sábado, 2 de abril de 2016

Toda mudança gera medo, porque toda mudança está lhe pondo no desconhecido, num mundo estranho. Se nada mudar e tudo permanecer estático, você nunca terá medo algum. Isso significa, se tudo estiver morto, você não ficará amedrontado.

Por exemplo, você está sentado e existe uma rocha ao lado. Não há nenhum problema: você olha para a rocha e está tudo bem. De repente a rocha começa a se mover; você fica assustado. Vivo! Movimento gera medo; e se tudo estiver parado, não há nenhum medo.

Eis porque pessoas, com medo de cair em situações temerosas, arranjam uma vida sem mudanças. Tudo permanece na mesma e a pessoa segue uma rotina morta, completamente esquecida de que a vida é um fluxo. Ela permanece numa ilha própria onde nada muda. A mesma sala, as mesmas fotografias, a mesma mobília, a mesma casa, os mesmos hábitos, as mesmas camas – tudo na mesma. O mesmo maço de cigarros; você não gostará nem mesmo de uma marca diferente. Entre isso, no meio dessa mesmice, a pessoa se sente à vontade.
 
As pessoas vivem quase que em seus túmulos. O que você chama de uma vida conveniente e confortável não é nada senão um túmulo disfarçado. Então quando você começa a mudar, quando você começa na jornada do espaço interior, quando você se torna um astronauta do espaço interior, e tudo está mudando tão ligeiro, cada momento tremendo de medo. Desse modo, mais e mais medo precisa ser enfrentado.
 
Deixe o medo estar lá. Pouco a pouco você começará a desfrutar tanto das mudanças que você estará preparado a qualquer custo. Mudanças irão lhe dar vitalidade... Mais vivacidade, alegria, energia. Então você não será como um poço – encerrado por todos os lados, estático. Você se tornará como um rio correndo em direção ao desconhecido, em direção ao oceano onde desaparece.

(Osho)

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