Mesmo quando tudo pede Um pouco mais de calma Até quando o corpo pede Um pouco mais de alma A vida não para...
Enquanto o tempo Acelera e pede pressa Eu me recuso faço hora Vou na valsa
A vida é tão rara... Enquanto todo mundo Espera a cura do mal E a loucura finge Que isso tudo é normal Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando Cada vez mais veloz A gente espera do mundo E o mundo espera de nós Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo Que lhe falta para perceber? Será que temos esse tempo Para perder? E quem quer saber? A vida é tão rara Tão rara...
Mesmo quando tudo pede Um pouco mais de calma Até quando o corpo pede Um pouco mais de alma Eu sei, a vida não para A vida não para não...
Será que é tempo Que lhe falta para perceber? Será que temos esse tempo Para perder? E quem quer saber? A vida é tão rara Tão rara...
Mesmo quando tudo pede Um pouco mais de calma Até quando o corpo pede Um pouco mais de alma Eu sei, a vida não para A vida não para... A vida não para...
É sempre assim! Coisas boas nos acontecem quando a gente acredita, quando a gente tem fé, quando a gente coloca Deus à frente da nossa vida.
Dificuldades, todos nós temos, a diferença é que uns assumem, outros disfarçam, uns desistem de lutar e outros, lutam por ainda acreditar.
(Cecília Sfalsin)
Adoro bichos; mas penso que devemos respeitar a natureza de cada um,
assim como gostamos que respeitem a nossa. Querer humanizar um gato, um
cachorro, é demais pra mim, acredito que seja demais para o bicho também;
não gosto não! Seria melhor cuidar com amor do bicho, mas deixá-lo com sua característica original!!
Ana Lúcia do Carmo. integracaoholistica.blogspot.com
Todo jardim começa com uma história de amor, antes que qualquer árvore
seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido
dentro da alma. Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins
por fora e nem passeia por eles…
(..) O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos…
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar …
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar…
Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa)
Trecho Do livro “O Guardador de Rebanhos”
☆ ☆ ☆ Feliz mês aos virginianos ☆ ☆ ☆
Tomé, o apóstolo de
Virgem, ao exibir a ponta do dedo para o Cristo, reputa uma
extraordinária importância a um pequeno detalhe descoberto por ele.
Sério, ele atenta para a gravidade de algo que passa desapercebido pelos
outros apóstolos e, para realçar a miudeza do ponto a que se refere,
aproxima os olhos do dedo. A partir do minúsculo referencial, de
provável insignificância ao senso comum, Tomé embasa, delineia e
justifica toda uma argumentação.
ૐ
Virgem é um signo sensível às menores manifestações da natureza, a
tenacidade da formiga carregando seu alimento, a leveza da aranha miúda
tecendo a tênue teia, o musgo esquecido no banco da praça, o reflexo
fugaz sobre a serena água da poça..., são todas cenas que tocam sua
emoção de maneira incontrolada. Pequenos gestos que passam incógnitos
para a maioria dos mortais, são capazes de mobilizar, de todo, sua
atenção.
ૐ
Ao mostrar o dedo para Jesus numa postura
crítica, Tomé quer, como é comum a virginianos, opinar e sugerir
soluções para a situação. Sua expressão, extremamente atenta e tensa,
demonstra a tendência deste signo de registrar cada detalhe de uma
situação, buscando a melhor solução possível.
ૐ
Tomé exibe
um espírito perspicaz, afiado e astuto. Visceralmente envolvido com o
que diz ao Cristo e cem por cento no “aqui e agora”. O virginiano é por
natureza atento e interessado no instante atual. Por vezes, até demais.
Tomé exibe a fisionomia de quem nunca se abstrai. Seu olhar concentrado
no dedo revela alguém que toma conhecimento do fato e em seguida aponta,
traz à tona e revela a essência do que observou. Mas não descansa. É a
personificação de Virgem. Ele oferece ao Mestre o resultado de uma
percepção aguçada e penetrante, lembrando que o virginiano faz das
tripas coração para aprender e depois gosta de tornar visível e palpável
sua sapiência.
Há uma doce luz no silêncio, e a dor é de origem divina.
Permita que eu volte o meu rosto para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho como as estrelas no seu rumo.
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
As ordens da madrugada
romperam por sobre os montes:
nosso caminho se alarga
sem campos verdes nem fontes.
Apenas o sol redondo
e alguma esmola de vento
quebram as formas do sono
com a ideia do movimento.
Vamos a passo e de longe;
entre nós dois anda o mundo,
com alguns mortos pelo fundo.
As aves trazem mentiras
de países sem sofrimento.
Por mais que alargue as pupilas,
mais minha dúvida aumento.
Também não pretendo nada
senão ir andando à toa,
como um número que se arma
e em seguida se esboroa,
- e cair no mesmo poço
de inércia e de esquecimento,
onde o fim do tempo soma
pedras, águas, pensamento.
Gosto da minha palavra
pelo sabor que lhe deste:
mesmo quando é linda, amarga
como qualquer fruto agreste.
Mesmo assim amarga, é tudo
que tenho, entre o sol e o vento:
meu vestido, minha música,
meu sonho e meu alimento.
Quando penso no teu rosto,
fecho os olhos de saudade;
tenho visto muita coisa,
menos a felicidade.
Soltam-se os meus dedos ristes,
dos sonhos claros que invento.
Nem aquilo que imagino
já me dá contentameno.
Como tudo sempre acaba,
oxalá seja bem cedo!
A esperança que falava
tem lábios brancos de medo.
O horizonte corta a vida
isento de tudo, isento…
Não há lágrima nem grito:
apenas consentimento.
