Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita
habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com
ímpeto,
não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.
Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho,
requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar
uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente
tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos
conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada
na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já
tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido
explorado nos mínimos detalhes,
que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele,
vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.
Uma metade de alguém que será guiada por nós
e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.
Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?
Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a
sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos
roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade,
a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que
dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples...
é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados
do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração,
afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse
grande amor repartirá o dele com você.
É triste ver tanta gente lutar para sobreviver.
E não estou falando apenas daqueles que ganham salário mínimo, mas de
executivos que vivem angustiados com tantas pressões, de empresários que
fogem de suas famílias, pois não aprenderam a amar, de pessoas de todos
os níveis sociais que estão sempre assustadas perante a vida.
São pessoas que não vivem.
Apenas sobrevivem, como se estivessem numa crise asmática permanente:
aquela eterna falta de ar e, de vez em quando, o alívio rápido e passageiro.
Logo depois sentem de novo o sufoco insuportável.
Essas pessoas não vivem, sobrevivem.
E apenas sobreviver é trabalhar em algo sem sentido só para manter o salário;
é fazer joguinhos de poder para manter o emprego;
é sair com alguém que não se ama somente para aplacar a solidão;
é ter relações sexuais só para manter o casamento;
é não conseguir desgrudar os olhos da TV, com medo de escutar a voz da consciência;
é ter de tomar alguns drinques para conseguir voltar para casa.
A sociedade nos pressiona diariamente para nos transformar em máquinas.
Todos os dias, pela manhã, uma multidão liga seu corpo como se fosse
mais uma máquina e sai pela porta para uma repetição infinita de ações
rotineiras sem nenhuma relação com sua vocação e seu talento.
E muita gente chama a isso livre-arbítrio.
Depois vão a massagens, saunas, fazem um monte de ginástica em busca de
um pouco de energia extra para, no dia seguinte, voltar a fazer o mesmo
trabalho que não tem nenhuma relação com sua alma.
Muitos estados de depressão são, na realidade, frutos de uma terrível sensação de inutilidade.
Esse olhar vago do deprimido é muitas vezes o olhar de quem poderia ter
aproveitado as oportunidades da vida, mas não soube valorizar o que era
realmente importante.
Se, por acaso, você se identificou com a descrição acima, está na hora de mudar.
Aproveite o início de semana e mude!
O filósofo espanhol Julián Marías escreveu que a infelicidade humana está em não preferir o que preferimos.
Quando uma pessoa não prefere o que prefere, acaba se traindo.
As escolhas de nossa vida têm sempre de privilegiar a nossa essência.
Nossa vocação não tem nada a ver com ações sem afeto.
O ser humano nasceu para realizar a sua vocação divina.
No entanto, quantas vezes acabamos nos dedicando exclusivamente à sobrevivência!
Sobreviver e viver são experiências completamente distintas.
Viver é ser dono do próprio destino.
É saber escrever o roteiro da própria vida.
É ser participante do jogo da existência, e não mero espectador.
É viver as emoções, é ter os próprios pensamentos e viver os seus sonhos.
Sobreviver é administrar o tempo para que o dia acabe o mais rápido possível.
É conseguir ter dinheiro até o próximo pagamento.
É respirar de alívio porque chegou o final do expediente.
É ir resignado de casa para o trabalho e do trabalho para casa.
É adiar o máximo possível as mudanças para não ter de arriscar nada...
Chega de migalhas da vida!
Chega de viver como um fugitivo, olhando para os lados, com medo de tudo e de todos!
O ser humano merece mais do que simplesmente completar seus dias.
Merece a plenitude da vida.
"Se você já construiu castelos no ar, não tenha vergonha deles.
Estão onde devem estar. Agora, construa os alicerces". (Roberto Shinyashiki)
domingo, 27 de abril de 2014
"Existe uma linha vermelha invisível aos olhos, que conecta todos que estão destinados a se encontrar... E não importa o tempo, o lugar ou as circunstâncias... Esse fio pode ser apertado ou emaranhado, mas nunca rompido."
"E chegou um momento, quando o conforto de
permanecer preso em um botão se tornou mais dolorido do que o risco de
desabrochar". (Anais Nin)
Por onde começar??
Comece reconhecendo para si mesmo que seus padrões de medo e apego são como correntes
de ouro. Eles o aprisionaram durante muitos anos. Agora, veja você
mesmo pegando um par de cortadores, cortando as correntes e se
libertando. Visualizar esse ato de desligamento coloca em movimento sua
intenção de se libertar. Faça essa visualização todos os dias durante um
mês. O ato de se soltar não vai acontecer imediatamente. A visualização
não é uma fórmula mágica que vai imediatamente limpar todas as coisas
do passado. Mas ter a intenção de se libertar abrirá um espaço para seus
padrões serem liberados.
