“Escreva
minha filha, escreva. Quando estiver entediada, nostálgica, desocupada,
neutra, escreva. Escreva mesmo bobagens, palavras soltas. Experimente
fazer versos, artigos, pensamentos soltos. Descreva, como exercício, o
degrau da escada do seu edifício (saiu um verso sem querer). Escreva
sempre, mesmo para não publicar. E principalmente para não publicar. Não
tenha a preocupação de fazer obras primas; que de a muito já perdi, se é
que um dia a tive. Mas só e simplesmente escrever, se exprimir,
desenvolver um movimento interior que encontre em si próprio sua
justificação…”
Drummond aconselhando sua filha, Maria Julieta, a escrever.
integracaoholistica.blogspot.com (é por isto que escrevo)
Desejo que, no auge do seu cansaço,
você não fuja, que simplesmente consiga chorar por um profundo respeito
a si mesmo. E que deixe que o universo te afague, que a vida te
acaricie, que um poder superior te ouça e dê o colo que você precisa... E
que possa acordar com a boa notícia que espera. Porque você merece
comemorar mais uma vitória. Você merece sorrir com seu coração.
Frutos
de uma classe média zelosa e protetora, estes pais (e aqui me refiro
também às mães) agora exercem suas facetas mimadas no cuidado com os
filhos. Este comportamento egoísta e mesquinho passa a ser exacerbado e
levado ao extremo quando envolve crianças ditas inocentes, doces, meigas
e suaves.
Para os pais mimados que mimam será parte de sua missão
aqui na terra livrar seu filho de qualquer empecilho e obstáculo
natural e necessário, tal qual como tédio, bagunça, tio chato, normas da
sociedade, rituais da nossa cultura etc. Para um pai mimado, a vontade
do filho não precisa ter limites.
A seguir alguns dos principais comportamentos na relação que os pais mimados estabelecem com seus filhos.
Até a Veja já cantou a bola, mas a gente demora para mudar
Eles fazem da criança o centro da casa
Talvez uma das principais características dos pais que mimam seja o
fato de a rotina da casa ser adequada de acordo com as vontades da
criança. Cadeirão da comida na frente da televisão, horários não
determinados, cadeira distrativa para entreter o bebê, produtos,
acessórios, engenhocas específicas, tudo essencialmente voltado para
ele. E para a loucura da casa.
Em French Children Don’t Throw Food,
Pamela Druckerman conta o que faz das crianças francesas mais
comportadas. Entre pesquisas, entrevistas e exemplos, a autora mostra
que o fato dos pais franceses não tratarem as crianças como centro da
casa é essencial para que elas entendam que se adequarão a um modelo já
existente - e não o contrário! Tratar a criança como o centro da rotina
de toda a casa é a base de uma educação de mimados para mimados.
"Para
a geração de meus avós e de meus pais, a vida dos adultos não devia ser
decidida em função do interesse das crianças, até porque o principal
interesse das crianças era sua transformação em adulto" --Contardo
Calligaris
Eles acreditam que criança só come bife e batata frita
Por terem suas vontades tomadas como verdade absoluta, é claro que
estas crianças não comeriam o que os pais comem. Ou porque é temperado
demais, ou porque tem vegetais e uma vez ele recusou ou porque, veja só,
Pedrinho só come macarrão com manteiga, não aceita outra coisa.
Cada
vez mais comum nos restaurantes, o cardápio kids fica sempre entre
opções não muito criativas: macarrão, bife, batata frita. E se mesmo
assim a criança recusa o almoço, existe um leque de industrializados que
será oferecido em pouco tempo para que o pimpolho não passe fome:
bolacha, salgadinho, achocolatado, sucos açucarados...
Além de
nada saudável, isto é um alerta de mimo: criança come o que você ensina a
comer. É muito mais simples achar sabor num macarrão do que, de cara,
numa couve-flor.
Lição de casa para os pais que tendem a mimar: ler os escritos de Pat Feldman
a respeito dos pequenos e entender que o gosto pela comida é
construído. Conjuntamente, na mesa de refeição, estimulando que
experimentem, entendendo o apetite da criança e respeitando seu gosto.