Chico Xavier, Chico Xavier Chico Xavier é sempre ajuda Chico Xavier, Chico Xavier Quem tem ouvidos pra ouvir, escuta Francisco é como um rio desde a nascente Ele colhe como quem planta a semente Suas margens são prenúncio pro futuro Eu não tenho que jurar Mas se quiser eu juro Chico Xavier, Chico Xavier Chico Xavier é sempre ajuda Chico Xavier, Chico Xavier Quem tem ouvidos pra ouvir, escuta Chico Xavier é meio estranho Pra quem não acredita em seu próprio coração Chico Xavier não tem tamanho Ele é luz iluminando a escuridão Chico Xavier, Chico Xavier Chico Xavier é sempre ajuda Chico Xavier, Chico Xavier Quem tem ouvidos pra ouvir, escuta
Os relacionamentos são naturalmente pautados por
dificuldades relacionadas ao convívio entre diferentes personalidades.
Algumas pessoas são mais calmas, outras mais agressivas; umas alegres,
outras mais retraídas; enfim, cada ser humano é uma individualidade com
valores e crenças próprias elaborados num complexo contexto de vida. O
que caracteriza uma pessoa difícil não são essas diferenças, e sim a
maneira como ela lida com isso. Pessoas consideradas difíceis são as que
não buscam entendimento, são inflexíveis e, ainda, tentam impor
exigências. Relacionar-se com pessoas assim corresponde a grande
aprendizado, afinal, há que se desprender maior esforço de compreensão. Algumas dicas podem facilitar o convívio com esses indivíduos problemáticos:
1- Olhe além das aparências
É importante buscar a
compreensão de que indivíduos mal-humorados e pessimistas, petulantes
ou ainda arrogantes, usam dessas imagens como uma máscara ou falsa
aparência, que esconde na verdade pessoas inseguras, extremamente
infelizes e solitárias que apresentam elevado complexo de inferioridade.
Tente compreender o contexto em que elas vivem e os valores que têm;
esqueça rótulos do tipo vilão e vítima.
2- Exercite a paciência e a benevolência
Diante
de pessoas cuja autoestima seja tão precária a ponto de não conseguirem
encarar a si mesmo, a paciência é um exercício de piedade. A estratégia,
então, é manter a tranquilidade e não agir pela emoção a fim de que a
pessoa não consiga magoar você. Seja benevolente e gentil; pessoas que
não buscam harmonia não sabem lidar com gentilezas e amabilidades, na
verdade elas não se sentem capazes de agradar, então essas ações as
desarmam totalmente.
3- Questione com respeito
A pessoa pode estar tão
acostumada a pontuar o lado negativo das coisas ou só tratar mal as
pessoas que nem percebe. Uma medida interessante é questionar a pessoa
sobre quais as razões de sua hostilidade. Mas muito cuidado: confrontar
não é recomendado; esse questionamento deve ser feito com muito
respeito. Não deixe transparecer uma cobrança, apenas tente se aproximar
e apontar os problemas que, talvez, ela não queira enxergar. Agindo
afetuosamente ela pode ficar mais acessível.
4- Não reaja às provocações
Uma boa estratégia
para conviver com pessoas que provocam irritabilidade é nunca reagir.
Pense: reagir é agir a partir da ação delas, dessa forma você estará
aceitando as provocações; ao passo que agindo a ação se inicia por você e
não acontece como um revide. Reagindo tomamos a vontade do outro;
agindo estabelecemos a nossa própria vontade. Então responder aos
impropérios hostis com firmeza, mas sem revides é uma opção inteligente
que traz inúmeras vantagens.
5- Autoanálise
Acredito que só há uma razão para
julgarmos os atos alheios; buscar não cometê-los. Assim, ao nos
depararmos com pessoas de difícil trato, muito recomendável seria se
procedêssemos a uma autoanálise perguntando a nós mesmos: será que
também não sou uma pessoa difícil? Muitas vezes o que nos irrita no
outro pode ser o que não gostamos em nós mesmos. Tente se conhecer
melhor! Com o tempo percebemos o quanto trabalhar bons
relacionamentos pode gerar satisfação e bons sentimentos em nós mesmos.
Então, naturalmente agimos e exemplificamos a disposição para harmonizar
relacionamentos.
Suely Buriasco, Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica
de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de
relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e
“Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.
A DIFÍCIL ARTE DE SABER SE RELACIONAR... COM PESSOAS DIFÍCEIS!
Não
podemos mudar as pessoas, mas podemos mudar nossa maneira de encará-las…
Perder a calma é a coisa mais fácil do mundo, mas a menos proveitosa.
Não resolve e estimula quem é difícil de se compreender. Perdoar e
compreender suas razões, sim, nos traz serenidade, é sábio, é
libertador, é terapêutico, cria espaços para alegrias, nos sentimos
autênticos e assertivos.
Veja aqui o comportamento de pessoas que são difíceis de se relacionar:
O DISSIMULADO
Diferente do “impulsivo” que explode, põe a raiva pra fora, depois se
acalma e vem conversar como se nada fosse. O dissimulado não é assim.
Ele não explode “por fora”. Explode “por dentro”. A palavra correta
seria “implode”. Ele mantém tudo guardado dentro de si e arma ciladas
para quem não gosta e, o pior, pelas costas para que ninguém perceba que
foi ele quem armou para prejudicar aqueles com quem não se simpatiza.
Com vários sorrisos à nossa frente, ele é capaz de ser cruel por trás.
