Pergunta a Osho: Eu reparei que, quando sinto raiva, tristeza ou preocupação, ela se reflete numa sensação física no estômago, no plexo solar. Às vezes, se estou muito perturbado, esse sentimento é tão forte que tenho dificuldade para dormir e não tenho vontade de comer. Você pode falar a respeito?
Todo mundo está carregando um bocado de lixo no estômago,
porque esse é o único espaço do corpo em que você pode reprimir as
coisas. Não existe outro. Se você quer reprimir alguma coisa, você tem
de fazer isso no estômago.
Você quer chorar — a sua mulher morreu, a pessoa amada morreu, um amigo seu morreu —, mas chorar não parece adequado. Se chora a perda de alguém, é como se fosse fraco, então você reprime o choro. Onde você vai pôr esse choro?
Naturalmente, tem de reprimi-lo no estômago. Esse é o único local disponível no corpo, o único local oco onde você pode armazenar as coisas.
Se você reprime no estômago... E todo mundo reprime esse tipo de emoção — amor, sexualidade, raiva, tristeza, choro e até risadas. Você não pode dar uma boa gargalhada, isso parece rude, vulgar. Em muitas culturas, se a pessoa dá uma boa gargalhada, significa que ela não tem educação. Então você reprime tudo.
E por causa dessa repressão você não consegue respirar fundo, a sua respiração é superficial. Se você respira fundo, essas feridas causadas pela repressão liberam energia. Você fica com medo. Todo mundo tem medo da respiração abdominal.
Toda criança, quando nasce, respira pela barriga. Olhe uma criança dormindo; a barriga sobe e desce, não o peito. Nenhuma criança respira com o peito; elas respiram com a barriga. Elas são completamente livres, nada as está reprimindo. O estômago delas está vazio de repressão, e esse vazio tem uma beleza no corpo.
Quando o estômago tem muita coisa reprimida, o corpo se divide em duas partes, a inferior e a superior. Você deixa de ser um só e passa a ser dois. A parte inferior é descartada. A unidade é perdida; surge uma dualidade no seu ser.
Você pode até ser bonito, mas não é mais gracioso. Você está carregando dois corpos em vez de um e sempre haverá uma lacuna entre os dois. Você não consegue andar com graciosidade, parece que tem de carregar as pernas. Na verdade, quando o corpo é um só, as suas pernas é que carregam você. Se o corpo está dividido em dois, então é você que tem de carregar as suas pernas.
Você tem de arrastar o corpo, como se ele fosse um fardo. Você não consegue fazer uma boa caminhada, não consegue dar umas boas braçadas na água, não consegue apreciar uma boa corrida — porque o corpo não é um só.
Para fazer todos esses movimentos, e apreciá-los, o corpo precisa ser reunificado. É preciso criar um uníssono outra vez; o estômago terá de passar por uma limpeza completa.
Para fazer essa limpeza no estômago, é necessária uma respiração muito profunda, porque, quando você inspira e expira profundamente, o estômago joga fora tudo o que ele está carregando. Nas expirações, o estômago se esvazia.
Por isso é tão importante uma respiração profunda. A ênfase deve recair nas expirações, de modo que o estômago possa se livrar de tudo o que ele está carregando desnecessariamente.
E, quando o estômago não está mais carregando emoções dentro dele, se você tiver constipação, de uma hora para outra ela também desaparecerá. Se estiver reprimindo emoções no estômago, haverá constipação porque o estômago não está funcionando livremente. Você está exercendo um controle profundo sobre ele; não lhe dá liberdade.
Portanto, se as emoções forem reprimidas, haverá constipação. A constipação é uma doença mais mental do que física; ela pertence mais à mente do que ao corpo.
Mas, lembre-se, eu não estou dividindo a mente e o corpo em dois. Eles são dois aspectos do mesmo fenômeno. Mente e corpo não são duas coisas separadas; o seu corpo é um fenômeno psicossomático. A mente é a parte mais sutil do corpo, e o corpo é a parte mais grosseira da mente.
