A disfunção temporomandibular está por trás de encrencas como cefaleias, dificuldades de mastigação e até dor de ouvido. Conheça as causas, os tratamentos e os cuidados necessários para quem sofre com o problema.
A DTM causa dores na face, no ouvido e na cabeça, além de dificuldade para mastigar e abrir e fechar a boca.
Foto: Pojoslaw/Thinkstock/Getty Images
Foto: Pojoslaw/Thinkstock/Getty Images
O que é DTM
Essa sigla se refere à disfunção temporomandibular, nome dado ao
conjunto de sinais e sintomas que afeta a musculatura da mastigação e/ou
a articulação temporomandibular (ATM) - aquela situada entre a
mandíbula e o crânio, na região anterior à orelha.
Existem três tipos principais de DTM: a muscular, que ocorre quando a
musculatura do sistema mastigatório sofre um excesso de tensão; a
articular, que pode se dar tanto por uma sobrecarga da articulação
quanto por traumas ou até doenças degenerativas, como osteoartrose e
artrite reumatoide; e a mista, aquela que une os distúrbios musculares e
articulares.
As causas
Não há uma causa definida para a DTM, mas os especialistas sabem que
certos hábitos aumentam o risco de desenvolver a disfunção - como
apertar os dentes durante o dia e a noite, apoiar a mão na mandíbula com
frequência, roer as unhas e mascar chiclete. Traumas, predisposição
genética e até depressão e estresse também podem fazer com que a DTM
apareça.
Os sintomas
Os estragos causados pela disfunção temporomandibular são muitos e, não
raro, parecem não ter relação alguma com o problema na mandíbula. A dor
de cabeça é um deles. "É que ela pode ser causada pela DTM. A
característica é uma dor em aperto e que tende a melhorar quando a
pessoa relaxa", esclarece a dentista Daniela Godoi Gonçalves, professora
da Universidade Estadual Paulista, em Araraquara, no interior de São
Paulo. Para complicar, a DTM também pode agravar a intensidade e a
frequência de outros tipos de cefaleia, caso da enxaqueca.
Pacientes com essa desordem podem apresentar ainda dores no pescoço, no
ouvido e na face; dificuldade para abrir e fechar a boca e também ouvir
barulhos ao fazer esse movimento.
O diagnóstico
O profissional responsável por identificar um quadro de DTM é o
dentista. A principal forma de diagnosticar o problema é por meio de uma
conversa com o paciente e exames clínicos, como palpação da musculatura
e da articulação e detecção de ruídos. "Ressonância magnética e
tomografia são usados, por exemplo, quando há dúvidas em relação ao
exame físico", explica o dentista Paulo César Rodrigues Conti, professor
titular da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São
Paulo.
O tratamento
De acordo com os especialistas, não é possível falar em cura da DTM.
Mas não se desespere, pois é possível controlar a encrenca. Entre as
técnicas utilizadas estão:
Placas de mordida
Indicadas especialmente a pessoas que costumam ranger os dentes enquanto dormem.
Indicadas especialmente a pessoas que costumam ranger os dentes enquanto dormem.
Exercícios fonoaudiólogos
Eles visam treinar a "postura" da mandíbula e fazer o alongamento e o fortalecimento dos músculos.
Eles visam treinar a "postura" da mandíbula e fazer o alongamento e o fortalecimento dos músculos.
Exercícios de fisioterapia
Por meio de técnicas como eletroterapia, ultrassom e laser, eles melhoram a cicatrização dos tecidos e a mobilidade.
Por meio de técnicas como eletroterapia, ultrassom e laser, eles melhoram a cicatrização dos tecidos e a mobilidade.
Medicamentos
Quando usados com prescrição médica, analgésicos e relaxantes musculares podem trazer alívio;
Quando usados com prescrição médica, analgésicos e relaxantes musculares podem trazer alívio;
Acupuntura
Por aumentar a quantidade de endorfinas, a técnica ameniza a dor e reduz o estresse;
Por aumentar a quantidade de endorfinas, a técnica ameniza a dor e reduz o estresse;
Cirurgias
São aplicadas em casos mais graves, quando não há resposta à terapia convencional.
São aplicadas em casos mais graves, quando não há resposta à terapia convencional.
Cuidados especiais
Quem tem dor crônica precisa evitar tudo que sobrecarregue a
musculatura e a articulação mandibular. Por isso, procure não apertar os
dentes durante o dia; tente não dormir de bruços, já que isso pode
estirar os músculos da mandíbula e do pescoço; evite comer alimentos
muitos duros; e mantenha a boa postura de cabeça, pescoço e costas, pois
isso ajudará a relaxar os músculos do sistema mastigatório.
fonte : mdemulher.abril.com.br
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