Geralmente, não costuma ir direto ao ponto, fica dando voltas… Seu tom
de voz é meloso, mas se você reparar vai perceber que isso não é
natural. É fingido. Sua postura também não é natural. Ele mais parece
estar num palco representando um personagem do que participando da vida.
Existem três maneiras de lidar com o dissimulado.
Evite fazer parte do seu círculo de relações, mantenha-se bem longe dele.
Responda suas perguntas com evasivas ou diga que prefere não tocar em
assuntos que são só seus. Ele vai insistir um pouco, mas depois
desistirá.
Se o dissimulado tiver que conviver com você, o melhor a fazer é falar
sobre ética, responsabilidade mútua, sinceridade. Se perceber alguma
artimanha, desmonte-a; se flagrar mentiras, desmascare-as. Tudo com
muita calma e muita classe. Ele pode continuar a ser dissimulado, mas
vai saber que com você isso não funciona.
O ARROGANTE
Fácil de identificar: nariz empinado, expressão de desdém, olha todo
mundo por cima, como se fosse um ser superior. Procura manter a voz
mansa, controlada. Na verdade, ele usa a arrogância como forma – doentia
- de afastar a sua própria insegurança. Acha suas próprias idéias e
opiniões muito mais importantes do que as outras pessoas. Pensa que é o
centro do universo.
Como lidar com pessoas assim:
O arrogante é inseguro e tem auto-estima baixa. Evite discussões, porque
isso reforça esses sentimentos e o torna ainda mais arrogante. Quando
ele passar dos limites, diga-lhe isso com carinho e firmeza. Peça para
reconsiderar sua atitude. Quando sua arrogância estiver em alta,
afaste-se o máximo que puder, lembre-se de que esse tipo de
comportamento é uma armadura, uma defesa que o arrogante pensa que tem.
Perdoe-o por isso. Não se deixe abater por ele.
O EGOÍSTA
A gente logo conhece o egoísta: só pensa nele, comporta-se como se fosse
a única pessoa do mundo. Não se importa com ninguém, quer sempre levar
vantagens a ponto de esquecer a pessoa que está ao seu lado. É também
vingativo; acha normal “castigar” aqueles que não se rendem à sua
vaidade. Faz isso para humilhar o outro.
A tática para lidar com pessoas assim é semelhante à do dissimulado.
Abra o jogo, fale com sinceridade sobre os problemas que encontra em se
relacionar com ele. Se mesmo assim não der resultado, aprenda a não se
estressar, escute por um ouvido e solte pelo outro. Um dia o egoísta se
“toca”.
O AUTORITÁRIO
O autoritário faz o possível para esconder suas verdadeiras intenções.
Ele demonstra isso na voz e nos gestos; fala alto como se fosse uma
pessoa determinada e segura, mas na verdade faz isso para tentar
intimidar a pessoa. Os gestos são contidos, poucos e pequenos… não
acolhem o outro. Ao contrário, quer impor-lhe um caminho. Só fala a
linguagem da imposição. Na verdade, falta confiança nele mesmo e
julgar-se acima dos demais lhe dá a ilusão de autoconfiança.
É importante evitar confrontações com ele. Quando se sentir humilhado e
magoado, olhe para a pessoa nos olhos e procure transmitir carinho,
simpatia e confiança. Lembre-se de que ele não sabe acolher ninguém.
Demonstre compreensão. Mas mostre com palavras e atitudes que o
relacionamento seria muito melhor se ele o respeitasse, assim como você o
respeita.
O CONTROLADOR
O tipo controlador chega com perguntas inocentes, buscando informações
para controlar a sua vida. Quando conhece as fraquezas e vulnerabilidade
da pessoa, passa a usá-las contra a própria pessoa, pelo simples prazer
de exercer o controle. Isso lhe dá o falso sentimento de poder. Ele
controla as pessoas somente para “entregá-las” a outras. Não se incomoda
de inventar mentiras para prejudicar sua vítima. Como o egoísta, ele
pode ser também terrivelmente vingativo.
Ter pessoas assim por perto é o mesmo que sentir-se vigiado o tempo todo
por olhos invisíveis. Não dê importância ao controlador, não reaja.
Aja! Faça o que precisa ser feito sem se importar com a vigilância. Não
lhe dê informações que ele poderá usar a qualquer momento contra você.
Não lhe confie segredos.
O DOMINADOR
Essa necessidade de mando revela insegurança íntima, coisa que o
dominador jamais reconhecerá. Ele se julga forte, imbatível, quase um
semideus. Por esse motivo acha que tem o direito de controlar as
pessoas, para que elas façam o que ele quer. Esse tipo gosta de fazer
perguntas, tem um ar sedutor e, quando contrariado, mostra sua raiva
querendo se impor ainda mais. O dominador não reconhece o outro como
possuidor de direitos porque acha que só ele os tem. E convencê-lo do
contrário é impossível. É potencialmente destrutivo. Perto dele não há
criatividade que floresça nem novas idéias que sejam respeitadas. Você
pode fazer o melhor projeto do mundo que ele não reconhecerá as
qualidades nem do que você fez nem as suas. É como um túmulo: enterra
todas as boas intenções.
Para lidar com pessoas assim demonstre a sua segurança e o que vale pra
você é o modo como você pensa e como age. Não lhe dê importância alguma,
não permita que ele o domine. Afinal… você é você e não ele!