Sempre ensinando que parte importante da refeição é o convívio com os
outros e demonstrando respeito pela comida que foi feita em casa e que
será a base da refeição de todos que por ali moram.
Eles não conversam, distraem
Filha do Louie
É
comum olhar para o lado no restaurante e encontrar uma criança
hipnotizada por um iPad. Ou no carro com iPod e fones, alheia às
interações do ambiente ou à ausência delas. Aliados dos pais mimados, as
engenhocas tecnológicas ajudam a criança a não se frustrar, não lidar
com o tédio de um restaurante repleto de adultos, de um carro sem
atrativos, de uma vida inteira que às vezes não tem grandes aventuras
mesmo.
Mas, ora, por mais que pais se esforcem para preencher este
vazio intrínseco aos filhos, ele não será preenchido. Proteger um filho
é uma missão fadada ao fracasso, já atestou Eliane Brum.
Eles não confiam na escola
Julio Groppa Aquino diz que nós, educadores destes tempos modernos, nada mais somos do que babás.
“Babás+”, foi o termo engraçadinho sugerido por ele para colocar em
pauta esta realidade de pais que não querem saber das relações, dos
aprendizados, do ensino, das evoluções de suas crianças. Exigem em
primeiro lugar que sua cria seja mimada pela escola, aplaudida a todo
momento, nunca confrontada.
Não confiar em quem se confiou a
educação dos filhos é uma grande insegurança, certamente um sinal de
pais mimados. Nota baixa é culpa do professor, comportamento ruim é
culpa da escola e a comunidade é cruel e não ideal para ensinar seu
filho a lidar com a vida.
Antes a criança respondia à escola, agora é a escola que responde à criança.
Eles elogiam muito a cria
Prática
comum entre os pais zelosos, elogiar a criança faz bem, aumenta sua
autoestima, favorece o desenvolvimento da criança, dá segurança,
correto? Errado.
No livro Filhos: novas ideias sobre educação, Po Bronson e Ashley Merryman contam de recentes pesquisas que mostram, entre outras coisas, o poder inverso do elogio.
Em comum, o que todos estes tópicos têm é que tratam a
criança como um frágil cristal. Delicada, fruto de uma imaginação
romântica de pureza, incapaz de lidar com qualquer obstáculo. Sabemos
que frustração é algo que ninguém quer para sua cria. Mas é só o que a
vida garante.
Quero aprender a amar Para fazer as pazes Até a noite chegar Quero aprender a amar Em todos os detalhes Para te decifrar Quero aprender a amar Pra cometer pecados E depois me perdoar Quero aprender a amar Em todas as palavras Para te sussurrar Só quero o amor das grandes paixões Ser como crianças no parque de diversões Aquele amor que em menos de um instante Faz a vida girar numa roda gigante
O guerreiro da luz aprendeu que Deus usa a solidão para ensinar a
convivência. Usa a raiva para mostrar o infinito valor da paz. Usa o
tédio para ressaltar a importância da aventura e do abandono.
Deus usa o
silêncio para ensinar sobre a responsabilidade das palavras. Usa o
cansaço para que se possa compreender o valor do despertar. Usa a doença
para ressaltar a benção da saúde.
Deus usa o fogo para ensinar sobre a
água. Usa a terra para que se compreenda o valor do ar. Usa a morte para
mostrar a importância da vida.
** Paulo Coelho **
integracaoholistica.blogspot.com
terça-feira, 17 de março de 2015
TUDO É ENERGIA, E ISSO É TUDO O QUE HÁ.
SINTONIZE A FREQUÊNCIA QUE VOCÊ DESEJA E, INEVITAVELMENTE, ESSA É A REALIDADE QUE VOCÊ TERÁ.
"Deus dorme em cada pedra, desperta em cada planta; move-se em cada animal, pensa em cada homem e ama em cada anjo. Daí concluímos que devemos tratar cada planta como um animal querido. Cada animal querido como um ser humano, e todo ser humano como Deus, pois nele vive a Centelha Divina."
1.Cultiva a autenticidade; se liberta do que os outros pensam.
2.Cultiva a autocompaixão; se liberta do perfeccionismo.
3.Cultiva um espírito flexivel; se liberta da monotonia e da impotência.
4.Cultiva gratidão e alegria; se liberta do sentimento de escassez e do medo do desconhecido.
