segunda-feira, 22 de julho de 2019
domingo, 21 de julho de 2019
Filme : "Rei Leão" - Comentários filosóficos com Lúcia Helena Galvão
Sabe por que o REI LEÃO exerce tanta atração sobre nós? Conheça interessantes relações com mitos universais, e alguns profundos significados de elementos dessa belíssima história.
Gasparetto conversando com você
Toda hora alguém põe o dedo no seu nariz e diz: “faça isso” ou “faça aquilo”. Dê um basta. Para ser feliz, você deve obedecer só a si mesma.
Você já reparou como enfrentamos diariamente uma tempestade de estímulos, informações e influências?
São muitas: “você precisa disso”, “tem de comprar aquilo”, “tem de ler tal livro”, “você deve assistir aquele filme”, “tem de melhorar”, “tem de estar atualizada”, “tem de”. Se deixar, a sociedade cria inúmeras necessidades para a gente.
Resultado: chega um momento em que as pessoas ficam realmente perdidas num mar de atividades que não representam uma verdadeira conexão com a alma. Sim, porque satisfação só existe quando há um elo com a necessidade verdadeira.
A falsa necessidade exige nossos esforços, nos esgota e não recompensa.
Sabe o que eu tenho sentido? Que todas as pessoas precisam ter um centro. Caso contrário, o mundo as leva a um caminho que não tem nada a ver com elas.
Então, vamos lá: chegou a hora. Centre-se no silêncio do seu mundo interior. Diga não a tudo que está à sua volta e que não tenha uma conexão direta e profunda com sua alma. Não permita que terceiros façam escolhas por você. Deixe as influências caminharem. Esse é um dos segredos da serenidade. Continue: pergunte, lá no fundo, do que é que você precisa realmente para ser feliz.
Confronte-se já.
Sabe aquelas pessoas que comem compulsivamente, engordam e acham que está tudo bem? Pois é, isso denuncia que algo está errado. Isso significa que, nas profundezas da alma, há uma insatisfação, que é fruto de necessidades não atendidas.
Amadureça!
Assuma as próprias responsabilidades. É você com você. “Ai, estou gorda e viciada”, “Ai, porque a doença da minha filha está acabando comigo” … O que é isso? Você já parou para confrontar o seu eu?
As pessoas vivem em busca de coisas passageiras: lutar pela reputação, por ser chique, por ser bacana, por não poder errar…, mas será que esses sentimentos que surgem dispersam sua energia ou têm a ver com a sua alma, lhe fazem sentir-se bem?
Avalie!
Vamos dar uma parada hoje. Promova um momento de confronto consigo mesma.
Olhe para você.
Estabeleça uma nova disciplina em favor da sua alma, da sua libertação, da sua paz. E não me venha com problema e choradeira, porque isso não resolve nada. Fica na lamentação e não se encara. Fica na culpa e não se encara. Fica no “deveria”.
Não, ninguém deve nada.
Todo momento é de restauração. Quando damos um passo em direção ao que a natureza quer de nós, anulamos as atitudes passadas, os desencontros e as perdas. Quando as catástrofes, os desastres ou as doenças vêm até nós, é para nos mostrar que estamos negligentes, voltados a um mundo fantasioso e negativo, em vez de cultivarmos dentro de nós as sementes da generosidade e do bem.
Sim, porque a alma tem necessidade de ser boa. Ela precisa sentir a realização, o amor, a paz. Afinal, esse é o mundo do espírito, o mundo da nossa alma. Definitivamente, pare, sinta e caminhe em direção àquilo que realmente lhe faz bem.
Luiz Antonio Gasparetto
quarta-feira, 17 de julho de 2019
Algumas coisas são inexplicáveis pra quem está de fora.
Existem códigos secretos que só pertencem aos que partilharam a mesma mesa, o mesmo quarto, as mesmas brincadeiras, os mesmos pais.
Talvez cumplicidade e camaradagem sejam as palavras certas pra definir esse tipo de amor, que começa com um "não me entrega que eu também não te entrego", e segue vida afora compreendendo os traumas ocultos, as dores disfarçadas, a raiva acumulada, a alegria infantil, a inércia justificada.
Mesmo longe, as mãos se reconhecem e se apoiam.
Mesmo sem palavras, o entendimento é real. E no fim das contas, é aquele olhar cúmplice ("não me dedura por favor...") que nos levanta e aquece.