O IRADO (AGRESSIVO)
São pessoas que não pensam para xingar e agredir, por isso tem muita
dificuldade nos relacionamentos. O irado já está com a agressividade à
flor da pele; costuma xingar a pessoa de burra, lerda, incapaz, etc. e
não se incomoda em dar escândalos em público. Suas relações
interpessoais se tornam dificílimas, as palavras gritadas, os exageros,
os descontroles, as ameaças contribuem para que as pessoas temam essas
reações e por isso procurem não estar onde ele está. Na verdade, elas
são capazes de tudo para se sentirem amadas, entretanto são incapazes de
permitir esse amor. Por mais que afirmem adorar o temperamento que
possuem e se dizem sinceros, autênticos, lamentam muito a conseqüência
de cada agressão, de cada ira.
A melhor maneira de lidar com essas pessoas, é mostrar o contrário
daquilo que ela faz. Falar baixo, com calma, ser dócil e compreensivo
nos momentos de tumulto, ou discussão, esta é uma maneira inteligente e
sábia de agir. Assim, você o ensina “sutilmente” como lidar com certas
situações e pessoas, sem precisar xingar, sem ser agressivo, resolvendo
tudo no diálogo e compreensão.
Márcia - Psicoterapeuta/Psicanalista
Consultório I - (11)5062-7806 - Jardim da Saúde - SP
Consultório II- (11)5051-1356 - Moema - SP
celular: (11)
99118.9622
m.malvazzo@hotmail.com
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
Meus queridos irmãos italianos! Minha Itália que nunca conheci, mas que sempre trouxe em meu coração. Rezo por vocês. Terra origem de uma de
minhas descendências, de onde há muitos anos, meu bisavó partiu em um
navio rumo ao Brasil!! Sinto muito!!
Ana Lúcia do Carmo.
integracaoholistica.blogspot.com
terça-feira, 23 de agosto de 2016
O Tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está à minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Mário Quintana
EU QUERO É TEU CALOR ANIMAL
Mas onde já se ouviu falar num amor à distância,
Num teleamor?
Num amor de longe…
Eu sonho é um amor pertinho…
E depois
Esse calor humano é uma coisa que todos - até os executivos têm
É algo que acaba se perdendo no ar
No vento
No frio que agora faz…
Escuta!
O que eu quero
O que eu amo
O que eu desejo em ti
É teu calor animal…
Mário Quintana
"Atreve-te a julgar. Julga os outros julgando-te a ti mesmo.
A
natureza das coisas é a tua natureza.
Respira-te, despe-te, faz amor com
as tuas convicções, não te limites a sorrir quando não sabes o que
dizer.
Os teus dentes estão lavados, as tuas mãos são amáveis, mas
falta-te decisão nos passos e firmeza nos gestos.
Procura-te.
Tenta
encontrar-te antes que te agarre a voracidade do tempo.
Faz as coisas
com paixão.
Uma paixão irrequieta, que não te dê descanso e te faça doer
a respiração.
Aspira o ar, bebe-o com força, é teu, nem um cêntimo
pagarás por ele."
Mas não perca o rumo do que te faz sorrir por medo.
Lene Dantas.
Olhe para trás e nada mudará. Olhe para frente e nada mudará. Olha para si. Tudo mudará.
Ditado Zen.
Por trás de uma misteriosa "coincidência", sempre há uma mensagem para você. A sincronicidade é linguagem que o universo utiliza para te mostrar os próximos passos da sua jornada.
Sri Prem Baba.
Fibromialgia não é coisa da sua imaginação
Durante décadas, pacientes com fibromialgia visitaram
consultórios de diferentes especialidades procurando alívio para suas
dores. Questionados sobre o local da dor, era comum a resposta
“pergunte-me onde não dói”. Os exames, entretanto, não revelavam nada:
nenhuma lesão muscular, nenhuma inflamação. O paciente peregrinava de
clínicos para reumatologistas até, enfim, chegar a um psicólogo, às
vezes convencido de que a dor só existia na sua imaginação.
Como as dores geralmente são musculares ou localizam-se nas
articulações, durante muito tempo cabia aos reumatologistas
investigá-las. Porém, estudos apontam que esta seria uma doença da área
dos neurologistas. O cérebro de quem tem fibromialgia processaria a dor
de maneira exagerada. Estima-se que uma pressão de até quatro quilos não
provoque dor na maioria das pessoas, mas bem menos que isso já é
suficiente para disparar dor intensa em quem tem a doença.
“Desde a década de 1980 já havia estudos mostrando que pacientes com
fibromialgia tinham neurotransmissores de dor, como a substância P (de
“pain, “dor” em inglês), em maior quantidade. Dos anos 2000 para cá, com
o avanço da neurociência, passou a ser possível mostrar em exames essa
diferença”, explica o dr. Eduardo dos Santos Paiva, presidente da
Comissão de Dor, Fibromialgia e outras Síndromes de Partes Moles da
Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Cérebro de paciente com fibromialgia (à direita) apresenta maior reação à dor.
SINTOMAS E DIAGNÓSTICO
É possível detectar a reação exagerada do cérebro a estímulos por
meio de uma Ressonância Magnética Funcional, mas esse é um exame
extremamente caro e trabalhoso e exige profissionais especializados e
experientes para ser realizado, o que faz com que não seja aplicado
rotineiramente e fique praticamente restrito ao uso em estudos.
Geralmente, a investigação conta muito com o relato do próprio paciente e
com exames para descartar doenças que possam ter sintomas similares,
como espondilites, polimialgia reumática, hipotireoidismo e mieloma múltiplo, um tipo de câncer que acomete mais pessoas acima dos 65 anos.
Em geral, o primeiro indício de fibromialgia é uma dor localizada que
persiste e, com o tempo, evolui e se alastra para tornar-se difusa,
assemelhando-se à dor que toma o corpo todo após uma gripe forte.
Normalmente a dor surge sem motivo, mas às vezes pode ser desengatilhada
por traumas psicológicos, físicos, como uma lesão provocada por um
acidente de carro, ou infecções.