5.Cultiva intuição e fé; se liberta da necessidade de certezas.
6.Cultiva a criatividade; se liberta da comparação.
7.Cultiva o lazer e o descanso; se liberta da exaustão como símbolo de status e da produtividade como fator de autoestima.
8.Cultiva a calma e a tranquilidade; se liberta da ansiedade como estilo de vida.
9.Cultiva tarefas relevantes; se liberta de duvidas e suposições
10.Cultiva risadas, música e dança; se liberta da indiferença e de "estar sempre no controle".
integracaoholistica.blogspot.com
sábado, 14 de março de 2015
"Se te contentas com os frutos ainda verdes,
toma-os, leva-os, quantos quiseres.
Se o que desejas, no entanto, são os mais saborosos, maduros, bonitos e suculentos,
deverás ter paciência.
Senta-te sem ansiedades.
Acalma-te, ama, perdoa, renuncia, medita e guarda silêncio.
Aguarda.
Os frutos vão amadurecer."
Professor Hermógenes
integracaoholistica.blogspot.com
sexta-feira, 13 de março de 2015
"AQUILO QUE ESTÁ ESCRITO NO CORAÇÃO, NÃO NECESSITA DE AGENDAS PORQUE A GENTE NÃO ESQUECE.
Em abril, aconteceu a Feira do Livro de Bogotá e um dos maiores sucessos foi um livro chamado “Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças”. Nele, há um dicionário com mais de 500 definições para 133 palavras, de A a Z, feitas por crianças.
O curioso deste “dicionário infantil” é como as crianças definem o mundo através daquilo que os adultos já não conseguem perceber. O autor do livro é o professor Javier Naranjo,
que compilou informações durante dez anos durante as aulas. Ele conta
que a idéia surgiu quando ele pediu aos seus alunos para definirem a
palavra criança e uma das respostas que lhe chamou atenção foi: uma
criança é um amigo que tem o cabelo curtinho, não toma rum e vai dormir
cedo.
Veja outros verbetes do livro.
Adulto: Pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma (Andrés Felipe Bedoya, 8 anos)
Ancião: É um homem que fica sentado o dia todo (Maryluz Arbeláez, 9 anos)
Água: Transparência que se pode tomar (Tatiana Ramírez, 7 anos)
Branco: O branco é uma cor que não pinta (Jonathan Ramírez, 11 anos)
Camponês: um camponês não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos (Luis Alberto Ortiz, 8 anos)
Céu: De onde sai o dia (Duván Arnulfo Arango, 8 anos)
Colômbia: É uma partida de futebol (Diego Giraldo, 8 anos)
Dinheiro: Coisa de interesse para os outros com a qual se faz amigos e, sem ela, se faz inimigos (Ana María Noreña, 12 anos)
Deus: É o amor com cabelo grande e poderes (Ana Milena Hurtado, 5 anos)
Escuridão: É como o frescor da noite (Ana Cristina Henao, 8 anos)
Guerra:Gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz (Juan Carlos Mejía, 11 anos)
Inveja: Atirar pedras nos amigos (Alejandro Tobón, 7 anos)
Igreja: Onde a pessoa vai perdoar Deus (Natalia Bueno, 7 anos)
Lua: É o que nos dá a noite (Leidy Johanna García, 8 anos)
Mãe: Mãe entende e depois vai dormir (Juan Alzate, 6 anos)
Paz: Quando a pessoa se perdoa (Juan Camilo Hurtado, 8 anos)
Sexo: É uma pessoa que se beija em cima da outra (Luisa Pates, 8 anos)
Solidão: Tristeza que dá na pessoa às vezes (Iván Darío López, 10 anos)
Tempo: Coisa que passa para lembrar (Jorge Armando, 8 anos)
Universo: Casa das estrelas (Carlos Gómez, 12 anos)
Violência: Parte ruim da paz (Sara Martínez, 7 anos)
A partir do dia 19 de novembro, passa a funcionar o hospital
RODOVIVER, localizado em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. O
hospital apresenta, dentre os diferenciais, seu Centro de Reabilitação,
que trabalha com método Pilates e conta com educadores físicos,
fisioterapeutas, fisiatras nutricionistas e cardiologistas para atender
aos setores do hospital: pacientes internados, pós-parto,
pós-cirúrgicos, provenientes do centro de infusão, pacientes portadores
de lesão crônica, doenças cardio-respiratórias, vasculares, reumáticas,
ortopédicas, neurológicas, terceira idade e encaminhados de outros
serviços, além de um espaço completo para check-ups. No espaço, oferece
ainda a Ergoespirometria, avaliação cardio-vascular e pulmonar completa
sob controle médico.
