resolver problemas
O ho'oponopono, processo de resolução de problemas criado no Havaí, tem ajudado milhões de pessoas ao redor do mundo a se libertar de dificuldades.
Texto Keila Bis | Direção de arte Camilla Frisoni Sola | Design Luciana Giammarino | Ilustração Graziella Mattar
Há cerca de sete anos, um e-mail contendo um artigo de autoria do
escritor americano Joe Vitale circulou por diversos países e causou
euforia em boa parte das pessoas que o leram. Ele narra a história de um
psicólogo havaiano chamado dr. Ihaleakala Hew Len, que trabalhou, na
década de 80, num hospital psiquiátrico do Havaí em uma ala dedicada a
criminosos portadores de doenças mentais. O lugar era conhecido na
região tanto pelos horrores praticados por aqueles que estavam presos –
estupradores, psicopatas e assassinos – quanto por outros fatos
estranhos. Dizia-se que o local era tão desolador e degradante, que nem
mesmo as paredes aceitavam nova pintura. Problemas elétricos e
hidráulicos aconteciam com uma frequência surpreendente, assim como a
rotatividade dos funcionários. Praticamente todos os dias os presos se
agrediam ou atacavam algum membro da equipe clínica, e por isso passaram
a ser acorrentados pelos tornozelos e pelos pulsos e impedidos até
mesmo de tomar banhos de sol.
Até que um dia, após a entrada do dr. Len, o cenário começou a mudar.
As paredes foram pintadas e mantiveram as novas cores, os funcionários
pararam de pedir demissão e folgas, as quadras de tênis foram reformadas
e, por incrível que pareça, os detentos passaram a jogar tênis com os
próprios funcionários. Muitos deles não necessitavam mais de drogas
pesadas para se acalmar e outros não precisavam mais ser algemados. Com
os detentos reabilitados, a ala acabou sendo fechada.
O que mais surpreende nessa história, que num primeiro momento parece
ser fruto de uma mente cheia de imaginação, é o fato de o dr. Len ter
trabalhado por quatro anos nesse hospital sem nunca ter tido contato
direto com os detentos. Ele permanecia boa parte do tempo em sua sala,
não praticava nenhum tipo de terapia e nunca atendeu nenhum dos
prisioneiros em seu consultório. Como era possível, então, que aquele
quadro lastimável tinha se tornado algo mais parecido com um final feliz
de filme hollywoodiano? O psicólogo contou o segredo dizendo que
enquanto permanecia em sua sala olhava a ficha de cada um dos presos e
dizia o seguinte a elas: “Eu sinto muito. Me perdoe. Eu te amo. Eu sou
grato”.
fonte : casa.abril.com.br
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