Até os anos 1990, usava-se um mapa elaborado por 20 reumatologistas
para testar a sensibilidade do paciente. Os 18 pontos distribuídos pelo
corpo eram os mais citados por pacientes como locais doloridos. São
simétricos bilateralmente, e a maioria se concentra acima da cintura.
Alguns deles, em especial na nuca, nas escápulas e na parte externa dos
cotovelos, ao serem pressionados provocavam gritos de dor.
Os 18 pontos de dor mais frequentes na fibromialgia.
Ainda assim, a dor da fibromialgia é diferente das dores agudas, como
as causadas por um corte ou uma porta que se fecha violentamente sobre
um dedo. A dor aguda gera uma reação fisiológica, a pessoa sua, berra.
Já à dor crônica a pessoa vai se adaptando e passa a conviver com ela no
dia a dia. Um paciente fibromiálgico que queira esconder sua condição
consegue falar normalmente, sem demonstrar que está sofrendo. Quando
está habituado à dor, então, vive seu cotidiano aparentemente sem sentir
nenhum desconforto, o que motiva a descrença por parte de quem convive
com ele.
Entende-se que, para haver fibromialgia, é necessário haver dor em
todo o corpo por mais de três meses, na maioria dos dias ao longo desse
período. “Os pontos de dor foram muito usados durante os anos 1990. Hoje
em dia, eles ainda ajudam, mas não são definidores do diagnóstico. É
necessário haver um conjunto de outros sintomas que englobam cansaço
extremo, alteração do sono, da concentração e problemas de memória”,
afirma o dr. Eduardo.
Entre esses sintomas, é marcante o papel da fadiga para
caracterização da doença. Faz parte do processo de diagnóstico um
questionário que visa a avaliar o impacto do cansaço na rotina do
paciente. Ele tem de classificar de 0 a 10 o nível de dificuldade que
enfrentou para realizar determinadas tarefas. E pelo grau de exigência
das tarefas, podemos ter uma ideia do quão intensa pode ser a falta de
energia. Afinal, como é possível se cansar penteando os cabelos?
Questionário de avaliação do impacto da fibromialgia.
“É um cansaço diferente, não é uma simples preguiça. Você acorda
totalmente esgotada, sem vontade nenhuma de fazer as coisas”, relata a
contabilista Sonia Folador. Hoje com 56 anos, tinha 45 quando começou a
sentir fadiga, problemas de memória e dor generalizada, mais concentrada
no lado direito do quadril.
Como ocorreu com Sonia, a doença costuma surgir em mulheres entre 30 e
55 anos, embora haja casos de pessoas mais velhas, adolescentes e até
crianças acometidas, compondo no Brasil um contingente de
aproximadamente 5 milhões de pessoas (cerca de 2% a 3% da população,
percentual próximo ao que se estima no mundo).
FARDO FEMININO
Existem dez vezes mais mulheres atingidas que homens. Segundo o National Institute of Arthritis and Musculoskeletal and Skin Diseases,
entre 80% e 90% das pessoas com fibromialgia são mulheres. O machismo
enraizado em nossa cultura mostrou-se muito eficiente para transformar
um fato científico em uma característica inerente ao gênero. Se as
pacientes são mulheres, provavelmente a dor é psicológica, frescura,
drama, sintoma de TPM (Tensão Pré-Menstrual) etc. E assim, gerações de
mulheres passaram a vida resignadas, com dor e outros sintomas. “No
começo não é fácil, a gente não sabe o que é. Antes tudo era reumatismo,
mas a dor não passa e aí você vai vivendo. Depois que a gente descobre
de fato, o tratamento progride”, afirma Sonia.
A ligação entre fibromialgia e o sexo feminino pode estar na
serotonina, neurotransmissor que influencia o sono, a produção de
hormônios, o ritmo cardíaco e outras funções fisiológicas importantes.
As mulheres produzem menos serotonina, e por isso são mais propensas a
problemas como depressão, enxaqueca e transtornos de humor,
principalmente no período de TPM. Como o neurotransmissor também
participa do processamento da dor, talvez esse seja a explicação para o
número muito maior de pacientes mulheres.
Além da forte relação com o sexo feminino, a doença tem laços
estreitos com a depressão. Cerca de 50% dos fibromiálgicos apresentam
também esse transtorno grave, com um quadro agravando o outro: a dor e o
descrédito provocam reclusão, piorando a depressão, que por sua vez
intensifica a dor – de forma real, e não psicológica.
TRATAMENTO
Como a dor da fibromialgia não tem uma origem definida, analgésicos e
anti-inflamatórios não ajudam. Os medicamentos que surtem algum
efeito são os da classe dos antidepressivos e neuromoduladores. Porém,
alguns pacientes podem encarar a prescrição com desconfiança, devido à
imagem negativa que as doenças psiquiátricas têm em nossa sociedade.
Aqueles que tiveram de encarar incredulidade até chegar ao diagnóstico
podem até expressar revolta, interpretando que a sombra da “dor
psicológica” está voltando e que estão sendo tratados de algum
transtorno psiquiátrico. No caso da fibromialgia, entretanto, tais
remédios são usados simplesmente para aumentar a quantidade de
neurotransmissores que diminuem a dor.
Comparativo
entre a concentração do neuropeptídeo “Substância P” (do inglês “pain”,
“dor”) em cérebros de pacientes com e sem a doença, mostrando
quantidade mais elevada em fibromiálgicos.