O Pilates também é opção para tratamento e reabilitação no Hospital Israelita Albert Einstein, localizado na capital de São Paulo.
O Pilates é atualmente um dos métodos mais procurados em academias
por aqueles indivíduos que querem cuidar do corpo, da postura e da
própria consciência corporal.
Atento às novas necessidades de seus pacientes, o Einstein já oferece
Pilates no tratamento de diversos problemas do corpo e também para
pacientes em reabilitação. Na Europa e nos Estados Unidos, a prática do
Pilates em tratamentos de saúde é cada vez mais utilizada. Agora, os
pacientes também podem contar com o método no Brasil.
“O programa oferecido pelo Einstein é excelente para
pacientes que necessitam de fortalecimento, flexibilidade e estabilidade
da coluna. Vimos que trazia esses benefícios e decidimos implantar no
hospital como mais uma prática na busca de saúde e bem-estar”, explica a fisioterapeuta Simone Przewalla, uma das responsáveis pelo programa de Pilates da instituição.
O Pilates é recomendado para pacientes com alterações posturais,
pós-tratamento ortopédico, pacientes com sequelas ou déficits
neurológicos (causados por derrames cerebrais e doenças neuromusculares,
como distrofias musculares, amiotrofias espinhais, Esclerose
Amiotrófica, neuropatias, miastenias etc.), idosos, grávidas, crianças e
adolescentes com problemas de postura e indivíduos com necessidade de
fortalecimento global.
“Os exercícios de Pilates que praticamos aqui são basicamente
os mesmos dos de uma academia. A diferença é que aqui na Reabilitação, o
nosso paciente é acompanhado por um fisioterapeuta, profissional apto a
lidar com alterações posturais, patologias e dores, condições típicas
nos pacientes que buscam nosso serviço. Além de estar mais preparado
para lidar com estas situações, o fisioterapeuta conhece a parte técnica
em relação ao problema do paciente, visto que já o acompanha durante
outras fases de seu tratamento”, explica Simone.
“Essa orientação sendo realizada por um profissional de saúde é
fundamental porque considera as características e as necessidades de
cada paciente individualmente. Só vem a contribuir com as práticas já
utilizadas na reabilitação e é mais uma opção para os pacientes do
Einstein”, afirma.
Ir embora é importante para que você entenda que você não é tão importante assim, que a vida segue,
com ou sem você por perto. Pessoas nascem, morrem, casam, separam e
resolvem os problemas que antes você acreditava só você resolver.
É
chocante e libertador – ninguém precisa de você pra seguir vivendo. Nem
sua mãe, nem seu pai, nem seu ex-patrão, nem sua pegada, nem ninguém.
Parece besteira, mas a maioria de nós tem uma noção bem distorcida da
importância do próprio umbigo – novidade para quem sofre deste mal:
ninguém é insubstituível ou imprescindível. Lide com isso.
É preciso ir embora.
Ir embora é importante para que você veja que você é muito importante
sim! Seja por 2 minutos, seja por 2 anos, quem sente sua falta não sente
menos ou mais porque você foi embora – apenas sente por mais tempo! O
sentimento não muda. Algumas pessoas nunca vão esquecer do seu
aniversario, você estando aqui ou na Austrália. Esse papo de “que
saudades de você, vamos nos ver uma hora” é politicagem.
Quem sente sua
falta vai sempre sentir e agir. E não se preocupe, pois o filtro é
natural. Vai ter sempre aquele seleto e especial grupo que vai terminar
a frase “Que saudade de você…” com “por isso tô te mandando esse
áudio”; ou “porque tá tocando a nossa música” ou “então comprei uma
passagem” ou ainda “desce agora que tô passando aí”.
