Toda hora alguém põe o dedo no seu nariz e diz: “faça isso” ou “faça aquilo”. Dê um basta. Para ser feliz, você deve obedecer só a si mesma.
Você já reparou como enfrentamos diariamente uma tempestade de estímulos, informações e influências?
São muitas: “você precisa disso”, “tem de comprar aquilo”, “tem de ler tal livro”, “você deve assistir aquele filme”, “tem de melhorar”, “tem de estar atualizada”, “tem de”. Se deixar, a sociedade cria inúmeras necessidades para a gente.
Resultado: chega um momento em que as pessoas ficam realmente perdidas num mar de atividades que não representam uma verdadeira conexão com a alma. Sim, porque satisfação só existe quando há um elo com a necessidade verdadeira.
A falsa necessidade exige nossos esforços, nos esgota e não recompensa.
Sabe o que eu tenho sentido? Que todas as pessoas precisam ter um centro. Caso contrário, o mundo as leva a um caminho que não tem nada a ver com elas.
Então, vamos lá: chegou a hora. Centre-se no silêncio do seu mundo interior. Diga não a tudo que está à sua volta e que não tenha uma conexão direta e profunda com sua alma. Não permita que terceiros façam escolhas por você. Deixe as influências caminharem. Esse é um dos segredos da serenidade. Continue: pergunte, lá no fundo, do que é que você precisa realmente para ser feliz.
Confronte-se já.
Sabe aquelas pessoas que comem compulsivamente, engordam e acham que está tudo bem? Pois é, isso denuncia que algo está errado. Isso significa que, nas profundezas da alma, há uma insatisfação, que é fruto de necessidades não atendidas.
Amadureça!
Assuma as próprias responsabilidades. É você com você. “Ai, estou gorda e viciada”, “Ai, porque a doença da minha filha está acabando comigo” … O que é isso? Você já parou para confrontar o seu eu?
As pessoas vivem em busca de coisas passageiras: lutar pela reputação, por ser chique, por ser bacana, por não poder errar…, mas será que esses sentimentos que surgem dispersam sua energia ou têm a ver com a sua alma, lhe fazem sentir-se bem?
Avalie!
Vamos dar uma parada hoje. Promova um momento de confronto consigo mesma.
Olhe para você.
Estabeleça uma nova disciplina em favor da sua alma, da sua libertação, da sua paz. E não me venha com problema e choradeira, porque isso não resolve nada. Fica na lamentação e não se encara. Fica na culpa e não se encara. Fica no “deveria”.
Não, ninguém deve nada.
Todo momento é de restauração. Quando damos um passo em direção ao que a natureza quer de nós, anulamos as atitudes passadas, os desencontros e as perdas. Quando as catástrofes, os desastres ou as doenças vêm até nós, é para nos mostrar que estamos negligentes, voltados a um mundo fantasioso e negativo, em vez de cultivarmos dentro de nós as sementes da generosidade e do bem.
Sim, porque a alma tem necessidade de ser boa. Ela precisa sentir a realização, o amor, a paz. Afinal, esse é o mundo do espírito, o mundo da nossa alma. Definitivamente, pare, sinta e caminhe em direção àquilo que realmente lhe faz bem.
Luiz Antonio Gasparetto
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