O vaivém na sala apertada do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia,
em São Paulo, é um retrato do dia a dia do médico Alvaro Avezum. Ora
entram alunos pedindo orientação, ora algum colega vem comentar um
trabalho, ora a secretária chega com uma pilha de solicitações... Tudo
isso enquanto o cardiologista recebe BONS FLUIDOS, em um período marcado
por viagens, aulas, congressos, consultas, enfim, um verdadeiro
corre-corre. Algo bem típico de alguém que escolheu a medicina como
profissão e não se esqueceu disso com os anos. Dono de um extenso
currículo – centenas de artigos publicados em periódicos médicos
nacionais e internacionais e dezenas de pesquisas em renomadas
instituições – o professor, de 51 anos, nascido em São Joaquim da Barra,
no interior paulista, trouxe para o Brasil o que os experts chamam de
medicina baseada em evidências. “Estudei na Universidade McMaster, em
Ontário, no Canadá, que é considerada o berço do conceito”, diz. O termo
refere--se àquilo que está comprovado cientificamente e que deve ser
aplicado na prática clínica.
Com um perfil de cientista como esse fica difícil imaginar que Avezum é
um dos pioneiros, no país, nos estudos que relacionam espiritualidade e
saúde cardiovascular. Até sua simpática secretária, Simone, conta que
ficou surpresa ao deparar com informações a respeito do assunto na tela
do computador do chefe. “Vai longe a época em que ciência e assuntos
espirituais não se misturavam”, revela o médico aos desavisados.
Responsável pela disciplina de pesquisa e medicina cardiovascular do
Dante Pazzanese, entidade associada à Universidade de São Paulo, ele
criou, no início de 2013, um grupo de pesquisa dentro da Sociedade
Brasileira de Cardiologia. “Embora exista comprovação em torno do papel
da religiosidade na redução de mortalidade, ainda há muitas incertezas e
são essas dúvidas que nos movimentam a buscar algo mais”, opina.
Para Avezum, o cenário atual aponta para a necessidade de se criar um
novo padrão na medicina. O professor estabelece uma comparação que ajuda
a visualizar: “Para concluir que o tabagismo é um fator de risco ao
coração, foram necessárias mais de cinco décadas de estudos”.
Antigamente, o cigarro tinha todo o glamour e não levantava nenhuma
suspeita de vilão. “As visões e condutas em saúde mudam sempre, o
conhecimento vai se acumulando até que aconteça a ruptura com o modelo
anterior e surja um novo paradigma”, esclarece. “Pode levar um bom
tempo, mas as questões espirituais ainda farão parte das recomendações
médicas”, diz.
O senhor diz que um ateu ou agnóstico pode ser mais espiritualizado do que um religioso. Poderia comentar?
Primeiro, é preciso entender e distinguir conceitos. Quando falamos em
religião, estamos nos referindo a um conjunto de rituais, crenças,
dogmas, enfim, um sistema que reúne todos esses fatores e que cada um
procura de acordo com suas afinidades e com o seu modo de vida. A
religiosidade é a maneira como cada pessoa dedica seu tempo a essas
escolhas, isto é, como coloca a religião em sua vida. Nesse caso, pode
ser de forma extrínseca – medida pela sua frequência aos templos e aos
cultos e a sua dedicação a estudos e leituras, seja da Bíblia, do Torá,
do Corão, enfim... – ou de maneira intrínseca, que é como o indivíduo se
utiliza desse aprendizado dentro do seu cotidiano. A discussão no
ambiente científico está relacionada com a espiritualidade, que, embora
contemple religiosidade, independe de filiação religiosa. O conceito
envolve o que transcende o material. Tem relação com o enfrentamento a
determinadas situações do cotidiano, especialmente as mais complicadas, e
com as emoções que movimentamos. Inclusive é possível mensurar por meio
de escalas o grau de espiritualidade de uma pessoa.
Como se dá essa medição, doutor?
Existe um instrumento, um tipo de questionário validado por metodologia
científica, que avalia tolerância, perdão, paciência, mágoa, desejo de
vingança, ressentimento, enfim, sentimentos que sinalizam se a pessoa
tende a ser mais positiva no enfrentamento, o que sugere que seja mais
espiritualizada, ou, por outro lado, se tem uma tendência ao negativo, o
que teria relação com um grau menor de espiritualidade.
E sobre fé, como o senhor a define?
É aquilo em que se acredita, é a confiança de que as coisas vão
caminhar de um jeito adequado, tem tudo a ver com o otimismo. É a
confiança com convicção. Não é algo teórico. Ela pode ficar mais robusta
ou mais fraca em determinados períodos e cenários. E aqui, outra vez,
não é necessário ter nenhuma filiação religiosa. Muitas pessoas dão
verdadeiras demonstrações de fé sem frequentar igrejas ou outros
templos.
O senhor tem alguma história de paciente que sinalize a importância da fé para a saúde?
Sim, há vários exemplos, mas prefiro guardar no meu consultório por
questão de confidencialidade. O que posso dizer é que essas experiências
estimulam a busca pelo conhecimento sobre o assunto.
Por que pesquisar espiritualidade e saúde cardiovascular?