Então vá
embora. Vá embora do trabalho que te atormenta. Daquela relação que você
sabe não vai dar certo. Vá embora “da galera” que está presente quando
convém. Vá embora da casa dos teus pais. Do teu país. Da sala. Vá
embora. Por minutos, por anos ou pra vida. Se ausente, nem que seja pra
encontrar com você mesmo. Quanto voltar – e se voltar – vai ver as
coisas de outra perspectiva.
As desculpas e pré ocupações sempre
vão existir. Basta você decidir encarar as mesmas como elas realmente
são – do tamanho de formigas."
Há homens que têm patroa. Ela sempre está em casa quando ele chega do
trabalho. O jantar é rapidamente servido à mesa. Ela recebe um apertão
na bochecha. A patroa pode ser jovem e bonita, mas tem uma atitude
subserviente, o que lhe confere um certo ar robusto, como se fosse uma
senhora de muitos anos atrás.
Há homens que têm mulher. Uma mulher que está em casa na hora que pode,
às vezes chega antes dele, às vezes depois. Sua casa não é sua jaula nem
seu fogão é industrial. A mulher beija seu marido na boca quando o
encontra no fim do dia e recebe dele o melhor dos abraços. A mulher pode
ser robusta e até meio feia, mas sua independência lhe confere um ar de
garota, regente de si mesma.
Há homens que têm patroa, e mesmo que ela tenha tido apenas um filho, ou
um casal, parece que gerou uma ninhada, tanto as crianças a solicitam e
ela lhes é devota. A patroa é uma santa, muito boa esposa e muito boa
mãe, tão boa que é assim que o marido a chama quando não a chama de
patroa: mãezinha.
Há homens que têm mulher. Minha mulher, Suzana. Minha mulher, Cristina.
Minha mulher, Tereza. Mulheres que têm nome, que só são chamadas de mãe
pelos filhos, que não arrastam os pés pela casa nem confiscam o salário
do marido, porque elas têm o dela. Não mandam nos caras, não obedecem os
caras: convivem com eles.
Há homens que têm patroa. Vou ligar pra patroa. Vou perguntar pra
patroa. Vou buscar a patroa. É carinho, dizem. Às vezes, é deboche.
Quase sempre é muito cafona.
Há homens que têm mulher. Vou ligar para minha mulher. Vou perguntar
para minha mulher. Vou buscar minha mulher. Não há subordinação
consentida ou disfarçada. Não há patrões nem empregados. Há algo sexy no
ar.
Há homens que têm patroa.
Há homens que têm mulher.
"E há mulheres que escolhem o que querem ser".
Gosto, sim, de mulheres ousadas, daquelas que não têm receio de
assumirem-se lindas, sexys e maravilhosas. Mulheres que sabem bem o que
querem - e o que não querem! - sem se importar com conceitos antiquados
ou tabus.
Mulheres de um novo tempo: o tempo delas! O tempo de elas serem tudo o
que podem e o que quiserem ser, após tanto tempo de repreensão. Mulheres
ousadas são, sim, mulheres que ultrapassam fronteiras, são verdadeiras
agentes de transformação de uma sociedade ainda tão hipócrita.
Gosto de mulheres ousadas, por que reconheço que as mulheres têm todo o
direito do mundo de assumir sua feminilidade, de aproveitarem as coisas
boas da vida, e de serem imensamente felizes - até por que poucas coisas
no mundo são tão belas quanto um sorriso feminino. E eu simplesmente
adoro o sorriso das mulheres ousadas.
Pimentas são frutinhas coloridas que têm poder para provocar
incêndios na boca. Pois há ideias que se assemelham às pimentas: elas
podem provocar incêndios nos pensamentos.
Nietzsche era um especialista
em ideias incendiárias. Um eremita que vivia na floresta; ao ver
Zaratustra descer das montanhas para as planícies, percebeu que ele
estava a fim de pôr fogo no mundo com as suas ideias. Zaratustra sabia
que suas ideias queimavam e que muitas pessoas, ao lê-lo, “pensariam que estavam devorando fogo e queimariam suas bocas“. Mas, para se provocar um incêndio, não é preciso fogo. Basta uma única brasa. Um único pensamento-pimenta…
do livro “Pimentas”, Rubem Alves (meu poeta preferido)