Nos quarenta anos em que peregrinou pelo deserto, o povo de Israel,
segundo conta a estória, foi alimentado por um alimento que caía dos
céus durante a noite.
As pessoas tinham permissão para colher desse
alimento, o maná, na medida de suas necessidades. Só para o dia.
Alguns,
com medo de que o maná não caísse no dia seguinte, colheram em dobro,
por via das dúvidas... Mas, quando foram comer o maná poupado, viram que
ele estava apodrecido, cheio de bichos. Talvez isso queira dizer que a
vida há de ser colhida diariamente.
Quem deseja economizar o hoje para o
amanhã fica com a vida apodrecida nas mãos.
Rubem Alves, meu poeta preferido.
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