Atualmente, a palavra-chave do tratamento para fibromialgia é
atividade física. Mesmo quando o médico decide incluir alguma medicação,
ela serve para permitir a prática de exercícios. É comum, por exemplo,
pacientes dormirem mal. Alguns até dormem horas suficientes para repor
as energias, mas ainda assim acordam cansados (o chamado “sono não
reparador”).
Em um caso desses, receitar um medicamento para facilitar o sono
obviamente melhora a qualidade de vida, mas tem como objetivo final dar
mais disposição para uma atividade física no dia seguinte. “O paciente
tem dificuldade pra entender por que tem tanta dor e não aparece em
nenhum exame, então temos que dar condições para ele ser ativo no
tratamento”, explica o dr. Eduardo.
“Eu acordo e tomo um cafezinho sem vontade de fazer exercício, mas
mesmo assim troco de roupa e vou pra academia todo dia. Faço pilates,
alongamento e natação. Percebo claramente a diferença quando não faço.
Se não vou, parece que fico toda travada, sem querer fazer nada”, relata
Sonia.
A fibromialgia não é considerada uma doença curável. Há casos em que
os sintomas diminuem consideravelmente, chegando a quase desaparecer,
mas há outros em que será necessário fazer controle por toda a vida.
Entender esse fato é fundamental para levar o tratamento da melhor forma
possível. Assim como a retroalimentação que ocorre fibromialgia e
depressão, os sintomas da doença trazem uma série de problemas que se
acumulam e se reforçam. A dor altera o humor, que afeta o rendimento
profissional e as relações sociais, o que aumenta o estresse, que é um
dos gatilhos da dor e assim estende-se ao infinito.
Pacientes não precisam se preocupar com danos graves, como
deformações ou paralisação de membros. Além disso, precisam ter
informação sobre a doença e não se abalarem caso ainda encontrem
profissionais e pessoas que os desacreditem. Mantido o tratamento, a
perspectiva é que as dores regridam ao custo de uma rotina que é
recomendada para a saúde de qualquer ser humano: atividade física
regular.
Matéria premiada no prêmio SBR/Pfizer de Jornalismo 2016.
Enquanto no Brasil, escolas
que “obrigam” alunos a ajudar na limpeza das salas são denunciadas por
pais e levantam debate sobre abuso, no Japão, atividades como varrer e
passar pano no chão, lavar o banheiro e servir a merenda fazem parte da
rotina escolar dos estudantes do ensino fundamental ao médio.
Na escola, o aluno não estuda apenas as
matérias, mas aprende também a cuidar do que é público e a ser um
cidadão mais consciente”, explica o professor Toshinori Saito. “Ninguém
reclama porque sempre foi assim.”
Nas escolas japonesas, também não
existem refeitórios. Os estudantes comem na própria sala de aula e são
eles mesmos que organizam tudo e servem os colegas.
Depois da merenda, é hora de limpar a
escola. Os alunos são divididos em grupos, e cada um é responsável por
lavar o que foi usado na refeição e pela limpeza da sala de aula, dos
corredores, das escadas e dos banheiros num sistema de rodízio
coordenado pelos professores.
“Também ajudei a cuidar da escola, assim
como meus pais e avós, e nos sentimos felizes ao receber a tarefa,
porque estamos ganhando uma responsabilidade”, diz Saito.
Michie Afuso, presidente da ABC Japan,
organização sem fins lucrativos que ajuda na integração de estrangeiros e
japoneses, diz ainda que a obrigação faz com que as crianças entendam a
importância de se limpar o que sujou.
Um reflexo disso pôde ser visto durante a
Copa do Mundo no Brasil, quando a torcida japonesa chamou atenção por
limpar as arquibancadas durante os jogos e também nas ruas das cidades
japonesas, que são conhecidas mundialmente por sua limpeza quase sempre
impecável.
“Isso mostra o nível de organização do
povo japonês, que aprende desde pequeno a cuidar de um patrimônio
público que será útil para as próximas gerações”, opina.
Estrangeiros Para que os estrangeiros
e seus filhos entendam como funcionam as tradições na escola japonesa,
muitas prefeituras contratam auxiliares bilíngues. A brasileira Emilia
Mie Tamada, de 57 anos, trabalha na província de Nara há 15 e atua como
voluntária há mais de 20.
“Neste período, não me lembro de nenhum pai que tenha questionado a participação do filho na limpeza da escola”, conta ela.
Michie Afuso diz que, aos olhos de quem
não é do país, o sistema educacional japonês pode parecer rígido, “mas
educação é um assunto levado muito à sério pelos japoneses”, defende.
Recentemente no Brasil, um vídeo no qual
uma estudante agride a diretora da escola por ela ter lhe confiscado o
telefone celular se tornou viral na internet e abriu uma série de
discussões sobre violência na escola.
Outros casos de agressão contra
professores foram destaques de jornais pelo Brasil nos últimos meses,
como da diretora que foi alvo de socos e golpes de caneta em Sergipe e
da professora do Rio Grande do Sul que foi espancada por uma aluna e
seus familiares durante uma festa junina.
No Japão, este tipo de abuso dentro da
escola é raro. “Desde os tempos antigos, escola e professores são
respeitados. Os alunos aprendem a cultivar o sentimento de amor e
agradecimento à escola”, diz Emilia.
Violência No ano passado, durante as
eleições, a BBC Brasil publicou uma série de reportagens sobre a
violência de alunos contra professores no Brasil. As matérias revelaram
casos de professores que chegaram a tentar suicídio após agressões
consecutivas e apontaram algumas das soluções encontradas por colégios
públicos para conter a violência – da militarização à disseminação de
uma cultura de paz entre escolas e comunidade.