Tenho a mente inquieta. Interesso-me pelo assunto desde a época da
minha formação. O verdadeiro cientista precisa estar aberto para o que é
novo, ele não deve ser dogmático, precisa questionar e buscar entender
os porquês e por isso é fundamental jamais deixar as janelas fechadas
para a novidade. À medida que o tempo avança, a nossa prática clínica é
alterada, posso afirmar que já aconteceram muitas mudanças desde que fiz
a residência médica e obviamente elas continuarão acontecendo. Acredito
que é necessário construir um novo paradigma na medicina. O tema é
bastante promissor, justamente porque existem muitas sugestões
preliminares de que a espiritualidade favoreça desfechos positivos em
doenças. Embora ainda não tenhamos a verdade cristalina, há diversas
pistas a seguir. Tem algo que escapa ao pensamento convencional e que,
portanto, merece nossa investigação com todo o rigor científico.
Poderia falar mais sobre esses achados?
Na literatura científica há evidências que mostram a atuação do
enfrentamento positivo na saúde cardiovascular. A forma como usamos
nossas emoções, seja o perdão, a honestidade, a disciplina, o altruísmo,
enfim, elas interferem no nosso organismo. Não à toa trabalhos
relacionam a espiritualidade com uma baixa na mortalidade por males
cardíacos.
Na sua opinião, quais são os mecanismos por trás desse elo?
O primeiro indício está relacionado com o fato de que os mais
espiritualizados tendem a se cuidar melhor. Também existem evidências de
que há maior equilíbrio de hormônios e outras substâncias, caso do
cortisol e da adrenalina (hormônios associados ao estresse), que, em
excesso, podem causar o aumento da pressão arterial. Aliás, há estudos
que mostram um impacto do enfrentamento positivo no controle da
hipertensão.
Entretanto...
O modelo atual de vida que nós estamos levando está nos adoecendo. E
não faltam provas de que quem passa por situações de estresse constante
pode sofrer uma série de reações no corpo, que, entre outras coisas,
dispara inflamações na parede interna dos vasos sanguíneos, arritmias e
outros tantos males. Aliás, cada vez que um problema vem à tona
novamente, por meio das lembranças, ocorrem novas descargas dessas
substâncias e esse processo faz aumentar o risco para distúrbios como a
aterosclerose – a formação de placas de gordura – que podem culminar em
infarto ou derrame. Daí a importância do enfrentamento positivo. A
doença na sua origem é força de emoções, sentimentos, enfrentamentos
negativos e positivos fluindo de dentro para fora e, por isso,
possivelmente pode ser erradicada por impulso da mesma natureza. É
fundamental tanto receber os cuidados médicos e medicamentos corretos
quanto ajustar alguns conceitos e emoções para viver essas situações.
Virar a página é saudável. Relevar e perdoar tem efeitos terapêuticos.
Claro que ninguém vive num mundo encantado, onde se deve aceitar tudo,
mas é preciso ter mais tolerância. Quem é solidário cultiva um ambiente
saudável.
O senhor poderia falar sobre a evolução dos estudos nessa área?
Nós, do Instituto Dante Pazzanese, coordenamos, junto com dezenas de
países, um grande estudo, com mais de 30 mil pessoas, durante dez anos,
que avaliou algumas causas para males como o infarto. O trabalho
publicado em 2004 e conhecido no meio médico como Interheart foi um dos
pioneiros na inclusão de fatores psicossociais, caso do estresse e da
depressão, entre os gatilhos para os males cardíacos. A partir dele essa
dupla ganhou força e se juntou ao tabagismo, ao sedentarismo, à
hipertensão e ao colesterol alto como os principais desencadeadores de
doenças que acometem as artérias. O estudo também estimulou a busca de
outros elementos e de modelos de pesquisa para avaliar o impacto da
saúde mental, do suporte social e do comportamento na doença
cardiovascular. Hoje é possível afirmar que as pesquisas envolvendo
emoções e espiritualidade mostram um crescimento exponencial, o que
reforça a necessidade de rigor científico na avaliação. Aliás, muitos
alunos meus têm interesse pelo assunto.
Quanto ao grupo de estudos da Sociedade Brasileira de Cardiologia...
O Grupo de Estudos em Espiritualidade e Medicina Cardiovascular,
vinculado ao Departamento de Cardiologia Clínica da Sociedade Brasileira
de Cardiologia (SBC), surgiu em março de 2013 e já somos 400
associados. A ideia é divulgar informações sobre o assunto e avançar nas
pesquisas no país. Nos Estados Unidos, 84% das escolas médicas têm em
sua grade curricular cursos voltados para o tema e aqui nós ainda
estamos no começo. Como os pacientes sempre querem discutir o assunto, é
importante que os especialistas tenham todo o respaldo. Inclusive já
está crescendo nos consultórios o que chamamos de avaliação integral,
isto é, uma análise que além de esmiuçar a história clínica e social,
que engloba desde sintomas, hábitos, histórico de doenças da família,
busca, ainda que de maneira informal, avaliar as questões emocionais, os
valores éticos e como se dá o enfrentamento em determinadas situações.
