A frase nos levou a meditar acerca desse patrimônio de todos, que são os olhos.
No mundo encontramos olhos muito diferentes, não somente em formatos e cores, mas em qualidades íntimas.
Encontramos os olhos que veem os quadros da vida pelo prisma da malícia, deturpando tudo que alcançam.
Existem os olhos de ciúme, que despejam chispas de ódio, ante a possibilidade mínima de perderem o que consideram objeto de sua posse.
Há os olhos que ferem, capazes de intimidar subalternos e criaturas de condição social inferior. Olhos de agressão que censuram sem palavras e agridem sem pestanejar.
Olhos que perturbam quando encaram a outrem e chegam a desencorajar os que estejam tentando realizar algo de bom, e se mostram ainda tímidos.
Olhos capazes de registrar os males alheios, desconsiderando as virtudes que se ocultam em todo ser humano.
Olhos de irritação que expressam seu desagrado ante a balbúrdia infantil que extravasa suaalegria de viver, as vozes dos animais que dizem da sua vitalidade, o pequeno esbarrão involuntário na rua, no mercado, na condução urbana.
Olhos de crueldade que ferem a quem atingem, que fazem o animal se encolher a um canto, a criança calar em constrangimento e a própria natureza estabelecer uma pausa no seu concerto constante.
Como serão os nossos olhos?
Se desejamos enobrecer os recursos da visão que nos enriquecem a vida, amemos e ajudemos, aprendamos a perdoar sempre, cultivemos o bem em nós, pois a expressão do nosso olhar fala do que nos vai na intimidade e nos alimenta a alma.
Cada um vê a paisagem que observa conforme a cor das lentes que tem sobre os olhos. Isto equivale a dizer que os tristes vêm panoramas desoladores, enquanto os otimistas descobrem cores vibrantes e alegria em toda parte.
Somos responsáveis pela forma como utilizamos os nossos olhos, desde que eles são um dos talentos que Deus nos concede para instrumento de progresso.
Texto enviado por Roy Lacerda do blog MomentoBrasil e foi aqui postado por ser pertinente à proposta do Arca.
Imagem : Google
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