O amor é uma flor rara. Ele só acontece às vezes. Milhões e milhões de pessoas vivem na falsa atitude de que amam. Elas acreditam que amam, mas isso é só uma crença.
O amor é uma flor rara. Às vezes ele acontece. É raro porque só pode acontecer quando não existe medo, nunca antes disso.
Isso significa que o amor só pode acontecer a uma pessoa profundamente espiritualizada, religiosa.
O sexo é possível para todos. A familiaridade é possível para todos. Não o amor.
Quando você não tem medo, não há o que esconder; então você pode se abrir, pode pôr abaixo todas as fronteiras. E então pode convidar o outro a tocar a sua essência.
E, lembre-se, se você deixa que alguém o toque profundamente, o outro também deixará que você o toque, pois, quando deixa que alguém o toque, você inspira confiança.
Quando você não tem medo, o medo da outra pessoa também desaparece.
No amor de vocês, o medo está sempre presente. O marido teme a mulher, a mulher teme o marido. As pessoas que se amam sempre têm modo uma da oura. Então não é amor. É só um arranjo entre duas pessoas medrosas, que dependem uma da outra, brigam, exploram-se, manipulam, controlam, dominam, possuem uma a outra — mas não é amor.
Se você conseguir deixar que o amor aconteça, não precisará de prece, não precisará de meditação, não precisará de igreja nenhuma, de templo nenhum.
Se amar, você pode se esquecer completamente de Deus — porque, por meio do amor, tudo terá acontecido a você: meditação, prece, Deus, tudo terá acontecido a você.
É isso que Jesus quis dizer quando falou que Deus é amor.
Mas o amor é difícil. O medo tem que ser superado. E é isto que é estranho, vocês têm tanto medo e, ao mesmo tempo, não têm nada a perder.
Osho, em "Coragem: O Prazer de Viver Perigosamente"
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