Percebo que entre os profissionais o interesse pelo assunto está
aumentando. Aliás, no último congresso da SBC tivemos duas
mesas-redondas voltadas para a questão e foi um sucesso. É um grande
feito levar o tema para esse ambiente acadêmico, que é bastante rígido.
O senhor tem religião?
Sou espírita, mas sempre enfatizo que nossas pesquisas independem de
filiação religiosa. Gosto de deixar isso bem claro porque a humanidade
tem mostrado muita confusão em torno de questões que envolvem religião.
Digo que é possível viver sem religião, mas não sem espiritualidade.
Seria correto afirmar, então, que é um homem espiritualizado. Prefiro
dizer apenas que a espiritualidade faz parte do meu dia a dia.
fonte : casa.abril.com.br
A força da ancestralidade
Como dissolver antigas mágoas, desavenças e nós energéticos envolvendo a relação com nossos antepassados
Texto: Liane Alves
Você já pensou em colocar as fotos de seus antepassados junto com as
imagens dos santos e divindades de sua devoção no altarzinho de sua
casa? Ou, então, dedicar a eles orações, missas ou práticas espirituais?
Caso tenha antigas mágoas provocadas por algum deles, já
experimentou perdoá-los num ritual simbólico? Pois todas essas práticas
de reverência e perdão aos antepassados fazem parte de muitas culturas
tradicionais, como a chinesa ou japonesa, ou dos costumes dos povos
indígenas de muitos países. Se honrar e prestar homenagem aos seus
ancestrais nunca passou pela sua cabeça, já é hora de se perguntar se a
força deles influi em sua vida.
Hoje em dia, a reverência à ancestralidade não acontece mais apenas
como herança de antigas tradições. A sua força também é reconhecida em
terapias criadas recentemente, como a das Constelações Familiares,
idealizada pelo ex-padre alemão Bert Hellinger, e baseada nas teorias do
físico americano Rupert Sheldrake sobre física quântica. De acordo com
Sheldrake, vivemos mergulhados num vibrante oceano de energia que se
comunica entre si. Dessa maneira, podemos acessar diversos campos
vibratórios (que ele chama de campos morfogenéticos ou campos de memória
coletiva) que interagem conosco. Isso significa, segundo essa
interpretação, que os campos de informação de energia dos antepassados
continuam ainda presentes, vivos e atuantes em nossa vida. “O passado
influencia nossos padrões de pensamento, decisões, emoções e atitudes”,
diz Irene Cardotti Boccalandro, especialista na terapia de Constelações
Familiares. Em outras palavras, recebemos a carga energética do jeito de
pensar, sentir e agir dos nossos antepassados. E esse sistema de
energia herdado pode estar em equilíbrio ou em desequilíbrio, em ordem
ou desordem. Muitas das cerimônias espirituais dedicadas aos mortos nas
mais variadas tradições são realizadas para devolver a harmonia a ele.
Dentro da linha indígena brasileira, o índio Kaká Werá Jecupé, grande
instrutor espiritual que trabalha com a tradição tupi, também realiza
cerimônias para a purificação ancestral. Participei de um ritual com
Kaká e um grupo de 30 pessoas no ano passado. Durante quatro dias,
meditamos, passeamos pela natureza e fizemos cerimônias com grandes
fogueiras, onde nossas mágoas e dores foram escritas em pequenos papéis
posteriormente jogados ao fogo. O trabalho todo foi perceber
conscientemente o tipo de influência energética que recebemos dos nossos
antepassados. Os imigrantes europeus, por exemplo, que chegaram ao
Brasil fugindo da fome e prontos a encarar um trabalho árduo podem ter
transmitido a memória energética de penúria aos seus descendentes ou a
noção de que o dinheiro só chega depois de muito sofrimento e esforço.
Se for esse o caso, portanto, é preciso escrever para que esse padrão
seja transformado em fluidez, alegria e abundância e queimar o papel no
fogo. Mantras, danças e músicas podem ajudar a dissolver essas crenças.
Também já participei de trabalhos com a terapia de Constelações
Familiares. Você escolhe algumas pessoas de um grupo para representá-lo,
e outras para interpretar seus pais, avós ou ancestrais que podem estar
influindo na sua questão pessoal de agora. Essas pessoas, sem saber de
quase nada, passam a agir e a falar como se realmente fossem seus
familiares, quase que por magia. A explicação, fundamentada na teoria do
americano Rupert Sheldrake, é a de que qualquer um pode acessar a
memória de alguém que viveu no passado (ou mesmo no presente) e passar a
agir de acordo como se fosse essa pessoa. A intenção final da terapia é
a de dissolver os nós de energia ancestrais. Dessa maneira, nosso
próprio sistema energético atual passaria a funcionar melhor, de acordo
com Bert Hellinger, o criador do método.
Mas mesmo se você não participar de uma cerimônia ou de um círculo
terapêutico que envolva seus antepassados, já é uma boa ideia começar
agora a considerar seus ancestrais nos seus altares e orações. Eles
podem estar, assim como você, precisando muito disso.
fonte : casa.abril.com.br
terça-feira, 22 de abril de 2014
COMO PROBLEMAS EMOCIONAIS SE TRANSFORMAM EM DOENÇAS?