Segundo a Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), que ouviu mais de 100 mil professores
e diretores de escola em 34 países, o Brasil ocupa o topo de um ranking
de violência em escolas – 12,5% dos professores ouvidos disseram ser
vítimas de agressões verbais ou intimidação pelo menos uma vez por
semana.
“Assim como o Brasil tem um programa de
intercâmbio com a polícia japonesa, poderíamos ter um na área
educacional”, propõe Michie, da ABC Japan, ao se referir ao sistema de
policiamento comunitário do Japão que foi implantado em algumas cidades
do Brasil.
A brasileira lembra que a celebração dos
120 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Japãoseria uma ótima
oportunidade para incrementar o intercâmbio na área social e não apenas
na comercial.
“Dessa forma, os professores poderiam
levar algumas ideias do sistema de ensino japonês para melhorar as
escolas no Brasil”, sugere Michie.
Fonte:G1
Gordura no Fígado e a Tireoide
A
saúde hepática é muito importante para o bom funcionamento da tireoide.
O fígado remove as toxinas do corpo, mas também está envolvido no
metabolismo dos carboidratos, das proteínas e gorduras. O fígado
armazena certas vitaminas, desempenha um papel no metabolismo da
vitamina D e também está envolvido na coagulação do sangue. A conversão do hormônio da tireoide também é feita no fígado.
O fígado gordo – também conhecido como
doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) ou nos casos mais
graves, a esteatose hepática – refere-se à acumulação de gordura no
fígado.
Hoje vamos discutir as causas deste problema, como se relaciona com a saúde da tireoide e como prevenir e reverter este problema de saúde.
A gordura no fígado é um problema de saúde comum:
até 30% da população em países desenvolvidos tem a doença e quase 10%
da população nos países em desenvolvimento. É a doença do fígado mais
comum no mundo.
A gordura no fígado pode levar à esteatose hepática não alcoólica, que é uma doença crônica grave do fígado. A gordura no fígado é normalmente assintomática, mas aumenta a taxa de mortalidade em relação à população em geral aumenta o risco de desenvolver doença cardiovascular e diabetes.
O diagnóstico da gordura no fígado
geralmente envolve uma biópsia ou um ultrassom. Muitas pessoas com
esteatose hepática não sabem que têm a doença e o problema geralmente é
detectado durante exames de rotina. Os resultados de exames mais comuns
são a elevação das enzimas hepáticas ou fosfatase alcalina. Por vezes é
detectada durante um ultrassom realizado em alguém que é suspeito de ter
doença da vesícula biliar.
Causas da Gordura no Fígado
As evidências suportam uma associação
entre a gordura no fígado e a síndrome metabólica. Tanto a DHGNA e
síndrome metabólica têm mecanismos fisiopatológicos comuns, onde a resistência à insulina é um fator chave. A alimentação e fatores de estilo de vida desempenham um grande papel no desenvolvimento da resistência à insulina.
Para melhorar a sensibilidade à insulina é necessário um tecido adiposo
saudável para a secreção normal de adipocitoquinas, que incluem a
leptina e adiponectina. Quando alguém desenvolve excesso de peso ou
obesidade, os adipócitos (células de gordura) ficam maiores. O tecido
adiposo visceral acumulado produz e segrega uma série de adipocitocinas,
tais como TNF-α e IL-6, que por sua vez levam a uma inflamação que exacerba a resistência à insulina.
Embora uma dieta pobre e a falta de exercício físico são as causas mais comuns da gordura no fígado, podem haver outros fatores envolvidos. Estes incluem
endotoxinas bacterianas, supercrescimento bacteriano intestinal, certos
medicamentos e toxinas ambientais, como petroquímicos e solventes
orgânicos. Embora seja importante comer bem e se exercitar regularmente,
estes outros fatores também precisam ser considerados.
Doença da Vesícula Biliar e a Gordura no Fígado
Os pacientes com gordura no fígado ou esteatose hepática tem uma alta prevalência
de doença da vesícula biliar. Existem fatores de risco semelhantes
entre estas doenças e tem sido sugerido que a remoção cirúrgica da
vesícula biliar (colecistectomia) pode representar um fator de risco. No entanto, um estudo anterior mostrou que 55% das pessoas com doença da vesícula biliar tinha gordura no fígado.
Uma vez que a resistência à insulina é comum
nos casos de esteatose hepática e de doença da vesícula biliar, é
provável que a doença da vesícula biliar ou remoção cirúrgica da
vesícula não causa a gordura no fígado, mas em vez disso, tanto a doença
da vesícula biliar e esteatose hepática são causados pela resistência à
insulina.
Gordura no Fígado e Inflamação Crônica
Como mencionado anteriormente, os pacientes com gordura no fígado possuem níveis
elevados de citocinas pró-inflamatórias de necrose tumoral alfa e a
interleucina-6. Estas citocinas pró-inflamatórias desempenham um papel
nos distúrbios metabólicos hepáticos e na acumulação de gordura, e desta
forma causam resistência à insulina, inflamação e fibrose do fígado. Mas o que significa isso em português simples?
A TNF-alfa, não só provoca inflamação, mas
está associada ao aumento da resistência à insulina. No entanto, a
resistência à insulina também pode levar a um aumento no TNF-alfa, e
assim é criado um ciclo vicioso.
O TNF-alfa parece também desempenhar um papel
na fibrose hepática (tecido cicatricial fibroso no fígado). A fibrose
do fígado é associada com o aumento das doenças crônicas, e a fibrose
avançada do fígado resulta em cirrose, insuficiência hepática, e
hipertensão portal e muitas vezes levando à necessidade de um
transplante de fígado.