É aquele olhar que justifica e valida a beleza da vida, do mundo, das pessoas. E, de alguma forma que não sei dizer, traz alívio e paz.
Não posso imaginar que aquilo que dividimos há tanto tempo me apazigue como fazem essas lembranças.
Nada de mim está mais lá, apenas a memória de velhos pijamas de dormir e a voz suave de mamãe contando histórias pra explicar a vida e justificar o amor.
Fabíola Simões
Mensagem para o seu dia
“As coisas estão melhorando e eu
comemoro e desfruto da generosidade e
bondade que o Universo está me oferecendo
agora”.
domingo, 14 de julho de 2019
Por Deepak Ramola | 21 de junho de 2016.
O que podemos aprender com os que estão morrendo?
Enraizada no coração de muitos hindus está a crença de que, se você respirar pela última vez em Kashi (Varanasi), você alcançará o que é popularmente conhecido como o ‘Kashi Labh’ ou o ‘fruto de Kashi’ — que é moksh ou “libertação do ciclo de renascimento que é impulsionado pela lei do karma”.
Kashi Labh Mukti Bhawan em Varanasi é uma das três pousadas na cidade onde as pessoas fazem check in para morrer. As outras duas são Mumukshu Bhawan e Ganga Labh Bhawan. Fundada em 1908, Mukti Bhawan é muito conhecida dentro e fora da cidade.
Bhairav Nath Shukla é o gerente do Mukti Bhawan há 44 anos. Ele já viu ricos e pobres refugiarem-se na pousada em seus últimos dias, enquanto esperam a morte e anseiam encontrar paz. Shukla anseia com e por eles. Ele senta-se em um banco de madeira no quintal, contra um muro de tijolos, e compartilha comigo 12 lições de vida recorrentes das 12.000 mortes que ele testemunhou em sua experiência como gerente do Mukti Bhawan.
1. Resolva todos os conflitos antes partir
Shukla reconta a história de Shri Ram Sagar Mishr, um erudito de Sanskrit de seu tempo. Mishr era o mais velho de seis irmãos e tinha mais afinidade com o irmão mais novo. Anos antes, uma briga entre os dois irmãos levou à construção de uma parede para separar a casa.
Em seus últimos dias, Mishr entrou na pousada carregando sua pequena maleta de paan e pediu para ficar com o quarto nº 3 reservado para ele. Ele estava certo de que iria morrer no 16º dia de sua chegada. No 14º dia, ele disse: “peça para que meu apartado irmão de 40 anos venha me ver. Essa amargura está deixando meu coração pesado. Estou ansioso para resolver todos os conflitos”.
Uma carta foi enviada. No 16º dia, quando seu irmão mais novo chegou, Mishr segurou a mão dele e pediu para que o muro que dividia a casa fosse derrubado. Pediu para que seu irmão o perdoasse. Ambos os irmãos choraram e, no meio de uma frase, Mishr parou de falar. Sua face tornou-se calma. Em um instante, ele havia partido
Shukla tem visto essa história se repetir de muitas formas ao longo dos anos. “As pessoas carregam consigo tanta bagagem, desnecessariamente, pela vida toda e só querem largar no final da jornada. O truque não é não ter conflitos, mas resolvê-los assim que pudermos”, diz Shukla.
2. Simplicidade é a verdade da vida.
“As pessoas param de comer comida por deleite quando sabem que vão partir. Em muitas pessoas que estão em seus últimos dias nasce um entendimento de que elas deveriam ter levado uma vida simples. É disso que elas mais se arrependem”, diz Shukla.
Uma vida simples – como explica ele – pode ser alcançada gastando menos. Nós gastamos mais para acumular mais e, com isso, criamos mais necessidades. Contentar-se com pouco é o segredo para ter mais.
3. Filtrar as características negativas das pessoas
Shukla sustenta que todo mundo tem traços bons e ruins. Em vez de descartar pessoas “más” logo de cara, devemos buscar as qualidades boas delas. Alimentar antipatia por certas pessoas acontece porque nos concentramos nas qualidades negativas. Se focarmos nas qualidades boas, no entanto, podemos usar essa energia para conhecê-las melhor ou, talvez, até nutrirmos amor por elas.
4. Esteja disposto a pedir ajuda dos outros
Saber e fazer tudo por si mesmo pode dar uma sensação de empoderamento, mas isso limita a possibilidade de absorvermos o que os outros aprenderam. Shukla acredita que devemos ajudar os outros, mas – mais importante que isso – é ter coragem de pedir ajuda quando necessitamos.