A ideia de que fenômenos emocionais levam a alterações físicas é
antiga. Em 1628, o anatomista inglês William Harvey (1578-1657) observou
que todo mal-estar sentido na mente era direcionado para o coração.
Hoje se sabe que o inconsciente interpreta e responde ao que chega ao
cérebro por meio das terminações nervosas do corpo. É o que acontece
quando levamos um susto, por exemplo. Contra uma possível ameaça, o cérebro dispara
reações para enfrentá-la ou fugir dela. “O coração acelera os
batimentos para redistribuir o sangue para os músculos correrem ou
lutarem e para o cérebro processar com rapidez toda essa situação.
É por isso também que, para oxigená-los, a respiração fica mais rápida.
É o chamado estresse, que envolve o sistema nervoso, hormonal e
imunológico”, explica Artur Zular, presidente do Comitê Multidisciplinar
de Medicina Psicossomática da Associação Paulista de Medicina. Sem a
fonte estressora, o corpo volta ao normal. Mas em caso de estresse
permanente as coisas se complicam: os órgãos podem se esgotar, adoecer e
o sistema imunológico tem sua ação inibida, facilitando o aparecimento
de asma, alergias, gastrite, infecções e problemas cardíacos.
Fontes: Artur Zular, Presidente do Comitê Multidisciplinar de Medicina
Psicossomática da Associação Paulista de Medicina; Ricardo Monezi,
pesquisador do Instituto de Medicina Comportamental da Unifesp; e Sérgio
Hércules, vice-presidente da Associação Brasileira de Medicina
Psicossomática.
fonte : Orgone Psicologia Clínica
segunda-feira, 21 de abril de 2014
O SILÊNCIO DOS LOBOS
Por Aldo Novak - Jornalista
Pense em alguém que seja poderoso… Essa pessoa briga e grita como uma galinha, ou olha e silencia, como um lobo?
Lobos não gritam. Eles têm a aura de força e poder. Observam em silêncio. Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.
Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se
arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas. Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos. Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis.
Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia
mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua
derrota. Olhe. Sorria. Silencie. Vá em frente. Lembre-se de que há momentos de falar e há momentos de silenciar. Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.
Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a
(falsa) ideia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e
reagir a todos os ataques. Não é verdade! Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir. Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal. Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça. Você pode escolher o silêncio.
Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em
momentos impensados, como defendeu Xenócrates, mais de trezentos anos
antes de Cristo, ao afirmar: “Me arrependo de coisas que disse, mas jamais do meu silêncio”. Responda com o silêncio, quando for necessário. Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais. Use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não responder em alguns momentos. Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas. E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.
O homem que vive neste momento, aqui e
agora, não está sobrecarregado de passado nem de futuro; ele permanece
sem um fardo. Não tem nenhum fardo para carregar; ele se movimenta sem
peso. A gravidade não o afeta. Na realidade, ele não anda, ele voa. Ele
tem asas.
As Curandeiras, Parteiras, Rezadeiras, Benzedeiras
Mulheres de força, fibra, garra e determinação.
Fazem da erva, o remédio
do Chá, o calmante
do Banho, a Limpeza
Nos campos, nas cidades
nas casas, nas colinas
Sãos Elas as donas da Sabedoria
Rostos marcados pelas histórias da Vida,
Em suas mãos um terço, no seu pescoço um patuá
No seu peito a FÉ
São elas as senhoras da fala mansa, do punho determinado e da força de vontade
Com humildade nos deixam os ensinamentos aprendidos na escola da Vida
A melhor professora: A Grande Mãe
Com seu novelo de lã, nos ensinam o tecer dos sonhos
Com seu compartilhar, nos ofertam a possibilidade de fazermos cada dia um Novo Amanhecer
São elas as senhoras que há tempos nos mostram... o verdadeiro sentido contido na palavra MULHER !
Caroline Ienne
integracaoholistica.blogspot.com
"Dizem que a vida é para quem sabe viver, mas ninguém nasce pronto. A vida é para quem é corajoso o suficiente para se arriscar e humilde o bastante para aprender."
Há quanto tempo eu vinha me procurando
Quanto tempo faz, já nem lembro mais
Sempre correndo atrás de mim feito um louco
Tentando sair desse meu sufoco
Eu era tudo que eu podia querer
Era tão simples e eu custei pra aprender
Daqui pra frente nova vida eu terei
Sempre a meu lado bem feliz eu serei
Eu me amo, eu me amo
Não posso mais viver sem mim
Como foi bom eu ter aparecido
Nessa minha vida já um tanto sofrida
Já não sabia mais o que fazer
Pra eu gostar de mim, me aceitar assim
Eu que queria tanto ter alguém
Agora eu sei sem mim eu não sou ninguém
Longe de mim nada mais faz sentido
Pra toda vida eu quero estar comigo
Eu me amo, eu me amo
Não posso mais viver sem mim
Foi tão difícil pra eu me encontrar
É muito fácil um grande amor acabar, mas
Eu vou lutar por esse amor até o fim
Não vou mais deixar eu fugir de mim
Agora eu tenho uma razão pra viver
Agora eu posso até gostar de você
Completamente eu vou poder me entregar
É bem melhor você sabendo se amar
Há pessoas que engolem sapos por medo. Bem que seria possível evitar a repulsiva refeição : o sapo é um sapinho. Mas elas preferem engolir o sapo a enfrentá-lo. Não têm coragem de pegá-lo e jogá-lo contra a parede. Pessoas que fizeram do ato de engolir sapos um hábito, acabam por ficar parecidas com eles : andam aos pulos, sempre rente ao chão e coaxam monotonamente.