E eles afetam um ao outro; andam juntos. Se você estiver reprimindo alguma coisa na mente, o corpo começará uma jornada de repressão. Se a mente liberar alguma coisa, o corpo também liberará. É por isso que eu enfatizo tanto a catarse nas meditações que desenvolvo. A catarse é um processo de limpeza.
Você quer chorar — a sua mulher morreu, a pessoa amada morreu, um amigo seu morreu —, mas chorar não parece adequado. Se chora a perda de alguém, é como se fosse fraco, então você reprime o choro. Onde você vai pôr esse choro?
Naturalmente, tem de reprimi-lo no estômago. Esse é o único local disponível no corpo, o único local oco onde você pode armazenar as coisas.
Se você reprime no estômago... E todo mundo reprime esse tipo de emoção — amor, sexualidade, raiva, tristeza, choro e até risadas. Você não pode dar uma boa gargalhada, isso parece rude, vulgar. Em muitas culturas, se a pessoa dá uma boa gargalhada, significa que ela não tem educação. Então você reprime tudo.
E por causa dessa repressão você não consegue respirar fundo, a sua respiração é superficial. Se você respira fundo, essas feridas causadas pela repressão liberam energia. Você fica com medo. Todo mundo tem medo da respiração abdominal.
Toda criança, quando nasce, respira pela barriga. Olhe uma criança dormindo; a barriga sobe e desce, não o peito. Nenhuma criança respira com o peito; elas respiram com a barriga. Elas são completamente livres, nada as está reprimindo. O estômago delas está vazio de repressão, e esse vazio tem uma beleza no corpo.
Quando o estômago tem muita coisa reprimida, o corpo se divide em duas partes, a inferior e a superior. Você deixa de ser um só e passa a ser dois. A parte inferior é descartada. A unidade é perdida; surge uma dualidade no seu ser.
Você pode até ser bonito, mas não é mais gracioso. Você está carregando dois corpos em vez de um e sempre haverá uma lacuna entre os dois. Você não consegue andar com graciosidade, parece que tem de carregar as pernas. Na verdade, quando o corpo é um só, as suas pernas é que carregam você. Se o corpo está dividido em dois, então é você que tem de carregar as suas pernas.
Você tem de arrastar o corpo, como se ele fosse um fardo. Você não consegue fazer uma boa caminhada, não consegue dar umas boas braçadas na água, não consegue apreciar uma boa corrida — porque o corpo não é um só.
Para fazer todos esses movimentos, e apreciá-los, o corpo precisa ser reunificado. É preciso criar um uníssono outra vez; o estômago terá de passar por uma limpeza completa.
Para fazer essa limpeza no estômago, é necessária uma respiração muito profunda, porque, quando você inspira e expira profundamente, o estômago joga fora tudo o que ele está carregando. Nas expirações, o estômago se esvazia.
Por isso é tão importante uma respiração profunda. A ênfase deve recair nas expirações, de modo que o estômago possa se livrar de tudo o que ele está carregando desnecessariamente.
E, quando o estômago não está mais carregando emoções dentro dele, se você tiver constipação, de uma hora para outra ela também desaparecerá. Se estiver reprimindo emoções no estômago, haverá constipação porque o estômago não está funcionando livremente. Você está exercendo um controle profundo sobre ele; não lhe dá liberdade.
Portanto, se as emoções forem reprimidas, haverá constipação. A constipação é uma doença mais mental do que física; ela pertence mais à mente do que ao corpo.
Mas, lembre-se, eu não estou dividindo a mente e o corpo em dois. Eles são dois aspectos do mesmo fenômeno. Mente e corpo não são duas coisas separadas; o seu corpo é um fenômeno psicossomático. A mente é a parte mais sutil do corpo, e o corpo é a parte mais grosseira da mente.
E eles afetam um ao outro; andam juntos. Se você estiver reprimindo alguma coisa na mente, o corpo começará uma jornada de repressão. Se a mente liberar alguma coisa, o corpo também liberará. É por isso que eu enfatizo tanto a catarse nas meditações que desenvolvo. A catarse é um processo de limpeza.
Osho, em "Saúde Emocional: Transforme o Medo, a Raiva e o Ciúme em Energia Criativa"
Imagem por SuperFantastic
Fonte : blog; palavrasdeosho
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