida. 

Poucas, porém, têm a força da Lenda do Santo Graal, o misterioso cálice em que Jesus Cristo bebeu vinho na última ceia ou que, em outra versão, foi usado para recolheer seu sangue na cruz.
A saga medieval da procura da taça e, na verdade, uma metáfora sobre a viagem espiritual que todo o ser humano empreende ao decidir trilhar o caminho em direção ao autoconhecimento em busca de felicidade e realização pessoal. Em um tempo de incertezas como este que vivemos, o Graal guarda lições inspiradoras.


CAVALEIROS E PEREGRINOS

A lenda, de origem incerta, é na verdade uma amálgama que une passagens da Bíblia, rituais judaicos, mitos gregos e celtas e símbolos pagãos muito mais antigos do que o cristianismo. 

 "Apesar da referência à ceia e à crucificação de Jesus, não há citação ou referência ao cálice em nenhum dos Evangelhos do Novo Testamento, os textos que descrevem a trajetória do Mestre", afima Tereza Cavalcanti, profª de introdução à escritura sagrada da PUC/RJ. 

"Esse objeto é fruto da imaginação popular, que ao longo do tempo foi incorporando fatos e situações ao que está realmente nos textos sagrados".
A possibilidade da existência desse artefato sagrado incendiou corações e mentes na Idade Média, quando a lenda integrou-se aos romances de cavalaria, que se popularizaram por volta do século 12. 

 A aventura da busca pelo Graal incorporou, então, ideais como coragem, altruísmo e espírito heróico, atributos dos cavaleiros medievais. 

Esses intrépidos personagens renunciavam a suas famílias e posses para sair pelo mundo em longas e perigosas jornadas, combatendo dragões, salvando donzelas e também seguindo o rastro do misterioso cálice do salvador.

Nessa época, a busca do Graal colocava sob um enfoque romântico, aventureiro e cavalheiresco outro tipo de jornada espiritual, que se tornou hábito na época : a peregrinação.
Os devotos enfrentavam todo tipo de provação viajando a terras distantes para venerar relíquias sagradas, fragmentos de ossos, pedaços de túnicas ou qualquer outro objeto pretensamente atribuído a Jesus, Maria ou aos santos católicos. 

"Tanto a peregrinação como a busca do Graal são, ao mesmo tempo, viagens externas e experiências internas. Um peregrino e um cavaleiro deixam para trás suas vidas cotidianas e partem em busca de algo que lhes falta sem necessariamente saber o quê", explica a psicanalista americana Jean Shinoda Bolen, da Universidade de São Francisco, no livro O Caminho de Avalon - Os mistérios Femininos e a Busca do Santo Graal (ed Rosa dos Tempos).
Citações do Graal aparecem em quase todas as muitas versões da mais famosa dessas sagas, a do Rei Artur e os Cavaleiros da Távola Redonda. 

Outra conhecida lenda dizia que ele está escondido no castelo do Rei Pescador, que, dono de uma ferida incurável, é soberano de um reino triste e decadente, arrasado pela fome e pelo sofrimento.
Segundo a História, o rei só será curado e suas terras recuperarão o antigo esplendor quando um cavaleiro de espírito puro e ideais elevados encontrar o castelo, e nele, o cálice. 

A lenda, que inspirou o filme O pescador de Ilusões, dirigido pelo inglês Terry Gillian, transpõe a saga para a Nova Iork dos anos 90 é, na verdade, uma metáfora sobre o autoconhecimento.
 
"Em um mundo marcado pela agressividade e competição como o de hoje, a busca simbólica do cálice sagrado continua atual", afirma Denise Gimenez Ramos, psicóloga e profª de ciências da religião da PUC/SP. 

"Ela representa a necessidade e a inspiração para retornarmos valores considerados femininos, compaixão e delicadeza, os mesmos que foram defendidos por Jesus Cristo."

FONTE : Texto Wilson F.D. Weigl, Revista Bons Fluídos