NAVEGUE NO SILÊNCIO
O silêncio é a virtude de dar um tempo e espaço a si mesmo, deixando-se entregar somente à sua total presença. É também um ato generoso para com as pessoas ao redor, dizendo-lhes sem nada dizer que naquele instante cada um está pleno em sua liberdade individual.
O silêncio não tenta aparecer, se mostrar ou provar alguma coisa como forma de superar um complexo de inferioridade. Não, apenas o barulho quer aparecer para que todos o notem. O silêncio é zen, fica na dele, só relaxando e enxergando sua própria identidade divina.
Então para que tanto falar? Para que tanto barulho quando não há nada a dizer? As pessoas falam, falam, falam e 90% do que dizem não têm valia alguma, sendo apenas complementos de ideias fundamentais, que poucas vezes conseguem se fazer notadas.
A leveza da ideia e do diálogo há muito se perdeu nas complexidades da palavra latida. Sim, porque quando não há nada a dizer, as palavras soam como sons indecifráveis, latidos, miados, mugidos ou chiados.
Então, sejam sucintos, coerentes e falem só quando estiverem certos de que têm algo a dizer. Do contrário estarão apenas fazendo ruídos sem sentido em diálogos vazios e mundanos. Expressar-se é inerente à qualidade, não à quantidade.
Naveguem no silêncio, pois é ele que diz tudo mesmo sem nada dizer. O silêncio é o dom de escutar a música divina, somente audível para aqueles que nada querem ouvir.
Marcos Keld -Autor do Livro Potencialidade Pura
Publicado por Fatima dos Anjos em 1 setembro 2011 às 17:33- www.portalarcoiris.ning.com
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