Mas há situações em que é inevitável engolir o sapo. Eu mesmo já engoli muitos sapos e disto não me envergonho. O meu desejo, com esta crônica, é dar uma contribuição ao saber psicanalítico, que até agora fez silêncio sobre o assunto. Muitos dos sintomas neuróticos que afligem as pessoas, resultam de sapos engolidos e não digeridos.
Tudo começa com um encontro : à minha frente um sapo enorme, ameaçador, com boca grande. A prudência me diz que é melhor engolir o sapo a ser engolido por ele. É melhor ter um sapo dentro do estômago (sapos engolidos nunca vão além do estômago) do que estar no estômago do sapo.
Aí, impotente e sem opções, deixo que ele entre na minha boca, aquela massa mole o nojenta. É muito ruim. O estômago protesta, ameaça vomitar. Explico-lhe as razões. Ele cessa os seus protestos, resignado ao inevitável. Não consigo mastigar o sapo. Seria muito pior. Engulo. Ele escorrega e cai no estômago.
Alimentos não digeríveis são eliminados pelo aparelho digestivo de duas formas : ou são expelidos pelo vômito ou são expelidos pela diarreia. Os sapos são uma exceção. Não são digeridos, mão não são expelidos nem pelas vias aéreas superiores nem pelas vias inferiores. Os sapos se alojam no estômago. Transformam-no em morada. Ficam lá dentro. Por vezes hibernam. Mas logo acordam e começam a mexer.
Ninguém engole sapo de livre vontade. Engole porque não tem outro jeito. Tem sempre alguém que nos obriga a engolir o sapo, à força. A pessoa que nos obriga a engolir o sapo, a gente nunca mais esquece. Diz a Adélia Prado que "aquilo que a memória amou fica eterno".
Aí eu acrescento algo que aprendi no Grande sertão. Conversa de jagunços matadores. Diz um : "Mato, mas nunca fico com raiva". Retruca o outro, espantado: "Mas como?. Explica o primeiro : "Quem fica com raiva, leva o outro para a cama". É isso. A gente leva para a cama pessoa que nos obrigou a engolir o sapo.
"Não há céu e não existe inferno.
Eles não são geográficos, eles são parte de sua psicologia. Eles são
psicológicos. Viver uma vida de espontaneidade, verdade, amor e beleza é
viver no céu. Viver uma vida de hipocrisia, mentiras e compromissos,
para viver de acordo com os outros, é viver no inferno. Viver em
liberdade é o céu, e viver na escravidão é o inferno.
...A minha ideia de céu não é sobrenatural. O céu é aqui - você apenas
tem que saber como vivê-lo. E o inferno também está aqui, e você sabe
muito bem como vivê-lo. É apenas uma questão de mudar sua perspectiva, a
sua abordagem em relação à vida.
A Terra é linda. Se você começar a viver a sua beleza, apreciando suas
alegrias sem culpa em seu coração, você está no paraíso. Se você condena
tudo, cada pequena alegria, se você se tornar um condenador, um
envenenador, então a Terra mesmo se transforma em um inferno - mas só
para você. Depende de onde você mora, é uma questão de sua própria
transformação interior. Não é uma mudança de lugar, é uma mudança de
espaço interior.
Viva com alegria, sem culpa, viva totalmente, viva intensamente. E
então o céu não é mais um conceito metafísico, é sua própria
experiência.
Osho - O Livro da Sabedoria
integracaoholistica.blogspot.com
segunda-feira, 14 de abril de 2014
"O homem só envelhece quando os lamentos substituem seus sonhos."
Mas eu fico triste como um pôr do sol Para a nossa imaginação, quando esfria no fundo da planície e se sente a noite entrada como uma borboleta pela janela. Mas a minha tristeza é sossego porque é natural e justa e é o que deve estar na alma É preciso ser de vez em quando infeliz para se poder ser natural ....
O relacionamento é um mistério. E, por existir entre duas pessoas, depende de ambas. Sempre que duas pessoas se encontram,
um novo mundo é criado. Justamente pelo encontro, um novo fenômeno vem à
existência – o qual não existia antes, o qual nunca existiu. E através
desse novo fenômeno, duas pessoas são mudadas e transformadas.
Não-relacionado, você é de um jeito; ao se relacionar, imediatamente
fica diferente. Uma coisa nova aconteceu.