A Gordura no Fígado e a Saúde Tireoideana
O hipotireoidismo parece ser mais
prevalente em pessoas que com gordura no fígado. Um estudo realizado com
246 pacientes com esteatose hepática não alcoólica comprovada por
biópsia mostrou que o hipotireoidismo foi mais frequente
entre aqueles com esteatose hepática. Mas porque será esse o caso? Os
autores deste estudo não dão uma resposta específica, a não ser
mencionar a ligação entre o hipotireoidismo e a resistência à insulina,
obesidade e diabetes.
No entanto, esses autores esqueceram de
mencionar quantas destas pessoas tinham uma condição autoimune da
tireoide. A maioria das pessoas com hipotireoidismo têm tireoidite de Hashimoto.
A tireoidite de Hashimoto está associada com as citocinas
pró-inflamatórias, as quais também estão associadas à esteatose
hepática. Por isso, é possível que a gordura no fígado possa desencadear
uma resposta autoimune e causar um aumento dos casos de tireoidite de
Hashimoto. Embora isso não tenha sido comprovado, explicaria o aumento
da prevalência do hipotireoidismo em pessoas com fígado gordo.
Prevenção e Tratamento da Gordura no Fígado
Ao ler esta informação, você provavelmente
vai perceber que a melhor maneira de prevenir o desenvolvimento da
gordura no fígado é tomar passos para evitar que a resistência à
insulina ocorra. Para aqueles que já têm gordura no fígado, corrigir a
resistência à insulina também deve ser o objetivo principal.
Como o estresse oxidativo desempenha um
papel nesta doença, isso também é algo que deve ser abordado. Uma
alimentação saudável (como a dieta da tireoide)
é importante para quem tem resistência à insulina e o primeiro passo é
evitar os alimentos refinados e açúcares. O exercício regular também é
um fator importante e as modalidades recomendadas são a musculação e
cardio leve.
A suplementação é muitas vezes necessária
para ajudar a melhorar a sensibilidade à insulina, reduzir a inflamação e
o estresse oxidativo. Aqui estão alguns suplementos para tratamento da gordura no fígado:
Ácidos Graxos Ômega 3. Os ácidos graxos ômega 3
podem ajudar no tratamento da gordura do fígado. Um estudo mostrou que o
tratamento diário com óleo de peixe por seis meses melhorou o perfil
lipídico e bloqueou o estresse oxidativo e liberação de citocinas.
Ácido Alfa Lipóico. O ácido alfa-lipóico (ALA) é um
antioxidante poderoso e também pode ajudar com a sensibilidade à
insulina. Há evidências de que a suplementação com ALA pode ajudar a prevenir a DHGNA, bem como beneficiar aqueles que já têm essa condição.
Como o estresse oxidativo é um fator importante no desenvolvimento
da gordura no fígado, muitas pessoas com esta condição podem beneficiar
de tomar antioxidantes tais como o CoQ10. A suplementação com CoQ10 pode
diminuir o estresse oxidativo e a inflamação hepática.
Magnésio. O magnésio melhora a sensibilidade e diminui a resistência
à insulina. A resistência à insulina é um fator chave na gordura do
fígado e a suplementação com magnésio pode ajudar a melhorar a saúde das
pessoas com essa condição.
O cromo também pode ajudar a regular a glicemia
e melhorar a sensibilidade à insulina. Há evidências que o cromo pode
ajudar a proteger o fígado e prevenir a progressão da doença.
Betaína. A metilação anormal do DNA contribui para a expressão genética hepática anormal, o qual é um dos principais fatores na patogênese da esteatose hepática. A betaína desempenha um papel importante na metilação. A suplementação de betaína pode
ajudar a restabelecer a capacidade de metilação e melhorar a doença. No
entanto, outro estudo mostrou que a betaína não melhorou a esteatose
hepática, mas pode proteger contra o agravamento esteatose existente.
Vitamina E. Devido às suas propriedades antioxidantes, a vitamina E pode também ser benéfica.
Vitamina D. Níveis baixos de vitamina D estão
associados a muitas doenças crônicas, e resistência à insulina não é
exceção. Pacientes com esteatose hepática têm níveis séricos de vitamina
D bastante baixos, o que sugere que o baixo nível da vitamina D pode desempenhar
um papel no desenvolvimento e na progressão da doença. A vitamina D
modula o sistema imune, uma deficiência desta está associada a numerosas
condições inflamatórias.
Como mencionei anteriormente, existem
outros fatores além da dieta e do exercício físico que podem ser
responsáveis pelo desenvolvimento de esteatose hepática. Alguns exemplos
são a presença de endotoxinas, supercrescimento bacteriano intestinal
ou medicação que é responsável por essa condição.
Para Resumir…
Há uma alta prevalência de doença hepática gordurosa não alcoólica, e muitas pessoas não sabem que têm essa condição.
A resistência à insulina parece ser um
fator importante no desenvolvimento desta condição e o estresse
oxidativo também é um fator.
Superar a resistência à insulina e combater o estresse oxidativo vai ajudar muito a tratar o problema de gordura no fígado.
Em relação à saúde da tireoide, a gordura
no fígado parece ser mais comum em pessoas com condições de
hipotireoidismo, embora isso não significa que as pessoas com
hipertireoidismo e doença de Graves não possam desenvolver esta doença.
Certos nutrientes e suplementos que podem
ser úteis para pessoas com gordura no fígado incluem magnésio, cromo,
betaína, CoQ10, ácido alfa-lipóico, vitamina E, vitamina D e os ácidos
graxos ômega 3. Uma dieta saudável e exercício físico como a musculação é
a melhor forma de prevenir e vencer a doença.