Todo mundo no planeta sabe mais que a gente em algum aspecto. E o conhecimento deles pode nos ajudar, mas só se estivermos abertos para isso.
Ele contou que, em uma ocasião, uma senhora mais velha estava dando entrada na pousada em um dia chuvoso, lá nos anos de 1980. As pessoas que a levaram foram embora sem preencher os formulários. Algumas horas depois, a polícia apareceu procurando pistas dos parentes da senhora idosa, os quais – disseram eles – eram fugitivos Naxalitas*. Shukla fingiu que não sabia de nada e a polícia foi embora. Quando os parentes dela retornaram na manhã seguinte, Shukla perguntou ao líder, sem constrangimento: “Quando você consegue matar 5-8 pessoas você mesmo, porque você simplesmente não atirou na sua avó e fez a cremação você mesmo? Porque você me fez mentir e me sentir envergonhado?” O neto caiu de joelhos e implorou por perdão dizendo que ninguém entre eles seria capaz de ajudar a avó, que era profundamente religiosa, a alcançar a salvação. Ele respeitou isso, e esse foi o motivo pelo qual ele a aceitou no Mukti Bhawan.
*grupos de militantes comunistas que operam em diferentes partes da Índia
5. Veja beleza nas coisas simples
No Mukti Bhavan, são tocadas comoventes bhajans e músicas devocionais três vezes ao dia. “Algumas pessoas”, ele diz, “param e apreciam um trecho ou o som dos instrumentos como se elas nunca tivessem ouvido antes, mesmo que já tenham ouvido. Elas param para apreciar e ver a beleza que tem neles”.
Mas isso não é verdade para todos – ele acrescenta. Pessoas que são muito críticas ou muito orgulhosas são aquelas que têm dificuldade para achar alegria nas pequenas coisas, porque a mente delas está preocupada com coisas “aparentemente” mais importantes.
6. Aceitação é libertação
A maior parte das pessoas não quer aceitar o que está acontecendo com elas. Essa constante negação vai gerando nelas emoções que são altamente perigosas. Apenas quando aceitamos a nossa situação é que ficamos livres para decidir como lidar com ela. Sem aceitação, ficamos sempre em uma zona cinzenta.
Quando você não está em negação em relação a um problema seu, você acha forças para encontrar a solução.
Indiferença, fuga ou negação de determinada verdade – acredita Shukla -, causa ansiedade; as pessoas desenvolvem um medo daquela coisa dentro si mesmas. Em vez disso, aceite a situação para que você fique livre para pensar o vai fazer em relação àquilo e de que forma. Aceitação vai de libertar e te empoderar.
7. Aceitar todo mundo como iguais faz o serviço ficar mais fácil
O segredo da determinação e dedicação inabalável que Shukla tem pelo seu exigente trabalho pode ser compreendido por meio dessa lição de vida: ele admite que a vida seria difícil se ele tratasse as pessoas que dão entrada no Mukti Bhavan de forma diferente, com base na casta, no credo, na cor ou na condição econômica e social. Categorizar gera complicação e assim acabamos não servindo bem a ninguém. “O dia em que você tratar todos igualmente será o dia em que você vai respirar suavemente e ficar menos preocupado se outros ficaram ofendidos ou não. Facilita o seu trabalho”, ele diz.
8. Se/quando você encontrar seu propósito, não fique parado
Ter consciência sobre sua vocação é maravilhoso, mas somente se você fizer algo com isso.
Muitas pessoas – diz Shukla – sabem o que dá sentido para elas, mas não fazem nada para concretizar isso, para dar vida ao propósito. Só sentar e não fazer nada é pior do que nunca ter tido uma vocação. Ter uma visão sobre o seu propósito vai te ajudar a mensurar quanto de tempo e de esforço você precisa dedicar para isso, ao mesmo tempo em que você vai sendo levado por coisas que você acha que não pode abrir mão ou deixar escapar. Tome uma atitude em relação ao que realmente importa.
9. Hábitos vão se tornando valores.
Shukla recomenda que cultivemos hábitos bons para que possamos abrigar valores bons. E construir bons hábitos leva tempo e requer prática. “é como desenvolver um músculo: você tem que persistir todo dia”.
Se o indivíduo não trabalha consistentemente para se tornar mais justo ou gentil ou verdadeiro ou honesto ou compassivo, toda vez que for posto à prova, então não pode achar que tem essas qualidades.