O relacionamento é criado por você, mas, por sua vez, ele também o
cria. Duas pessoas encontram-se, isto significa que dois mundos se
encontraram. Não é algo simples – é muito complexo, é o que há de mais
complexo. Cada pessoa é um mundo em si mesma – um complexo
mistério com um longo passado e um futuro eterno. No começo, apenas as
periferias se encontram. Mas, se o relacionamento cresce intimamente, se
fica mais próximo, mais profundo, então, pouco a pouco, os centros se
encontram. Quando os centros se encontram, isto é chamado de amor.
Quando apenas as periferias se encontram, há uma familiaridade. Você
toca a pessoa pelo lado de fora, só o contorno, então, fica
familiarizado. Muitas vezes, você começa a chamar essa familiaridade de
amor. Então, entra numa ilusão. Familiaridade não é amor. O amor é
muito raro. Encontrar uma pessoa em seu centro é passar por uma
revolução em si mesmo, porque se você quiser encontrar o centro do
outro, terá de permitir que o outro também chegue ao seu centro. Terá de
tornar-se vulnerável, absolutamente vulnerável, aberto. É arriscado.
Permitir que alguém chegue ao seu centro é arriscado, perigoso, porque
nunca se sabe o que essa pessoa fará. E quando todos os seus segredos
forem conhecidos, quando o que está oculto tornar-se visível, quando
você tiver se exposto completamente, o que essa outra pessoa fará, nunca
se sabe. O medo surge. Eis porque nunca nos abrimos. Basta uma
familiaridade, e pensamos que o amor aconteceu. As periferias
encontram-se, e pensamos que nós é que nos encontramos. Você não é a sua
periferia. Na verdade, a periferia é o limite onde você termina, apenas
a cerca ao seu redor. Não é você! Até mesmo os maridos e esposas que
viveram juntos por muitos anos, podem ser apenas familiares. É possível
que não tenham conhecido um ao outro. E quanto mais você vive com alguém
mais se esquece de que os centros continuam desconhecidos. Portanto, a primeira coisa a ser compreendida é:
Não tome a familiaridade por amor. Você pode fazer amor, pode estar
sexualmente relacionado, mas o sexo também é periférico. A menos que os
centros se encontrem, o sexo é apenas um encontro entre dois corpos. E
um encontro entre dois corpos não é um encontro. O sexo também permanece
na familiaridade – física, corporal, mas ainda familiar. Você só
permite que alguém entre em você, em seu centro, quando não está com
medo, quando não está temeroso. Portanto, eu lhe digo que existem dois
tipos de vida. Uma orientada pelo medo; a outra, orientada pelo amor. A
vida orientada pelo medo não pode nunca levá-lo a um relacionamento mais
profundo. Você permanece no medo e não aceita o outro – não pode
aceitar que penetrem em seu âmago mais profundo. Até um determinado
ponto, você aceita o outro; além desse ponto, o muro vem e tudo
estaciona. A pessoa orientada pelo amor é uma pessoa religiosa. A
pessoa orientada pelo amor é aquela que não tem medo do futuro, aquela
que não tem medo dos resultados e consequências, não fica calculando ou
manipulando – é aquela que simplesmente vive aqui e agora.
"Eu
acho que há muitos céus, um céu para cada um. O meu céu não é igual ao
seu. Porque céu é o lugar de reencontro com as coisas que a gente ama e o
tempo nos roubou. No céu está guardado tudo aquilo que a memória
amou..."
Na infinidade da vida onde estou, tudo é perfeito, pleno e completo.
Acredito num poder muito maior do que eu que flui através de mim cada momento de cada dia.
Abro-me à sabedoria interior, sabendo que existe apenas Uma Inteligência neste Universo.
Desta Inteligência vêm todas as respostas, todas as soluções, todas as curas, todas as novas criações.
Confio nesse Poder e Inteligência, sabendo que seja o que for que eu
precise saber é revelado a mim e que seja o que for que eu precise vem a
mim na hora, no espaço e na sequência certos.
E tudo está bem no meu mundo....
O poeta persa Hafiz escreveu : "O seu coração e o meu coração/São amigos muito, muito antigos".
Mesmo quando lidamos com a nossa vida, às vezes ruidosa e dissonante, nós ressoamos uns aos outros. Sempre que nossos corações se encontram de um modo caloroso, o seu poder de circulação permeia todo o nosso ser com uma sensação tranquilizadora de bem-estar. Quando conhecemos alguém que vive de modo pleno no reino majestoso do coração, nós naturalmente sentimos respeito e admiração.
No outro extremo, aqueles cujos corações parecem frios ou vazios tendem a ser intrigantes ou assustadores.
Coloque a sua mão direita levemente à esquerda do seu esterno para sentir as quatro câmaras de seu coração vivendo a vida em conjunto. O sangue que contém pouco oxigênio flui para a aurícula direita, o ventrículo direito e depois para os pulmões, de modo a recarregar o oxigênio. Ao retornar à aurícula esquerda, o sangue rico em oxigênio ganha impulso no ventrículo inferior esquerdo para se espalhar na enorme extensão de artérias, veias e capilares do seu corpo. Inclinando levemente para a frente, esse ventrículo esquerdo, especialmente resistente e ativo, inspira a expressão : "Eu digo isso do fundo do meu coração". Pensamentos e sentimentos positivos e sinceros se agitando através das câmaras do nosso coração nos despertam para a sua magnitude primordial radiante e suas origens.
