O conceito de saúde é muito mais amplo do que a simples noção do corpo físico que funciona bem.Está cada vez mais claro que a saúde é uma equação onde vários aspectos são relevantes além da condição do corpo físico, propriamente dito.
O estreito relacionamento do estado emocional de um indivíduo com a sua condição física é um fato.O relacionamento das emoções com o corpo físico é uma grande chave para a saúde. Cada vez mais há evidências concretas de que o ser humano é um somatório de funções fisiológicas, emocionais, mentais e espirituais.
Há correntes metafísicas que defendem a teoria de que o homem tem vários corpos, além do físico. Como o corpo físico é o mais denso, é o único visto a olho nu.
Seguindo essa linha de pensamento, quando o corpo físico é afetado, é porque todos os demais corpos já foram afetados antes.
A Medicina Tradicional Chinesa, que trata do indivíduo como um ser integral, baseia a sua prática no princípio que todo órgão do corpo humano se corresponde à energia de uma determinada emoção. Existe um inter-relacionamento simbiótico entre cada órgão do corpo humano com uma emoção específica. Ou seja, toda doença física tem uma emoção correspondente como origem.
Por que sentimos, como sentimos é o resultado da sinfonia e harmonia das nossa próprias moléculas de emoção, que afetam cada aspecto da nossa fisiologia. As emoções tanto podem ajudar a ter uma boa saúde, como a contrair doenças miseráveis.As emoções causam doenças quando são excessivas e/ou prolongadas. Cada emoção, como origem de uma doença, é apenas um lado da moeda. O outro é a energia mental que é pertinente a cada órgão. Cada órgão produz uma energia específica com certas características, e quando sujeito a um determinado estímulo, entra em ressonância com uma emoção em particular.
Assim, da mesma forma que o estresse emocional causa doenças que afetam os diferentes órgãos do corpo humano, o estado dos órgãos, por outro lado, pode afetar o nosso estado emocional. O mau funcionamento dos órgãos causa desequilíbrio emocional. Dependendo do órgão que esteja apresentando o problema, um determinado estado emocional se manifestará.
A Medicina Tradicional Chinesa leva em consideração as seguintes emoções:
Raiva,Frustração e Ressentimento....afeta o fígado
Alegria ............ afeta o coração (positivamente)
Preocupação........afeta o baço
Medo..........afeta os rins
Tristeza......afeta os pulmões e o coração
Choque............afeta os pulmões e o coração
Amor Obsessivo....... afeta o coração
Ódio........ afeta o coração e o fígado
Culpa.......afeta o coração e os rins
O efeito de uma emoção também depende de outras circunstâncias,
como a constituição do indivíduo, e se é manifestada ou reprimida.Todas as emoções afetam o coração, além dos órgãos específicos.
O primeiro efeito de estresse emocional no corpo é na circulação sanguínea, assim como no direcionamento do Qi.
Cada emoção tem um efeito específico no fluxo vital, o Qi. A raiva aumenta o Qi; a tristeza e o medo dissolvem o Qi; a preocupação dá uma espécie de nó no Qi, por exemplo.
Há fatores como a constituição do indivíduo, o tipo de alimentação, sua atividade sexual e até a sua relação com o trabalho que influenciam sobremaneira essa sinergia entre as emoções e os vários órgãos do corpo humano.
Aconstituição, por exemplo, é o conjunto de características inatas de todo ser humano ou fatores desenvolvidos no útero da mãe, durante a gravidez. Em qualquer um dos casos, o estado do sistema nervoso desempenha um papel fundamental na condição emocional-mental da pessoa. Um desses fatores desenvolvidos durante a gravidez são os choques que a mãe sofre durante esse período.
Tanto físicos como emocionais, influenciam na formação constitucional do indivíduo que está sendo gerado.Uma pessoa que já nasce com um sistema nervoso fraco, e não recebe o tratamento adequado, seguramente terá problemas mais tarde na vida. Um sistema nervoso que apresenta problemas congênitos será um fator de profunda repercussão na vida emocional daquela pessoa.Esses problemas básicos de constituição afetam o coração e o sentido mais profundo da essência do indivíduo.O tipo de alimentação também é fundamental nessa questão. O consumo exagerado de açúcares refinados, alimentos industrializados, gordura e álcool, em geral, irrita vários órgãos ao mesmo tempo e obstrui o Qi em diferentes trechos do seu trajeto pelo corpo. Uma má alimentação, em geral, causa diferentes tipos de desconforto, tanto em nível físico como em nível emocional.
Uma pessoa que ingere grandes quantidades de carboidratos simples, os perigosos açúcares refinados, tem uma tendência a mudanças bruscas de humor, crises repentinas de tristeza e desânimo e crises de raiva, na maioria das vezes incompreendidas e aparentemente sem nenhuma causa aparente.
