terça-feira, 26 de julho de 2011

FLORES DE INVERNO.....

Flores de inverno...


por Maria Silvia Orlovas - morlovas@terra.com.br


Nesta semana, olhando as flores do meu jardim, fiquei pensando que não esperamos ver flores tão lindas como aquelas no inverno... Mesmo o Brasil sendo um país tropical, aqui no sudeste temos baixas temperaturas, usamos blusas de frio e naturalmente nos recolhemos, enquanto que uma flor que desabrocha faz justamente o movimento contrário. Ela se abre, mostra-se para a vida, exala perfume.

Como costumo olhar o mundo à minha volta para observar as lições espirituais que ali estão ofertadas, fiquei pensando na vida das pessoas, no tempo que passa, nas oportunidades que se finalizam, nas chances que às vezes deixamos escapar, nas histórias que deixamos de viver, no inverno da vida humana. Meu pensamento foi longe refletindo sobre o tempo frio e as floradas inesperadas.

Lembrei de amigos que não se casaram, que não tiveram filhos, de gente que reclama até hoje com mais de 40 anos, da infância que tiveram. Lembrei das pessoas que acham que suas oportunidades acabaram, e que aceitam a velhice como um fim.

Já que a mente define muito de nossas chances na vida, uma nuvem de tristeza passou por mim quando lembrei de tantos limites que as pessoas assumem para si mesmas. Agindo assim, elas permitem que o inverno da existência chegue até elas e se instale. Colocam portas fechadas para muitas coisas, como se o tempo passado não oferecesse perdão. Esse raciocínio comandado pela idade faz que muita gente pense que o tempo de alegrias e desafios já passou. Mas será que devemos definir um limite assim cruel para nós mesmos?

Por que não se permitir flores de inverno em nossas vidas?

Onde há vida, há esperança. Ou seria melhor dizer que onde há esperança, há vida?

O fato é que muita gente desanimada com os desafios, triste por conta das coisas que não deram certo, ou ainda presas às memórias de um passado feliz, deixam de viver as oportunidades do momento atual.

Acho muito especial se casar aos 50 anos, cursar uma faculdade com mais de 40, aprender a dançar depois de aposentado, ou simplesmente ser feliz cuidando dos netos e rejuvenescendo acompanhando os avanços do mundo tecnológico.

É bonito ver o mundo mudar, quando mudamos junto. E é muito triste por algum motivo ficar fora do jogo, ainda mais quando nos colocamos nessa posição porque não aceitamos ou não entendemos as regras. Ou simplesmente porque determinamos que as nossas oportunidades já passaram.

Conheço gente que tem muito medo de viver, medo de arriscar, de dar errado, de amar, e com isso inibe as chances do destino. Se arrisca pouco com medo de sofrer, de se decepcionar e, por conta dessa escolha, acaba amando pouco e recebendo pouco amor.

Pessoas assim, contaminadas pelo sofrimento, deixam de aprender que os adubos que recebemos ao longo da vida fazem parte do fortalecimento de nossa estrutura. Esquecem que as lágrimas lubrificam os olhos e que chorar de vez em quando alivia as dores do coração incompreendido e, principalmente, esquecem que sofrer faz parte. E que está tudo bem conviver com expectativas frustradas. Podemos sobreviver aos nãos que recebemos, mas não podemos superar os limites que colocamos como definitivos, porque a força da superação e as flores vêm de dentro.

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por Maria Silvia Orlovas - morlovas@terra.com.br   
  www.somostodosum.com.br

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