Como todos os órgãos, o coração é circundado por influências celestiais e traz consigo profundas memórias de sua trajetória evolutiva.
Durante o desenvolvimento embrionário, a forma primitiva do coração humano flutua acima da cabeça em formação, como uma versão em miniatura do Sol acima da terra. É apenas de uma maneira gradual que o coração embrionário desce para o interior do feto, para bater com sua calorosa radiância interna, íntima e confiável.
Na MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (MTC), os meridianos, ou linhas de energia, percorrem todo o corpo humano. Essas linhas de energia não são diferentes de correntes energéticas, geralmente chamadas de "linhas ley", que cruzam todo o globo. Expandindo a imagem ocidental costumeira do trabalho do coração dentro do corpo a percepção da MTC acerca do coração inclui a energia cósmica se movendo através do corpo, a qual não é inteiramente dependente do coração físico e da circulação sanguínea. Os médicos chineses percebem o meridiano do coração como um canal de energia que se irradia do coração e desce por baixo dos braços, através da parte interior dos cotovelos até as palmas das mãos e a extremidade interna de nossos dedos mínimos.
Um aperto de mão caloroso e uma história fazem maravilhas para fortalecer o coração. Quando encontramos outras pessoas com um vigoroso aperto de mão, ou apertamos nossas próprias mãos, o calor flui por nossos braços. Podemos sentir a energia do coração nos enchendo de boa vontade.
Livro : Corpo em Equilíbrio, Nancy Mellon
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terça-feira, 8 de abril de 2014
OS PROTETORES PACÍFICOS : O BAÇO E O PÂNCREAS E A MEDICINA CHINESA
O baço é um órgão linfático misterioso, localizado um pouco abaixo do
coração. Esse órgão essencial recebe e cuida do sangue novo, movendo-o
suavemente em direção à circulação mais ampla. Trata-se de um centro de
treinamento para as células imunológicas e o lugar de encontro ativo
onde nosso sangue se acumula para desenvolver a sua marca individual de regeneração.
As tradições esotéricas descrevem o Baço como nosso Saturno interno, o
poderoso protetor e harmonizador dos planetas e estrelas interiores de
todo o corpo. Rudolf Steiner chamou o Baço de "o mais espiritual dos
órgãos". Se oscilar o corpo levemente enquanto lemos ou recitamos a
escritura sagrada ou escutamos música, ativamos as suas asas
espirituais. Próximo ao baço, logo acima e atrás do estômago, está o
pâncreas, o guardião da "doçura" de todo o corpo. Enquanto o sal nos
faz franzir o cenho e traz preocupações mundanas, a doçura suavemente
expande-se num espaçoso e inocente enlevo dos sentidos. O seu trabalho
diário é a criação, digestão e circulação de diversos tipos de doçura
através de todo o sistema. À medida que o corpo procura o equilíbrio
de modo contínuo, o pâncreas secreta insulina e glicogênio, hormônios
que regulam o açúcar no sangue. Na Medicina Tradicional
Chinesa, as atividades do baço e do pâncreas estão ligadas em um
meridiano que se origina no lado interno dos grandes artelhos. Enquanto
essas energias sustentam nosso bem-estar, elas ascendem pelo lado
interno dos tornozelos e continuam a subir através do tronco até a
garganta, terminando na raiz do lado inferior da língua. Um ramo desse
meridiano do baço move-se através do pâncreas até o coração, onde se
conecta com o meridiano do coração. Os chineses tratam doenças
crônicas de sangramento por meio do meridiano do baço, consideram-no
como um útero secundário, do qual brota uma nova vida. Guardião do
suprimento de sangue sempre renovável do corpo, ele governa o senso de
pureza através de todo o nosso ser. Envia energias aos pulmões, onde
sangue e respiração se encontram. O tônus muscular através do corpo pode
indicar sua relativa força ou fraqueza.
Do Livro Corpo em Equilíbrio de Nancy Mellon integracaoholistica.blogstpo.com
Doce é a chuva do novo outono, iluminada pela luz do Céu!!
BOM DIA !!!
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terça-feira, 1 de abril de 2014
A impermanência da vida.
Este corpo não sou eu. Eu não sou limitado por este órgão. Eu sou a vida sem limites. Eu nunca nasci, e eu nunca morri.
Olhe para o mar e o céu cheio de estrelas, manifestações de minha mente, verdade maravilhosa. Desde antes dos tempos, eu sou livre. O nascimento e a morte são apenas portas pelas quais passamos, limiares sagrados no nosso caminho. Nascimento e morte são um jogo de esconde-esconde. Então ria comigo, segure a minha mão, vamos dizer adeus, despedir-se, reunir-se novamente em breve. Nós nos encontramos hoje. Nós vamos nos encontrar novamente amanhã. Nós vamos nos encontrar na fonte a cada momento. Nós nos encontramos uns aos outros em todas as formas de vida.