Aí aquela célebre pergunta vem à mente como uma flecha: Mas por que eu estou fazendo isso?…Logo eu que sou uma pessoa tão boa? Num caso como esses fica evidenciada a pertinência da teoria do inter-relacionamento das emoções com o corpo. A ingestão de açúcar refinado irrita o fígado, o pâncreas e os intestinos, que além de ficarem prejudicados em suas funções fisiológicas, provocam estados emocionais de raiva, tristeza, estagnação e instabilidade.Tanto a atividade sexual excessiva quanto o excesso de trabalho debilitam os rins e afetam a essência do indivíduo. Com o passar do tempo, podem causar exaustão e depressão, devido à deficiência das funções renais.As drogas, de maneira geral, como a maconha, a cocaína, a heroína e o LSD entre outras, afetam profundamente e muitas vezes de forma irreversível a mente de um indivíduo. Com o passar do tempo, o uso de drogas desencadeia uma série de distúrbios emocionais, que vão, por sua vez, afetar os diferentes órgãos do corpo humano.
É a combinação dos diferentes fatores-causa, com origem em diferentes fases do desenvolvimento do indivíduo, que provocam os distúrbios emocionais.
A maioria dos padrões emocionais se forma na infância. Muitos são os elementos que constituem fatores-causa para a formação dos padrões emocionais na infância: o relacionamento com os pais, a falta de demonstração de afeto da parte dos pais ou de quem criou a criança, briga entre os pais, uma criação muito rígida. Há também os casos de quando os pais descarregam na criança todos os seus problemas e traumas, de quando os pais põem na criança a responsabilidade de realizar os seus sonhos, ou de quando a criança assume o papel de um dos cônjuges quando um deles falece ou quando eles se divorciam.
É importante não perder de vista o conceito de que o corpo, as emoções, o intelecto e a essência (que assume diferentes nomes, de acordo com a filosofia ou sistema de crença: alma, espírito) constituem uma unidade. Qualquer acontecimento, fato ou circunstância que afete de alguma forma qualquer um desses elementos constituintes dessa unidade, afetará os demais.Essa sucessão de acontecimentos obedece a uma sequência. E aí nesse ponto caberia uma longa e ampla discussão a respeito do assunto, que tem inúmeras versões e teorias das mais diversas possíveis. Mais uma vez, os pontos de vista variam de acordo com a crença e corrente de pensamento que cada um segue.Baseando-se na teoria de que o problema tem sempre origem na essência do indivíduo, na alma, no espírito, seguindo essa mesma linha de pensamento, esse mesmo problema, que em geral se desenvolve em razão de uma percepção irreal da realidade, afeta, em seguida, a mente do indivíduo. Depois o emocional é afetado e por último, o corpo. O corpo é inocente. Ele obedece aos comandos da predisposição intelecto-emocional-espiritual do ser humano.
O corpo é uma máquina extraordinária que procura constantemente, através de uma inteligência própria, se equilibrar e se estabilizar. Até mesmo quando não recebe os cuidados básicos para se manter em perfeito funcionamento, como alimentação balanceada, exercício e descanso, por exemplo. Quantas e quantas vezes abusamos do nosso corpo, deixando de suprir necessidades básicas, tais como uma noite de oito horas de sono.
E ainda assim, ele resiste e continua na sua missão de nos hospedar. Afinal, o nosso corpo é a nossa casa. É a nossa plataforma física.A capacidade de autocura do corpo humano é no mínimo surpreendente. Quanto mais próximos do estado natural das coisas estivermos, maior é a sua capacidade de auto-recuperação.
Apesar de tudo isso, se no nível da essência, o indivíduo houver optado por se autodestruir e não se curar, os demais e subsequentes níveis, ou seja, o mental, o emocional e o físico, vão cumprir piamente as determinações da alma.
O corpo físico, por estar mais próximo do nosso mundo tridimensional, sintetiza a nossa realidade maior como seres humanos. Entretanto, nunca opera sozinho, mas sim em conjunto com essas outras esferas, que estão cada vez mais sendo reconhecidas por médicos, filósofos e estudiosos da nossa época. Já se foi o tempo que afirmações como essa eram motivos para olhos e ouvidos de desdém. Até mesmo os mais céticos dos cientistas não subestima o valor desse conceito, sob pena de literalmente perder o fio da meada.Por mais incrível que possa parecer, as doenças no corpo físico, assim como os acidentes em que as pessoas se envolvem, nada mais são do que formas de processar os problemas que, por um motivo ou por outro, nunca foram resolvidos nos níveis emocional, mental e espiritual. Como essa incrível invenção que se chama ser humano está constantemente em busca de estabilização, executando a famosa lei de causa e efeito, ela procura vivenciar toda e qualquer experiência de alguma forma. O ideal é vivenciar as emoções, sejam elas quais forem, seja em que forma se manisfestarem, sejam quais forem as circunstâncias. A chave é simplesmente sentir. Não vale intelectualizar. É o sentir em toda a sua extensão, sem tentar evitar, disfarçar ou guardar as emoções dentro de um cofre no coração e jogar a chave fora… O famoso deixa pra lá ou o ainda mais perigoso: deixa estar…não podem entrar nessa história.Toda vez que a gente evita sentir, camufla ou reprime qualquer tipo de emoção, cria-se uma energia “indigesta”, que o corpo, de uma forma ou de outra, vai tentar resolver. E, mais uma vez, como o corpo é inocente e não mede esforços para se autocompensar, a sua forma de processar essa energia pode ser através de uma doença ou da manifestação de um acidente, por exemplo.
Nada acontece por acaso. Não existem coincidências.
fonte: artefolk.com.br
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