10. Escolha o que você quer aprender
Na vastidão da quantidade infinita de conhecimentos que está disponível para nós, é fácil se perder e ficar confuso. “A lição-chave aqui é estar atento para escolher o que realmente você sente que vai ter valor para você”, disse ele. As pessoas, buscando o próprio interesse, tentam impor assuntos e filosofias em você, mas, ao mesmo tempo em que você deve estar ciente das sugestões delas, a coisa sábia a fazer é se aprofundar naquilo que alegra oseu coração e a sua mente.
Com um sorriso no rosto, Shukla diz: “Nos últimos dias de vida, muitas pessoas não podem falar, caminhar ou se comunicar com os outros com a mesma facilidade que faziam antes. Então, eles se voltam para dentro de si. E começam a lembrar das coisas que um dia fizeram o coração delas cantar. Coisas que elas quiseram aprender mais no curso de suas vidas e que hoje enriquecem os dias deles.
11. Você não corta laços com pessoas; você corta laços com os pensamentos que elas produzem
Raramente nos distanciamos de pessoas que verdadeiramente amamos ou que, de alguma forma, tenhamos nos conectado. Contudo, em qualquer relacionamento, ao longo do caminho, certas divergências de ideologias fazem com que pessoas parem de se comunicar. Isso nunca pode significar que você não está mais associado com essa pessoa. Isso simplesmente significa que você não se associa com um pensamento dominante que essa pessoa traz consigo. E, para evitar mais conflitos, você se afasta. O divórcio, Shukla afirma, é com os pensamentos; nunca com a pessoa. Entender isso é tirar um fardo de si mesmo em relação a ficar amargo e vingativo.
12. 10 porcento do que você ganha, você deve guardar para o dharma.
Dharma não é definido por Shukla como algo religioso ou espiritual. Em vez disso, ele diz que isso está associado com fazer o bem para os outros e se sentir responsável por isso. Um simples cálculo, segundo ele, é guardar 10% da sua renda para boas ações.
Muitas pessoas doam ou fazem atos de caridade quando estão caminhando para o fim de suas vidas porque a morte vai ficando pesada para eles. No sofrimento deles, eles começam a ter empatia com o sofrimento dos outros. Ele diz que aqueles que têm a companhia dos entes queridos, as bênçãos de estranhos e desconhecidos e a boa vontade geral das pessoas, esses partem pacificamente e graciosamente. Isso se torna possível quando você não se apega a tudo que você tem e quando você deixa uma parte para os outros.
*Traduzido do artigo publicado no site UPLIFT (http://upliftconnect.com/12-life-lessons/)
Estamos todos na fila
A cada minuto alguém deixa esse mundo pra trás. Não sabemos quantas pessoas estão na nossa frente.
Não dá pra voltar pro “fim da fila”.
Não dá pra sair da fila.
Nem evitar essa fila.
Então, enquanto esperamos a nossa vez:
Faça valer a pena cada momento vivido aqui na Terra.
Tenha um propósito.
Motive pessoas!
Elogie mais, critique menos.
Faça um “ninguém” se sentir um alguém do seu lado.
Faça alguém sorrir.
Faça a diferença.
Faça amor.
Faça as pazes.
Faça com que as pessoas se sintam amadas.
Tenha tempo pra você.
Faça pequenos momentos serem grandes.
Faça tudo que tiver que fazer e vá além.
Viva novas experiências.
Prove novos sabores.
Não tenha arrependimentos por ter tentado além do que devia, por ter valorizado alguém mais do que deveria, por ter feito mais ou menos do que podia.
Tudo está no lugar certo.
As coisas só acontecem quando têm quem acontecer.
Releve.
Não guarde mágoas.
Guarde apenas os aprendizados.
Liberte o rancor.
Transborde o amor.
Doe amor.
Ame, mesmo quem não merece.
Ame, sem querer receber nada em troca.
Ame, pelo simples fato de vc vibrar amor e ser amor.
Mas sempre, ame a si mesmo antes de qualquer coisa.” Esteja preparado para partir a qualquer momento. Vc não sabe seu lugar na Fila, então se prepare pra deixar aqui apenas boas lembranças. Suas mãos vão embora vazias.
Não dá pra levar malas, nem bens...
Se prepare DIARIAMENTE pra levar consigo, somente aquilo que tens guardado no coração.
De Haroldo Dutra Dias
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