Era véspera de Natal quando uma garotinha de 10 anos entrou na
joalheria e pediu com os olhinhos brilhando de emoção para ver um colar
azul que estava na vitrine. O dono da loja, desconfiado, mostrou o colar
à menina.
– É para minha irmã mais velha, quero dar para ela o melhor presente
que eu possa comprar. Sabe, desde que minha mãe morreu, é ela quem cuida
de mim. Ela é muito boa e eu quero dar um presente lindo, como esse
colar.
O dono da loja, novamente desconfiado, perguntou:
– Quanto dinheiro você tem?
A menina mostrou um lencinho e dentro tinha dez reais em moedas. E a menina perguntou:
– Isso dá? Quero que o senhor faça o melhor embrulho que puder. O mais bonito!
O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em uma caixa bem
bonita, embrulhou, fez um caprichado laço de fita e disse à menina:
– Tome! Leve com cuidado para não perder.
E a menina saiu feliz saltitando pela rua. Quando chegou a noite de
Natal, alguns minutos antes da loja fechar, já era tarde e as vendas
tinham sido ótimas, entra na loja uma linda moça de uns 18 anos, e
pergunta:
– Este colar foi comprado aqui?
– Sim, senhorita – respondeu o dono da loja.
– E quanto custou?
– Ah! – falou o dono da loja – O preço de qualquer produto da minha
loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente.
E a moça continuou:
– Mas minha irmãzinha não tinha dinheiro para comprar este colar. Eu sei que ela não tinha mais do que dez reais.
O homem tomou o colar, refez o embrulho, colocou a fita e devolveu-o à moça dizendo:
– Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa poderia pagar. Ela deu tudo o que tinha!
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