5 de dezembro de 2012
Liberdade (Foto Blog: filosofandoehistoriando.blogspot.com)
Seres humanos livres para escolher, assim já considerava o filósofo Sartre um aspecto inerente ao homem: A liberdade.
Todos tomados pelo dom de ir e vir e degustar seu livre arbítrio enquanto autores de sua própria existência. Como é bom poder escolher, ter possibilidades diante de fatos e se responsabilizar por estas escolhas, que, no entanto é o mais difícil.
Podemos hoje ver a liberdade do homem tomada com um pouco de insensibilidade a si e aos outros. Uma liberdade que não corresponde a uma autenticidade do ser em sua essência. A liberdade tornou-se manipulada. Mas como seria essa tal manipulação de algo que é inerente ao ser humano? Bom, podemos pensar em aspectos culturais de consumismo por exemplo.
Você praticamente se torna refém de suas escolhas em prol da disseminação de um “bem” social que supre a falta dos indivíduos. Quando isso acontece, a autenticidade sutilmente se anula e o que sobra são indivíduos alienados. Alienados por não assumirem o seu desejo, por permitir que os desejos sociais estejam à frente dos deles e por não se responsabilizarem por suas escolhas.
Continuam alienados até na escolha, mas não conseguem se responsabilizar por elas. Assim acontecem com os usuários de drogas, os jovens e crianças treinados ao consumismo e os próprios adultos com as velhas promessas de mudança de vida: escolhem, mas não aceitam as consequências. Estar vivenciando este momento da humanidade onde o capitalismo camuflado de consumismo domina, faz-me pensar sobre os limites da existência.
Assim como é inerente ao ser a liberdade, o ser também é disposto à finitude, à morte, ao fim de um relacionamento....o ser também é limitado. Pensando sobre o que foi discutido até agora, há indícios de uma sociedade que apresenta limites? Não vejo! Talvez tenhamos alguns excessos de imposições moralistas, o que não remete necessariamente ao limite ao qual me refiro neste texto.
O limite ao qual gostaria de salientar aqui é o limite que envolve a liberdade do ser humano. Mas existe liberdade limitada? Não. Apenas liberdade que perdura a consciência da responsabilidade advinda das escolhas. Eu escolho o que quiser pra mim! Viver, dançar, sobreviver, morrer! Tudo isso pode ser escolhido, porém as consequências destas escolhas podem não ser responsabilizadas.
O limite estaria entre a possibilidade e a impossibilidade: eis um conflito! Para escolher, preciso de possibilidades, favoráveis ou não, o que de fato pesarão nesta decisão. Aqui vemos uma liberdade que está diante de possibilidades de escolha, mas que detém de um limite: eu só posso escolher A e tenho que me responsabilizar pela escolha de A.
Naquele momento, A pode ter se tornado a possibilidade para o sujeito e B a impossibilidade. Isto é uma situação fixa? Por um lado sim, naquele momento da existência do ser, porém pode ser reversível, desde que B se torne a possibilidade e A já tenha se tornado a impossibilidade.
Ter liberdade implica o sujeito nisso: fazer escolhas e reconhecer os seus limites enquanto ser humano, responsabilizando-se por elas.
Todos tomados pelo dom de ir e vir e degustar seu livre arbítrio enquanto autores de sua própria existência. Como é bom poder escolher, ter possibilidades diante de fatos e se responsabilizar por estas escolhas, que, no entanto é o mais difícil.
Podemos hoje ver a liberdade do homem tomada com um pouco de insensibilidade a si e aos outros. Uma liberdade que não corresponde a uma autenticidade do ser em sua essência. A liberdade tornou-se manipulada. Mas como seria essa tal manipulação de algo que é inerente ao ser humano? Bom, podemos pensar em aspectos culturais de consumismo por exemplo.
Você praticamente se torna refém de suas escolhas em prol da disseminação de um “bem” social que supre a falta dos indivíduos. Quando isso acontece, a autenticidade sutilmente se anula e o que sobra são indivíduos alienados. Alienados por não assumirem o seu desejo, por permitir que os desejos sociais estejam à frente dos deles e por não se responsabilizarem por suas escolhas.
Continuam alienados até na escolha, mas não conseguem se responsabilizar por elas. Assim acontecem com os usuários de drogas, os jovens e crianças treinados ao consumismo e os próprios adultos com as velhas promessas de mudança de vida: escolhem, mas não aceitam as consequências. Estar vivenciando este momento da humanidade onde o capitalismo camuflado de consumismo domina, faz-me pensar sobre os limites da existência.
Assim como é inerente ao ser a liberdade, o ser também é disposto à finitude, à morte, ao fim de um relacionamento....o ser também é limitado. Pensando sobre o que foi discutido até agora, há indícios de uma sociedade que apresenta limites? Não vejo! Talvez tenhamos alguns excessos de imposições moralistas, o que não remete necessariamente ao limite ao qual me refiro neste texto.
O limite ao qual gostaria de salientar aqui é o limite que envolve a liberdade do ser humano. Mas existe liberdade limitada? Não. Apenas liberdade que perdura a consciência da responsabilidade advinda das escolhas. Eu escolho o que quiser pra mim! Viver, dançar, sobreviver, morrer! Tudo isso pode ser escolhido, porém as consequências destas escolhas podem não ser responsabilizadas.
O limite estaria entre a possibilidade e a impossibilidade: eis um conflito! Para escolher, preciso de possibilidades, favoráveis ou não, o que de fato pesarão nesta decisão. Aqui vemos uma liberdade que está diante de possibilidades de escolha, mas que detém de um limite: eu só posso escolher A e tenho que me responsabilizar pela escolha de A.
Naquele momento, A pode ter se tornado a possibilidade para o sujeito e B a impossibilidade. Isto é uma situação fixa? Por um lado sim, naquele momento da existência do ser, porém pode ser reversível, desde que B se torne a possibilidade e A já tenha se tornado a impossibilidade.
Ter liberdade implica o sujeito nisso: fazer escolhas e reconhecer os seus limites enquanto ser humano, responsabilizando-se por elas.
Por : Felipe Augusto Carbonário
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